O MELHOR e o PIOR de cada ator do Homem-Aranha nos cinemas
O Homem-Aranha é um daqueles grandes personagens que conseguem ultrapassar gerações. Não é à toa, o herói já passou 2 reboots, gerando as 3 versões definitivas do herói nas...
Compartilhe: Elvis de Sá
Publicado em 15/1/2022 - 18h08
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O Homem-Aranha é um daqueles grandes personagens que conseguem ultrapassar gerações. Não é à toa, o herói já passou 2 reboots, gerando as 3 versões definitivas do herói nas telonas em live-action. Portanto, o fato de termos 3 atores dando vida ao herói gera aquela discussão eterna: Quem é o melhor?
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Tobey Maguire, Andrew Garfield e Tom Holland são o tema principal do debate sobre qual deles fez o melhor Homem-Aranha nos cinemas. Embora essa seja uma questão totalmente subjetiva, é um fato que cada um deles possui um lado bom.
Assim como um lado ruim. Que nada depende só deles. Afinal, o roteiro, trama e direção de seus respectivos filmes, tudo isso influencia e deve ser levado em consideração. Ainda mais depois de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, o único clima possível é de celebrar toda a trajetória que os três tiveram. E não discutir sobre quem é o melhor ou o pior.
Por isso, decidimos largar todo o clubismo de lado e fazer a análise mais justa o possível sobre Tobey, Andrew e Tom. Sem preocupação de enaltecer um ator para diminuir o outro, mas sim reconhecer os seus acertos e erros. Entendendo o que cada um tem de diferente, e porque eles se completaram TANTO juntos!
Então bora lá, começando pelo nosso primogênito:
Tobey Maguire: Do Primeiro ao Emo
LADO BOM: Obviamente, Tobey já começa ganhando toda a moral possível por ter tido uma trilogia completa e fechada, assim como protagonizou o MELHOR filme da história do herói. Sem Volta Para Casa é perfeito sim, mas Homem-Aranha 2 continua se saindo melhor.
Muito disso se deve à direção brilhante de Sam Raimi, que arquitetou a maior sequência de ação do gênero, com a luta contra o Octopus indo parar no intenso resgate ao trem desgovernado.
Mas quanto ao Peter em si, a grande virtude dos filmes e interpretação de Tobey está no foco no lado dramático do personagem. Explorando ao máximo o tema de responsabilidade e maturidade que Peter enfrenta desde o momento em que é picado pela Aranha.
E é a versão do personagem que mais explora suas dificuldades financeiras, e todo o esforço e sacrifício que ele precisa fazer para equilibrar sua vida pessoal com a vida de herói. Isso sem contar no fato de que Tobey não é um galã e não tem cara de ator que só tem uma cara bonita, o que torna mais crível o conto do rapaz normal que é um super-herói.
LADO RUIM: Ao mesmo tempo em que possui em sua carreira o MELHOR filme, Tobey protagonizou uma das primeiras decepções do herói nas telonas, e um dos filmes mais polêmicos. Homem-Aranha 3, o fim da trilogia lançado em 2007, decepcionou todos os fãs na época.
E demorou até que as pessoas se acostumassem e passassem a achar graça do Peter Emo. Por mais que isso não seja nada culpa de Maguire, e sim do roteiro e imposições da Sony, essa bagunça e brincadeira foi o suficiente para deixar uma mancha em seu legado.
Mas o único defeito mesmo de Tobey como o Homem-Aranha, está na ausência do senso de humor característico do herói. Ficou faltando todo aquele lado juvenil e a falação! A grande do Homem-Aranha é o quanto ele vive falando, seja consigo mesmo ou fazendo piada com os vilões em meio às lutas.
A falta de mais humor e descontração foi o que os fãs sempre reclamavam na época, e é um elemento essencial que se equilibra perfeitamente com toda a carga dramática que ele carrega. Obviamente, isso também não é nada culpa de Tobey. Mas é isso.
Andrew Garfield: O Espetacular e Injustiçado
LADO BOM:
Na época em que a Sony chocou o mundo e cancelou o Homem-Aranha 4 de Tobey, os fãs ficaram desesperados e NINGUÉM estava interessado em ver outro ator assumir o papel. Porém, assim que O Espetacular Homem-Aranha foi lançado em 2012, a maioria calou a boca mesmo que o filme não fosse uma grande maravilha.
O longa tem seus defeitos, mas uma coisa ele fez muito bem: mostrar todo o carisma de Andrew, que fez uma estreia AVASSALADORA. Trazendo em seu Peter tudo aquilo que faltava no Tobey, com todo o senso de humor e carisma que os fãs sempre sonhavam em ver EXATAMENTE desse jeito.
Com uma pegada mais jovem e solta, Andrew tirou de letra o desafio de entregar um Aranha realmente piadista e que parecesse mais um adolescente. E quando chegou a vez do segundo filme, o ator estava ainda mais à vontade no papel, e isso é visível em sua movimentação e toda expressão corporal.
