[CRÍTICA] Especial dos Guardiões da Galáxia compensa desinteresse com coração

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Uma longa espera não é novidade na Marvel Studios, mas os Guardiões da Galáxia se tornaram alvo de uma ansiedade acima do comum. Afinal, o Vol. 3 e fim da trilogia da equipe seria originalmente o PRIMEIRO filme da Fase 4 do MCU.

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Tudo mudou com a demissão, e depois recontratação, do diretor James Gunn. Empurrando a produção e a deixando para a Fase 5 desse universo cinematográfico. Com as coisas já resolvidas, a Marvel decidiu dar mais um presente aos fãs, para compensar por todos esses contratempos.

Entra o ESPECIAL DE FESTAS dos Guardiões da Galáxia, anunciado no evento de investidores da Disney em 2020. Esperamos dois anos desde o anúncio desse diferente retorno de James Gunn ao universo Marvel, e quem diria que ele chegaria num momento onde o diretor agora é o CHEFE da DC nos cinemas.

Mas focando no que nos interessa, o 2022 do MCU foi um ano curioso na dinâmica de expectativa x realidade. Já que filmes como Doutor Estranho 2 e Thor 4 decepcionaram muitos fãs, piorando ainda mais a reputação da Fase 4.

Felizmente, o Especial de Festas chega para encerrar a Fase 4 de uma maneira bem mais segura, voltando ao simples e entregando tudo aquilo que os fãs amam – ou amavam – nos Guardiões. Daí vem a grande força do especial: a interação entre os personagens e suas personalidades intensas e caóticas.

Explorando ainda mais da dinâmica dos personagens mais cômicos e exagerados da equipe: Drax e Mantis. A trama é uma desculpa perfeita para colocá-los na Terra e estranhando tudo ao seu redor, e traz um tom humilde e descompromissado que faz valer a ideia do ‘espírito natalino’.

Porém, seja por sua duração curta e direta ao ponto, ou pelo fato de Gunn ter ficado tão longe desses personagens, toda a construção do especial, à princípio, vem com um leve tom de estranheza. Algumas piadas que são repetidas ou que já cansaram, o sentimento de pressa que pode não suprir as expectativas.

Especial de Festas presenteou os fãs tal como a Nebula fez com o Rocket

Mas à medida em que a história se desenrola, a magia de Gunn ressurge e temos novamente um vislumbre do coração e carisma que esses personagens têm. O Peter Quill de Chris Pratt, apagado na maior parte do tempo, tem um dos seus melhores momentos em sua conversa final com a Mantis.

Falando na Mantis, a atriz Pom Klementieff com certeza se consagra como a “craque do jogo” do Especial. Nos apresentando um novo lado da Mantis que nunca havíamos visto antes, e a certeza de que ele é tão carismática quanto todos os membros da equipe.

O destaque é merecido e gera a grande revelação que nos deixa ansiosos para ver a nova dinâmica dos Guardiões em seu próximo filme. Mas ainda assim, o especial não tenta ser um prelúdio para o filme, mas sim algo próprio.

Afinal, onde mais teríamos a desculpa perfeita para encaixar KEVIN BACON em uma participação hilária só pra celebrar a piada do primeiro filme envolvendo Footloose? Ao mesmo tempo em que aproveita para tirar um sarro dos atores e Hollywood em si.

Bobo mas cheio de autenticidade em seus diálogos, os Guardiões da Galáxia provam que são os únicos personagens do MCU dignos de um especial de Natal que funcionasse. E não podemos ficar mais felizes pelo fato da Marvel ter realmente arriscado fazer esse projeto.

NOTA: 7,5/10

MAIS SOBRE OS GUARDIÕES DA GALÁXIA

Antes da estreia de Guardiões da Galáxia Vol. 3 nos cinemas em maio de 2023, a equipe ganhará seu ESPECIAL DE NATAL! A apresentação especial do MCU JÁ ESTÁ DISPONÍVEL lá no Disney+! Na trama, vemos os Guardiões tentando animar Peter Quill, ainda deprimido com a morte da Gamora, com a celebração do Natal de seu planeta.

James Gunn está confirmado como o diretor e roteirista do especial, que conta com o retorno de todo o elenco, com exceção da Gamora (Zoe Saldana). As novidade ficam por conta de Maria Bakalova na voz de Cosmo: o Cão Espacial e KEVIN BACON, numa participação super especial como ELE MESMO!