Como a China turbinou as bilheterias dos heróis da Marvel e DC – e o que isso significa para o cinema? [Parte 1]

  Que os super-heróis vivem hoje em dia o ápice de sua popularidade todo mundo já sabe. Nos EUA, no Brasil e no mundo inteiro as aventuras cinematográficas estreladas...

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Compartilhe: Tiago Vieira
Publicado em 1/9/2019 - 11h20


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Que os super-heróis vivem hoje em dia o ápice de sua popularidade todo mundo já sabe. Nos EUA, no Brasil e no mundo inteiro as aventuras cinematográficas estreladas pelos heróis da Marvel e da DC tem arrecadado valores absurdos nas bilheterias. Quer sejam estrelados por figuras icônicas como o Homem-Aranha, até então conhecidas apenas pelos leitores mais fiéis dos quadrinhos como a Capitã Marvel ou mesmo por personagens que antes serviam de motivo de piada como o Aquaman, podemos dizer que filmes de heróis nos dias de hoje quase sozinhos mantém a indústria de cinema americana viva (junto com animações, terror, musicais, novas versões de clássicos da Disney e Keanu Reeves vingando a morte de seu cachorro). 

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No entanto, há um certo público que, apesar de sempre ter apreciado super-heróis, nos últimos 10 meses parecem ter adquirido um gosto ainda maior pelo gênero. Trata-se do hoje importantíssimo público chinês. A China atualmente é o segundo maior mercado consumidor de filmes do planeta, e muito em breve se tornarão os primeiros, conforme a bilheteria e o número de ingressos vendidos no país oriental ultrapassar os dos EUA/Canadá. Em 2017, por exemplo, enquanto a bilheteria total do ano nos EUA foi de US$ 11.1 bilhões, com uma queda de 3% em relação ao ano anterior, na China ela foi de US$ 8.6 bilhões, US$ 2 bilhões a mais do que em 2016. Mais de 1.45 bilhão de chineses visitaram o cinema ao menos uma vez em 2017, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Além disso, estima-se que 10 novas salas de cinema sejam construídas no país todos os dias, e a China passou de 12.407 telas em 2012 para 50.776 no final de 2017, e este número deve subir para 80.377 em 2021. 

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Ou seja, mesmo com a China e os EUA atualmente travando uma aguerrida guerra comercial, é mais importante do que nunca para que os estúdios hollywoodianos alcancem boas bilheterias entre os chineses.

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Claro, esta não é exatamente uma disputa fácil, pois os chineses também tem sua própria e muito lucrativa indústria cinematográfica. Seu maior sucesso é o filme de ação Wolf Warrior 2, de 2017, que faturou ridículos US$ 854,2 milhões só na China – um faturamento maior que o obtido por Thor: Ragnarok e Mulher-Maravilha em todo o planeta (!) naquele mesmo ano. Já em 2019 a China lançou o que deve ser o primeiro grande blockbuster de ficção científica não produzido por Hollywood da história, o épico interplanetário Terra à Deriva, que obteve um colossal faturamento de US$ 690 milhões no país asiático. Esta curiosa ficção científica, que envolve turbinas sendo colocadas na Terra para levá-la numa jornada de 2500 anos rumo a um novo sistema solar, foi um sucesso entre os chineses, embora críticos ocidentais não pareçam ter embarcado muito na proposta do longa. Em todo caso, tal longa está disponível na Netflix, caso você queira conferir por si próprio.

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Mas mesmo enfrentando disputas com blockbusters locais, os filmes americanos ainda obtiam rendas consideráveis na China, que em muitos casos impediu um fracasso completo. Os chineses desenvolveram um gosto, digamos, um tanto curioso para filmes de Hollywood, ao menos para nós brasileiros, que (na maior parte do tempo) acompanhamos o gosto dos americanos. Longas de super-heróis, apesar de bem sucedidos, não eram exatamente o gênero preferido dos chineses – ao menos, até cerca de 10 meses atrás

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Como ocorreu essa mudança? Quais são seus impactos para a indústria de cinema? E como ficam os outros filmes nessa história? É o que você vai descobrir nesta matéria especial em duas partes do seu Legado da Marvel!

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Acompanhe a matéria na próxima página!



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