Por que o Quarteto Fantástico de 2015 deu errado?!

Por que o Quarteto Fantástico de 2015 deu errado?!

Por que o Quarteto Fantástico de 2015 deu errado?!

PS: Esse texto é escrito por um fã que defendeu o filme desde o seu anúncio até o dia em que ele assistiu.  Alguns rumores podem soar como teoria...

Por que o Quarteto Fantástico de 2015 deu errado?!
Imagem: Reprodução | Divulgação
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PS: Esse texto é escrito por um fã que defendeu o filme desde o seu anúncio até o dia em que ele assistiu.  Alguns rumores podem soar como teoria de conspiração, mas é tudo o que há na internet (e na minha cabeça).

“Por que tão ruim?”. Talvez tenha sido a pergunta que todos tenhamos feito após assistir, no cinema ou em casa, aquele filme horrível. Não dava pra acreditar que a Fox havia conseguido o improvável: fazer um longa pior do que aqueles dois dos anos 2000. Hoje em dia, aqueles dois são considerados “clássicos” por muitos e bate até uma certa nostalgia se comparados ao de 2015. Mas o que teria dado de tão errado pra sair aquela bomba? O autor desse artigo acredita em algo além do um roteiro mal escrito e uma direção ruim: ele acredita que houve uma sabotagem. Mas relaxa, eu vou te explicar tudo, da escolha do diretor às regravações, dos cortes de cenas ao resultado final.


O Diretor

Você já viu Poder Sem Limites? Se não, veja o trailer aqui. Promissor, né? Foi um bom filme, aclamado pela crítica e o seu diretor, Josh Trank, entrou na mira de vários estúdios de Hollywood. Ele não tinha nem 30 anos, um completo novato nesse meio. Eis que a Fox teve a brilhante ideia de coloca-lo na direção da nova franquia do Quarteto Fantástico nos cinemas. Parece uma boa escolha, certo? No entanto, ninguém contava com os problemas que seriam causados pelo próprio estúdio.

Não são rumores, você pode ver no teaser do filme que Josh tinha uma versão particular e sombria de Quarteto Fantástico. Era algo que, pessoalmente, me deixava muito animado. Eu estava muito feliz pela coragem da Fox e do diretor em levarem a história pra algo novo nos cinemas. Foi então que os problemas começaram, isso mesmo, antes mesmo das gravações se quer terem começado. Rumores que saíram na época após o lançamento apontam que a Fox cortou GRANDE PARTE do orçamento dias antes das filmagens, o que complicou MUITO as sequências de ação (gigantes) que o filme deveria ter. Quer ter uma noção do que ficou de fora? Se liga nessas fotos:


 


 


POIS É! É o Fantasticarro, mas cadê ele no filme? É, também tô procurando. Não só as cenas dos bastidores mostravam muita coisa que não consta no corte final (você pode ver o vídeo aqui), como também, em janeiro de 2015, Matthew Vaughn fez vários elogios ao projeto. Sim, o mesmo Matthew que falou esses dias que se sente envergonhado por aquele filme e que queria fazer algo bom com aqueles personagens. Vou deixar que ele mesmo te diga o que achou:

Você pode ver o vídeo clicando aqui. Vou traduzir pra você que não manja inglês:

 

“Eu vi o filme, é bom. Eu acho Poder Sem Limites um filme fantástico e Josh Trank fez a sua versão de Quarteto Fantástico. Se você gostou de Poder Sem Limites, então você vai gostar. Todos nós estamos apoiando a visão de Josh Trank. E esperamos que o mundo goste da visão de Josh Trank.”

 

A não ser que o Vaughn sofra uma espécie de transtorno bipolar, alguma coisa aconteceu de janeiro de 2015 até agosto de 2015 (mês que o longa chegou aos cinemas). Acho que tenho uma resposta para o que aconteceu.

Regravações

Em abril, rolaram as tais regravações. Não regravações comuns como as que a Marvel Studios costuma fazer para aperfeiçoar os filmes, e sim regravações pesadas para MUDAR grande parte do que havia sido feito. Por quê? A Fox não estava nada satisfeita com o conteúdo, e também porque o orçamento não estava batendo. Pelo menos é isso que alguns rumores apontam. E foi neste mês que isso aconteceu:

 

 

Pois é, não só o cabelo da Susan estava claramente falso, como há uma cena em que o Reed Richards, interpretado pelo Miles Teller, está com uma meia barbinha, e na cena SEGUINTE aparece sem ela! Fora as cicatrizes que brotam no rosto do personagem, já que o ator havia sofrido um acidente de carro nesses 12 meses de hiato. De certa forma, isso prova um certo descaso com o projeto, pois não tiveram nem a preocupação de passar uma maquiagem no rosto do rapaz. E os os boatos não param por aí.

Há quem diga que quem comandou essas refilmagens pesadas foi ninguém menos do que Simon Kinberg, que leva os créditos pelo roteiro e é o produtor do longa. Ah, ele é o diretor do vindouro X-Men: Fênix Negra. Tá sentindo o cheiro de merda no ar? Mas isso é assunto pra outro texto…

Falando em Simon Kinberg, há uma história interessante a respeito dele. Durante o começo da produção de Quarteto Fantástico, Josh Trank havia sido contratado para dirigir um filme derivado de Star Wars, produzido por Kimberg. E depois de abril não se soube mais nada sobre a produção deste longa. Por “coincidência”, meses depois, Josh Trank foi demitido da direção do spin-off. Rumores apontam que nas refilmagens, Trank e Kimberg se desentenderam pesado.

