Os filmes de heróis mais lucrativos de 2019 (e o que mais deu prejuízo)

Os filmes de heróis mais lucrativos de 2019 (e o que mais deu prejuízo)

Os filmes de heróis mais lucrativos de 2019 (e o que mais deu prejuízo)

2019 foi um ano histórico para o cinema baseado em quadrinhos. Quatro deles ultrapassaram a barreira do bilhão de dólares na bilheteria mundial, isso afora os Oscar e recepção...

Os filmes de heróis mais lucrativos de 2019 (e o que mais deu prejuízo)
Imagem: Reprodução | Divulgação
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2019 foi um ano histórico para o cinema baseado em quadrinhos. Quatro deles ultrapassaram a barreira do bilhão de dólares na bilheteria mundial, isso afora os Oscar e recepção dos fãs e da crítica.

Fazer filmes desse tipo não é barato nem fácil. Com orçamentos gigantescos e acordos de publicidade, a maioria dos longas de super-herói precisa de bilheterias gigantes para justificar o investimento (com uma rara exceção no ano passado). E é sempre bom lembrar que os estúdios não ficam com todo o dinheiro arrecadado nas bilheterias. Todo esse montante é dividido com os cinemas exibidores, em acordos que variam entre 25% (na China) e 50% (na América do Norte) da bilheteria para o estúdio.


Mas os cinemas, claro, não são a única fonte de renda que um estúdio pode ter com um filme. Acordos de vendas para serviços de streaming e aluguel online também são rendimentos que contribuem para o faturamento total de um filme. Há também acordos para merchandising, mas estes não serão considerados aqui.

Por isso, enquanto aguardamos a reabertura dos cinemas para podermos voltar a curtir as aventuras dos nossos heróis favoritos na telona, vamos voltar no ano passado e ver quais longas de heróis deram mais lucro!


As informações são do Deadline.

 


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1º Lugar: Vingadores: Ultimato


Rendimentos totais para o estúdio: US$ 1.789 bilhão

Despesas totais: US$ 899 milhões

Lucro: US$ 890 milhões

Retorno*: US$ 1,99

 

Fazer o maior filme de todos os tempos, o blockbuster definitivo, não é barato. Ultimato custou US$ 356 milhões dos cofres do Tio Patinhas para ser produzido, e ainda precisou de mais de US$ 150 milhões para ser promovido em anúncios globais. O elenco do longa é repleto de estrelas e veteranos da Marvel, e eles foram recompensados com gordos bônus pela Disney. Para justificar seu altíssimo custo de produção, Ultimato precisaria fazer história nas bilheterias.

E foi exatamente isso o que aconteceu. Com uma estreia global de US$ 1,2 bilhão, analistas estimam que o longa tenha recuperado todos os custos de investimento já no fim de semana de abertura. Em seguida, Ultimato bateu as marcas do US$ 1,5 bilhão, US$ 2 bilhões e US$ 2,5 bilhões em tempo recorde, e encerrou sua carreira como a segunda maior bilheteria da história nos EUA (US$ 858 milhões), a maior bilheteria para um filme estrangeiro na China (US$ 614 milhões), a segunda maior bilheteria fora dos EUA da história (US$ 1.939 bilhão) e, finalmente, o troféu mais cobiçado: a maior bilheteria global (não ajustada) da história (US$ 2.8 bilhões).

Ultimato foi um fenômeno colossal que arrastou multidões de todas as idades para conferir o final épico da Saga do Infinito. Dessa forma, o longa gerou lucros recordes à Casa do Mickey, de quase US$ 900 milhões. Trata-se de um lucro 78% maior que o de Guerra Infinita no ano passado.

Confira aqui todos os recordes de bilheteria que Vingadores: Ultimato quebrou!

