[CRÍTICA] Venom 2 é uma doida comédia ‘romântica’ que pode irritar fãs da Marvel

Venom, um dos maiores sucessos de bilheteria de 2018, foi um filme que dividiu os fãs. Muitos amaram o filme, enquanto muitos ficaram do lado dos críticos, que massacraram...

REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
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Compartilhe: Elvis de Sá
Publicado em 1/10/2021 - 17h59


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Venom, um dos maiores sucessos de bilheteria de 2018, foi um filme que dividiu os fãs. Muitos amaram o filme, enquanto muitos ficaram do lado dos críticos, que massacraram o spin-off do universo do Homem-Aranha na Sony. E quando a sequência foi confirmada, surgiu a expectativa sobre o que seria feito.

Afinal, mudanças PRECISAVAM ser feitas. O que se provou assim que o diretor do primeiro filme, Ruben Fleischer, não retornaria para a sequência. Reforçando a boataria de que o diretor e Tom Hardy não haviam se dado bem.

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Mudanças vieram e surgiu uma grande esperança com a chegada do lendário Andy Serkis assumindo a cadeira de diretor. Com ele, veio também o 3 vezes Vencedor do Oscar, o diretor de fotografia Robert Richardson.

Com Tom Hardy ainda mais presente no desenvolvimento do roteiro, tudo parecia certo para algo que viesse para se redimir das críticas de 2018. Tendo o grande Carnificina como vilão, o que poderia dar errado?

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Para quem tinha esperança de algo diferente (incluindo nós), eis que Tempo de Carnificina toma uma decisão ousada, como se fosse resultado de uma auto-crítica esquisita e não muito honesta. Já que ele pega as principais reclamações do primeiro filme… e MULTIPLICA tudo isso.

Em algo que pode decepcionar e irritar muitos fãs tradicionais da Marvel, o filme é uma verdadeira comédia romântica, por mais surreal que isso possa ser. Tom Hardy abraça o lado desconfortável e desajeitado de seu Eddie Brock. É estranho, mas o ator entrega tudo de si e parece estar tendo os dias mais divertidos de sua vida.

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Tom Hardy se solta ainda mais como Eddie Brock e seu amado Venom

Se o primeiro filme era sobre um ‘casal’ se conhecendo, Venom 2 é sobre os desafios de manter esse relacionamento, quando ambas partes passam a se conhecer mais e conviver dia após dia. Com isso, o grande coração da história é um verdadeiro bromance, com dois amigos que brigam o tempo todo, mas precisam admitir que um não consegue viver longe do outro.

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O resultado é um humor insano e descontrolado, sem nenhuma pretensão de se levar a sério. Por mais que essa decisão seja polêmica e incomode muita gente, eis uma das grandes virtudes do longa. Desistindo de tentar ser um ‘filme sério’ como foi o primeiro, e se assumindo como uma verdadeira comédia, cheia de absurdos e situações constrangedoras.

Isso pode te deixar extremamente desconfortável, ver o VENOM chorando de saudades do seu amigo depois de uma festa à fantasia. Mas precisamos reconhecer a coragem de chutar o balde e largar o freio e fazer o filme mais comédia da Marvel, de jeito que nem o MCU teve coragem de fazer. Foram longe demais? Foram, mas foram corajosos!

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E isso gera uma bipolaridade no tom do filme, já que a extravagância de Eddie e Venom é bastante desconexa de todos os outros personagens do filme. Principalmente do Carnificina, cujas cenas parecem ter sido retirada de um outro filme.

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Com um visual impecável dos simbiontes, efeitos também são um ponto positivo

Mesmo que desconexa e apressada, a abordagem dada ao famoso psicopata Cletus Kasady é bem interessante. Já que o filme vai à fundo em mostrar o assassino sem suavizar e diminuir a brutalidade de seus crimes. Eles o vendem como um verdadeiro psicopata, e só nos últimos segundos tentam trazer uma motivação e explicação que justifiquem suas ações.

