CRÍTICA | Homem-Aranha: De Volta ao Lar

CRÍTICA | Homem-Aranha: De Volta ao Lar

CRÍTICA | Homem-Aranha: De Volta ao Lar

PAMRAMRAM… PAMRAMRAM… PAMRAMRAMPAMPAMRAMRAM!   É difícil juntar palavras para descrever, mas a intro com a logo da Marvel Studios ao som do icônico tema do Aranha re-imaginado por Michael...

CRÍTICA | Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Imagem: Reprodução | Divulgação
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PAMRAMRAM… PAMRAMRAM… PAMRAMRAMPAMPAMRAMRAM!

 


É difícil juntar palavras para descrever, mas a intro com a logo da Marvel Studios ao som do icônico tema do Aranha re-imaginado por Michael Giacchino passa toda a emoção que é ver o Cabeça de Teia tendo sua primeira aventura solo no MCU, e as expectativas foram concretizadas com aquela familiar facilidade da fórmula Marvel de fazer as coisas.

 


Pulando a picada da Aranha e a morte do Tio Ben, a casa de Feige mostra toda sua competência por conseguir fugir desses momentos que já vimos repetidas vezes nos cinemas, e ainda assim fazer uma ótima história de origem da construção do caráter heroico do personagem sem cair nas mesmices de todo primeiro filme.

 


 

E a diversão? AAAAH a diversão. O verdadeiro principal elemento da fórmula Marvel, que é o humor, funciona de forma tão fresca quanto o primeiro Homem de Ferro, e isso não é surpresa alguma pois o humor sempre foi uma das maiores características do Aranha e que temos aqui sua melhor representação entre todos os 6 filmes que já tivemos do nerd balançando pelas ruas de Nova York, e sem perder a veia dramática das desventuras e desafios diárias de Peter.


 

Enquanto os trailers só mostravam o Aranha e o Homem de Ferro, é maravilhosamente empolgante ver como essa relação funciona de verdade: a participação de Tony é mais moral e de impacto do que realmente física, então o medo de alguns não passou de psicose motivada por trailers ruins: nenhum momento com o cavanhaque mais estiloso do mundo tira o foco do protagonista da fita, que é com muito estilo full-Spider, mas com uma bonita (e já entregada nos trailers, né?) relação de pupilo e mestre entre um herói que busca se encontrar sem o aparo do lendário bilionário, e ao mesmo tempo dum Stark que agora busca se responsabilizar mais pelas suas ações e consequências como o símbolo que ele é.

 

 

Enquanto o final de Guerra Civil era mais esperançoso, é bem interessante e sutil a forma que temos aqui a atualização do panorama do MCU, vendo a opinião pública depois do Acordo de Sokovia e toda aquela treta entre os heróis lá. Tantas informações simples e inseridas no que é pra mim o que diferencia esse filme de todos os outros do Aranha: o núcleo escolar.

 

AAAAAH O NÚCLEO ESCOLAR! As promessas não eram lorotas de político e temos o primeiro filme do Aranha realmente focado nos dias de Peter na escola, e no quanto ele sacrifica sua própria imagem e respeito dos amigos e paixonite sem pensar duas vezes, tudo em nome do bem maior. Esse era o elemento que todo fã do Amigo da Vizinhança queria mas nunca teve de fato, e a trama e a ação se desenrolam a partir e em meio a todos os acontecimentos da escola, e não o contrário, sendo uma bela homenagem aos filmes adolescentes dos anos 80 e não só mais um filme de herói. Todos os agradecimentos e parabéns à panela de Feige, o diretor Jon Watts e a nossa amiga Amy Pascal, por ter feito a sensata escolha de deixar o controle na mão de quem conhece e gosta do personagem.

 

 

Essa pegada oitentista talvez contribua para o que pode-se considerar o maior defeito do filme: a ação é bem abaixo do esperado, sendo sempre bem breve e ficando de segundo lado, nunca perdendo o foco dos personagens envolvidos e os conflitos dramáticos que estejam em jogo. Isso não é uma coisa ruim, já que mesmo assim temos jogos de relacionamento bem bons e não temos um terceiro ato só pra gerar porradarias massavéi, mas sim amarrar as pontas e encerrar o principal arco desenvolvido. Esse é um problema presente também em Guardiões da Galáxia Vol. 2, só que com cenários beeem menos bonitos.

 

Se os vilões da Marvel sempre eram reservados para as partes ruins das críticas, GRAÇAS A DEUS, mais uma vez esse não é o caso. Depois de Zemo e Ego (desculpa te pular, Kaecilius), a Fase 3 nos presenteia com mais um vilão direto e decente, sendo interpretado com muito carisma pelo Batma… Michael Keaton e sua divertida interpretação do Abutre.

 

 

Mas não apenas um coroa com asas, a força do personagem é ser um homem pacato que sofre com grandes injustiças, indo ao limite pelos sacrifícios que deve fazer para garantir o melhor à sua família. Um elemento que aumenta o brilho dos vilões do Aranha é o fato de geralmente eles serem mais vítimas de si ou dos males do mundo e uma consequência disso, não apenas caras malvados que querem destruir o mundo enquanto dão uma longa e maléfica risada. Se você concorda minimamente que imposto é roubo, não vai ser difícil de você não ver tanto mal nos crimes de Toomes e seus capangas.

 

E NÓS TEMOS QUE ENTRAR NA ESPETACULAR E ASSOMBROSA ZONA DOS SPOILEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERS porque sim, temos boas surpresas no filme, mesmo que nada cataclísmico, as reações e circunstâncias da revelação do Abutre ser pai de Liz é FODA e um dos momentos mais divertidos do filme, com as atuações fodas dum Abutre tranquilão em casa sendo o Pai do pavê e dum Peter no seu momento mais tenso. Mas em contraste, também temos as revelações já estragadas seja por notícias: Como foi lindo matar saudade da Pepper (❤) e mesmo que TODO MUNDO JÁ SOUBESSE DISSO, é, temos uma nova MJ.
De extra, a presença de diversos personagens vilanescos é bem dosada, sendo de fato o Abutre o único vilão do filme, restando ao Restaurador o papel de contido side-kick e capanga de estilo na pele de Shocker, e a outros a função de personagens pequenos com potencial para retornar futuramente.

 

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOK, AGORA VOCÊ QUE NÃO VIU O FILME JÁ PODE VOLTAR A LER!

 

 

Dignos de nota também estão todos os atores do núcleo escolar. Jacob Batalon entrega um divertido Ned Leeds sem ser o alívio cômico irritante, Laura Harrier dando mais vida e personalidade a uma personagem mais limitada a ser interesse romântico e Tony Revolori com muito carisma calando a boca de qualquer hater que tenha implicado com essa versão de Flash Thompson, que aqui funcionou mil vezes mais do que funcionaria a abordagem tradicional do bullying porradeiro, e Zendaya… sendo Zendaya (já reservando aqui um ❤ antes que todos virem fã).

 

Além da competência de Keaton, Downey, Fraveau e Tomei, temos claro, a força do carisma moleque que tem Tom Holland e com a ajuda de todos os fatores externos, se tornou rapidamente o Homem Aranha que queríamos e precisávamos, e tem todo o potencial para se tornar a encarnação definitiva do personagem.

 

Nota: 4,5/5

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