 

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2º Lugar: Coringa

Rendimentos totais para o estúdio: US$ 830 milhões

Despesas totais: US$ 393 milhões

Lucro: US$ 437 milhões

Retorno*: US$ 2,11

 

Após anos sendo ridicularizados por seus filmes de baixa qualidade (quem consegue esquecer Batman vs Superman e Esquadrão Suicida?), a Warner Bros. decidiu que a DC receberia o mesmo tratamento que a Fox deu a Logan em 2017: um longa restrito para maiores de idade, de orçamento menor, que visava conquistar a crítica e prêmios em festivais de prestígio. Mas nem eles imaginavam o tamanho do fenômeno que estavam criando.

Transformando o clássico vilão do Batman em um complexo protagonista a la Travis Bickle, Coringa acabou por atrair impensadas multidões aos cinemas. Para muitos espectadores, foi a introdução a um outro tipo de cinema, mais sombrio e adulto do que o típico filme de super-herói. Foi uma aposta arriscada, mas que rendeu gordos dividendos à Warner.

Tendo arrecadado mais de US$ 1 bilhão globalmente (obtendo uma bilheteria global superior à de sucessos como Aladdin e Toy Story 4), cerca de US$ 800 milhões desse valor ficaram para a Warner. O estúdio do Pernalonga desembolsou US$ 70 milhões para produzir o filme (valor este dividido com os parceiros Bron Studios e Village Roadshow), e mais do que isso para promovê-lo globalmente – e isso afora os bônus recebidos pela estrela do longa Joaquin Phoenix e pelo diretor Todd Phillips. 

No total, Coringa custou quase US$ 400 milhões do estúdio, e recuperou tais valores com sobra. A Warner teve um lucro de nada menos que US$ 437 milhões, divididos com seus parceiros no financiamento do longa. Foi o filme não distribuído pela Disney mais lucrativo de 2019.

Uma grande vitória do supervilão sobre os Super-Amigos!

 

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3º Lugar: Capitã Marvel

Rendimentos totais para o estúdio: US$ 865 milhões

Despesas totais: US$ 451 milhões

Lucro: US$ 414 milhões

Retorno*: US$ 1,92

 

A super-heroína mais poderosa do universo Marvel teve uma poderosa ferramenta de marketing à sua disposição: a cena pós-créditos do megahit Vingadores: Guerra Infinita, que apresentava a personagem como a grande salvadora dos heróis após sua trágica derrota para o vilão Thanos. Servindo de ponte entre os dois blockbusters da Marvel, a heroína interpretada por Brie Larson estreou com poderosos US$ 456 milhões em março do ano passado.

Com desempenhos sólidos ao redor do globo (inclusive no Brasil, onde Capitã Marvel se tornou a maior bilheteria para um filme de herói-solo), o longa tornou-se o sétimo da Marvel a ultrapassar a marca do bilhão de dólares na bilheteria global. Foi o necessário para se justificar o grande investimento que a Disney fez na heroína: o longa custou US$ 175 milhões para ser feito e mais US$ 140 milhões para ser promovido, e isso sem contar os bônus para a estrela principal e a dupla de diretores. 

Ao todo, Capitã Marvel precisou de mais de US$ 450 milhões dos cofres da Disney. Tendo arrecadado mais de US$ 800 milhões para o estúdio, o lucro acabou sendo de US$ 414 milhões. Bom o bastante para ser o terceiro maior de 2019 para um longa baseado em quadrinhos.

 

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4º Lugar: Homem-Aranha: Longe de Casa

Rendimentos totais para o estúdio: US$ 787 milhões

Despesas totais: US$ 448 milhões

Lucro: US$ 339 milhões

Retorno*: US$ 1,76

 

Longe de Casa tornou-se o primeiro filme solo do Homem-Aranha a bater a marca do US$ 1 bilhão globalmente. Tudo isso graças à uma performance poderosa na China, onde o longa arrecadou US$ 200 milhões. Nos EUA, foram US$ 390 milhões, a terceira maior bilheteria americana da história da Sony. Ao todo, foram US$ 1.13 bilhão, o que faz do longa comandado por Jon Watts a segunda maior bilheteria global para um filme de super-heróis de 2019.