É como se você tivesse de boa fazendo seu filme, ouvindo elogios sobre… e do nada alguém pega e fala: vamos mudar tudo porque o orçamento ultrapassou, e nós temos que deixar o filme com a cara de Marvel Studios pra atrair o público. Aquele “é fantástico” do Coisa no final é uma das pérolas do cinema.

Se você prestar o mínimo de atenção, vai notar um transtorno de personalidade que o filme tem. Os primeiros 40 minutos se aprofundam nos personagens (com a exceção do Coisa, coitado), enquanto os 40 minutos finais focam numa porradaria sem o menor sentido, Dr. Doom voltando com uma raiva não explicada aos seres humanos, sem falar no pai da Susan morrendo com direito a uma última frase: “Fiquem juntos”(HAHAHAHAHAHAHA)… Eu ainda tô tentando entender por que diabos o Reed fugiu, e POR QUE PASSA 1 ANO?! Depois da passagem de tempo, vira outro filme. Aqui algumas imagens que estão no trailer e que nem apareceram no filme:

 

 

O que você deve ter notado nessas cenas deletadas é a forte presença de Ben Grimm. Há quem diga que o filme abordaria o passado dele, além de fazer o que não foi feito na versão que chegou aos cinemas: DESENVOLVER O PERSONAGEM. Em vez disso preferiram colocá-lo na história porque o Reed ligou para ele. Ben é de longe o personagem mais cagado dessa adaptação, pois nos quadrinhos, o personagem sempre está de bom humor, enquanto na adaptação não passa de um chorão que, DO NADA, aceita no que se transformou. Bizarro.

Não só houveram cenas deletadas, como também mudanças VISUAIS. E adivinha? Trailers antes das regravações mostravam que visualmente o Planeta Zero teria um aspecto mais alaranjado, enquanto no filme ele é verde. Nenhum diretor teria bipolaridade de mudar a paleta cromática dessa forma, assim em cima da hora, se liga:

 

 

E o que falar dos pôsteres oficiais?! Que mostravam Nova York destruída com direito a meteoros caindo?! HAHAHAHAHAHA a Fox teve que apelar até pra propaganda enganosa, ou será que isso estava no 1° corte?! Nunca saberemos!

 

Resultado Final

O filme se comprovou um fracasso. Conseguiu uma média de NOVE POR CENTO no Rotten Tomatoes, uma bilheteria doméstica de CINQUENTA E SEIS milhões, para um total de 167 milhões. Detalhe que ele custou CENTO E VINTE! E pra piorar a situação, dias depois do lançamento, o diretor Josh Trank resolveu mandar a real:

 

“Um ano atrás eu tinha uma versão fantástica disso. Provavelmente receberia boas reviews. Você provavelmente nunca vai ver, essa é a realidade.”

 

Como vocês devem imaginar, minutos depois o tweet misteriosamente foi deletado, e Josh Trank havia decretado um fim de amizade com a Fox, talvez para todo o sempre. Porque uma coisa é eu falar de rumores, outra coisa é o PRÓPRIO diretor confirmar praticamente todos os rumores que cercavam a produção. Rumores que o próprio vivia desmentindo no Twitter.

Aí fica a pergunta: o filme de Josh Trank era realmente bom ou também devia ser ruim? Bom, o ator que fez o vilão Doutor Destino no longa acha que Trank havia feito um ótimo trabalho. Se liga no que ele disse meses depois:

 

“A verdade é que Josh Trank fez um ótimo filme que ninguém verá. É uma pena. Uma versão muito mais sombria, que nunca será exibida. Passei um tempão procurando um sotaque do Oriente Médio, genérico o suficiente para combinar com um cara que há muitos anos se mudou para a América. Tive todo esse trabalho. Infelizmente interpretei o Dr. Destino em apenas três sequências: andando no corredor, matando o cientista e entrando na máquina, e deitando num banco. Foram as únicas vezes que dei vida ao personagem. Todo o resto foi outro ator em algum outro momento… Fiquei furioso por ele ter sido autorizado a mancar daquele jeito! Perdi a divulgação de Planeta dos Macacos porque estava debaixo de escombros, lentamente ascendendo das cinzas para ser o Doutor Destino. Nada entrou no filme! Sempre existe frustração com esse tipo de coisa, mas geralmente vem de mudanças no roteiro. De qualquer forma, tenho orgulho do meu trabalho. Apenas me sinto desolado como os fãs.”

 

Deu pra sentir a fúria de Toby Kebbell através desse textão, mermão. E também nota-se que o corte de Trank teria muito mais de seu vilão, algo que os fãs tanto clamam: um filme com mais Doutor Destino e todo o seu desenvolvimento como vilão. Seria interessante, né?

Enfim, já se passaram 2 anos desde que o filme saiu e a Fox ainda não se prontificou sobre o que acontecerá. Ideias de um filme com os filhos de Reed e Sue Richards estão na mesa, junto com um filme solo do vilão Doutor Destino… aconteça o que acontecer, lembramos de uma coisa: a Fox NÃO vai abrir mão do Quarteto Fantástico tão cedo. Só oremos para que a relação da Fox com o próximo diretor seja amigável. É o que o autor deste artigo espera, pois o Quarteto Fantástico de 2015 é um grande trauma para a sua vida, e acho que também é pra qualquer fã da Marvel.

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