Outro acerto é que os seus filmes conseguem achar um equilíbrio entre seu lado humorístico e o lado DRAMÁTICO. O Peter de Andrew é hilário, mas também é visivelmente amargurado e afetado por todas suas responsabilidades e desafios. Não é à toa que muitos o tenha como o MELHOR Miranha.
LADO RUIM:
Nada nesse mundo é perfeito, e mesmo sendo um ator perfeito, Andrew foi o mais afetado pelas decisões ruins da Sony Pictures. Isso porque os produtores e responsáveis pelo reboot tinham o elenco perfeito e a oportunidade de aproveitar o que a trilogia anterior não tinha feito.
Infelizmente, os filmes do Espetacular Homem-Aranha sofrem por causa dos planos megalomaníacos da Sony de construir um universo cinematográfico e as ideias de milhares spin-offs. A história se perde e gasta MUITO TEMPO focando e interligando tudo que acontece em Nova York com a Oscorp.
Assim como coloca o Peter de Andrew obcecado pela história secreta de seus pais, em vez de valorizar sua relação com a Tia May e o Tio Ben. O que desvirtua o grande laço emocional e pessoal do personagem, e conta uma história de origem que NINGUÉM LIGA. Assim como a ideia de ter um Peter ligado à aranha que lhe concede os poderes, e isso ser uma criação de seu pai, ainda não desce bem.
Andrew sofreu com filmes que não exploravam seu potencial total, amargou com o filme mais bagunçado e problemático de todos, e ainda foi descartado pelo estúdio quando a Marvel Studios bateu na porta.
Mas no que diz respeito somente a ele, Andrew tem mais lados positivos do que problemas. E sua participação ARREPIANTE em Sem Volta Para Casa só evidencia isso.
Tom Holland: O Pirralho
LADO BOM:
O pequeno Tom chegou para realizar um outro sonho dos fãs: ver o Homem-Aranha interagindo com os heróis dos Vingadores. Não é à toa, sua estreia em Capitão América: Guerra Civil foi simplesmente PERFEITA, e deixou todo mundo maluco.
A abordagem desse novo reboot acertou muito em usar e abusar desse recurso: imaginar o Miranha interagindo com o máximo possível de heróis e tramas do MCU. Por mais que muita gente reclame disso, foi uma ideia bem interessante e válida, já que visava evitar repetir o que já tinha rolado nos filmes anteriores.
E continuando a jornada do aprendizado que só o tempo traz, o Aranha de Tom realmente trouxe o que nenhum havia feito antes. Ao colocar o Miranha como um ADOLESCENTE DE VERDADE. Tom entrou jovem na franquia, e capturou o espírito inocente e juvenil de jeito que Tobey e Andrew não puderam.
Se a versão de Andrew já explorava o senso de humor e a falação descontrolada durante a briga, o MCU fez um ótimo trabalho em trazer muito mais disso. Nesse sentido, é a adaptação mais fiel e equilibrada do herói… PELO MENOS nos filmes dirigidos pelos Irmãos Russo. O que nos leva a explicar o lado bom de Tom, enquanto explicamos o seu lado RUIM…
LADO RUIM:
Pode parecer contraditório, mas a virtude e capacidade de Tom como o Homem-Aranha só ficaram evidentes em seus momentos mais fracos. Afinal, existe uma diferença RIDÍCULA entre a personalidade do jovem Peter nos filmes dos Vingadores e nos seus primeiros filmes solo.
Vamos passar pano para ‘De Volta ao Lar’, já que o filme acerta em abdicar da história de origem para não ser repetitivo, e faz um ótimo trabalho em desenvolver a trama de Peter aprendendo a se virar sozinho e não depender só da tecnologia de Tony Stark. Embora muitos não reconheçam, é isso!
Mas o problema fica evidente em ‘Longe de Casa’, onde a decisão de Peter de deixar o óculos E.D.I.T.H. com o Mystério é justificada de maneira tão rasa que torna o personagem um pouco idiota. O que não se encaixa nem um pouco com o que vimos em ‘Guerra Infinita’ e no ‘Ultimato’.
Vimos o Aranha dar um chute na cara do Thanos e encarar o vilão com toda a confiança e simplicidade do mundo. Então fica mais do que óbvio que os Irmãos Russo e os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely souberam fazer um Peter moleque mas maduro.
Enquanto o segundo filme solo do herói não traz a mesma qualidade narrativa. Infelizmente, isso ajudou a piorar a imagem que o Peter do Tom tem com alguns fãs, que reclamam de sua ingenuidade e ‘dependência de Tony Stark’.
Felizmente, Sem Volta Para Casa veio para redimir o herói em seus filmes solo. Resgatando todos os elementos de responsabilidade que estavam faltando e o aproximando dos acertos de Tobey e Andrew. O que pode não transformá-lo no MELHOR Homem-Aranha, mas com certeza diminui seus problemas e compensa os fãs.
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