O que é bem diferente das adaptações de vilões nos filmes de super-heróis dos últimos anos, que tentam humanizar e trazer motivações mais justas aos antagonistas. E uma grata surpresa, é que no meio dessa coragem em trazer um assassino 100% sem remorso que faz coisas horríveis em tela sem nenhuma intenção de problematizá-los, surge mais uma história de amor.

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Nesse pique, Woody Harrelson se solta e entrega uma atuação caricata e exagerada, cheia de caras e bocas que… são exatamente como o Cletus das HQs e animações é. Reforçando que por mais bizarro que sua versão live-action seja, não tinha como ficar diferente, se feita na intenção de ser fiel ao material original.

No meio disso tudo, temos mais um romance. Dessa vez com a introdução da Shriek (com muito carisma da atriz Naomie Harris), mutantes das HQs que é o amor da vida do Carnificina. O arco dos vilões é simplesmente sobre sua vontade de ficarem juntos – e cometerem crimes – que parece uma homenagem óbvia ao filme ‘Assassinos por Natureza’, também estrelado por Woody Harrelson.

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Filme introduz famosa vilã das HQs e faz menção sobre sua mutação!

Mostrando que a Sony parece não ter aprendido muito com os erros, eis que Michelle Williams volta como Anne para continuar fazendo as mesmas cenas que havia feito no primeiro filme.

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Reforçando a personagem como uma personagem feminina que, mais uma vez, só serve como interesse amoroso e escrita com decisões feitas para que as pessoas não gostem dela. Mesmo a personagem não sendo das melhores, Michelle parece estar realmente se divertindo e entrega o melhor de si.

Por fim, Venom: Tempo de Carnificina é EXATAMENTE como o café de manhã que o simbionte prepara para Eddie: uma mistura meio nojenta e meio deliciosa de comidas e uma explosão de ketchup e uma bagunça assustadora na cozinha.

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É estranho de olhar e até feio, mas de alguma forma, a mistura funciona, mesmo que te deixe sem entender o que está sentindo. Intencionalmente ou não, trazendo uma genuína história de vilões e pessoas desajustadas, ruins e problemáticas. O que pode ser algo legal para quem não gosta de ver o Venom como um super-herói. Pelo menos, eles estão longe de tentar isso.

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Com atores no modo sem freio, Venom 2 é infinitamente melhor – e mais divertido – que o primeiro filme!

O triste, e algo que tira o impacto do humor-negro que o roteiro traz, é a classificação para menores. Um filme que brinca sobre assassinatos, cadáveres, padres e galinhas sendo devorados cruelmente não ser +18, é algo que não faz o menor sentido. Deixando um sentimento de frustração e oportunidade perdida. Quem sabe pelo menos esse erro eles corrijam em Venom 3?

Um filme diferente de qualquer coisa que você já viu no gênero, para bem ou para mal, o longa estreia nos cinemas brasileiros na semana que vem, no dia 7 de Outubro. E saiba que é obrigatório permanecer na sala até a cena pós-créditos! Sério!

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NOTA: 3,5/5

 

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Venom: Tempo de Carnificina é a continuação de um dos maiores filmes de super-heróis quando falamos em questão de lucro. O primeiro longa custou apenas 100 milhões, e rendeu mais de 856 milhões nas bilheterias mundiais. Por mais que a crítica o tenha massacrado, Eddie Brock caiu nas graças do povo.

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Tom Hardy estará de volta no papel, e irá enfrentar o vilão Carnificina, que assim como na cena pós-créditos do primeiro filme, será interpretado por Woody Harrelson. Michelle Williams está de volta como Anne Weying, a ex-namorada (?) de Eddie Brock, e Naomie Harris irá interpretar a vilã Shriek. Com o roteirista de Cinquenta Tons de Cinza (sério, leia mais aqui) e direção de Andy Serkis, Venom 2 estreia em 7 DE OUTUBRO nos cinemas brasileiros!

Leia TUDO SOBRE Venom: Tempo de Carnificina!




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