Talvez você esteja se perguntando como Longe de Casa deu um lucro menor do que Capitã Marvel, a despeito do Cabeça de Teia ter ultrapassado a heroína na bilheteria global (como dá para ver, os custos de ambos foram parecidos). A resposta está no Oriente: o Homem-Aranha só superou Carol Danvers por ter tido uma performance superior na China (por lá, Capitã Marvel arrecadou US$ 154 milhões). Acontece que os estúdios ficam com apenas 25% dos valores que os longas arrecadam na China, menos do que os 30% a 40% em outros países e 50% na América do Norte. Por outro lado, Capitã Marvel superou Longe de Casa em outros mercados estratégicos (como o Brasil por exemplo), que permitem que os estúdios fiquem com uma fatia maior da bilheteria. 

Com isso, o Cabeça de Teia acabou gerando menos rendimentos ao seu estúdio do que a heroína de Brie Larson. Mas não que a Sony esteja reclamando: tendo custado menos para produzir do que Homem-Aranha: De Volta ao Lar, Longe de Casa acabou gerando um lucro 70% maior para o estúdio do que seu predecessor. 

A Disney, claro, sentiu inveja do sucesso da Sony, e agora irá co-financiar a próxima aventura do herói aracnídeo em troca de uma parcela da bilheteria.

 

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5º Lugar: Shazam!

Rendimentos totais para o estúdio: US$ 336 milhões

Despesas totais: US$ 262 milhões

Lucro: US$ 74 milhões

Retorno*: US$ 1,28

 

O herói adolescente da DC Comics estreou nos cinemas em abril de 2019, bem entre dois megahits da Marvel. Foi uma aposta arriscada: será que alguém que já pagou pelo ingresso de Capitã Marvel retornaria aos cinemas enquanto aguardava a estreia de Ultimato? Particularmente, eu ainda defendo que se o longa tivesse estreado em outra data, longe dos dois titãs da Casa das Ideias, sua bilheteria poderia ter sido ainda maior.

Mas a Warner não é boba: sabendo que a competição seria dura, o estúdio decidiu produzir um filme mais barato, mais intimista, menos focado em efeitos especiais grandiosos e mais na exploração de como um garoto de 14 anos reagiria se ganhasse o corpo e os poderes de um super-herói adulto. Assim, Shazam! precisou de apenas US$ 100 milhões para ser produzido, e de outros US$ 105 milhões para ser promovido ao redor do planeta.

Claro, o longa não arrecadou as montanhas de dinheiro que os três filmes da Marvel do ano passado conquistaram. Porém, a um custo de produção tão relativamente baixo, os US$ 366 milhões em bilheteria global do longa renderam à Warner Bros. e a à New Line Cinema um lucro de bons US$ 74 milhões.

Satisfeitos com o resultado, a continuação já foi encomendada e começará a filmar no ano que vem para uma estreia em novembro de 2022.

 

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E o grande fracasso do ano: X-Men: Fênix Negra

Rendimentos totais para o estúdio*: US$ 210 milhões

Despesas totais: US$ 343 milhões

Prejuízo: – US$ 133 milhões

 

O desastre deste longa precisa ensinar uma lição aos engravatados hollywoodianos: se o público rejeitou seu produto uma vez, então talvez seja melhor deixar para lá.

A Fox fez o contrário disso, e ordenou que o diretor de primeira viagem Simon Kinberg refizesse a clássica Saga da Fênix Negra 13 anos após a primeira adaptação no criticado X-Men: O Confronto Final. Resultado: o longa acabou sendo o filme de 2019 que mais deu prejuízo, e isso num ano que ainda teve Cats.

Para ser justo, o longa estreou bem no meio da alta temporada de blockbusters, algo que nunca foi pretendido por seus realizadores, que fizeram um filme menos explosivo e mais intimista. Porém, as constantes mudanças de data de estreia e finalmente as péssimas críticas ajudaram a matar o pouco interesse que havia pelo longa.

Um péssimo início para a nova era da Fox, agora sob gestão da Disney. 

E você, qual foi o seu filme de super-heróis preferido do ano passado? Comente com a gente!

 

*Quantos dólares cada filme gerou para o estúdio a cada dólar investido nele.

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