[CRÍTICA] Os Novos Mutantes é um final honesto dos filmes da Marvel na Fox

Nem parece que isso é realidade, mas aqui estamos. Os Novos Mutantes enfim chegou aos cinemas brasileiros, nessa quinta-feira histórica (22/10). O filme vem carregado de uma série de...

REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
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Compartilhe: Elvis de Sá
Publicado em 22/10/2020 - 19h34


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Nem parece que isso é realidade, mas aqui estamos. Os Novos Mutantes enfim chegou aos cinemas brasileiros, nessa quinta-feira histórica (22/10). O filme vem carregado de uma série de adiamentos e muitas piadas devido a isso. Já que ele deveria ter sido lançado em ABRIL DE 2018, pouco antes de Vingadores: Guerra Infinita.

O filme anunciado como um promissor e ousado spin-off dos X-Men nos cinemas vinha na carona do bem sucedido Deadpool. E com a premissa de renovar as histórias dos mutantes nos cinemas, agora teríamos uma equipe mais jovem (mas sem ser uma equipe formada) e com mistos de terror.

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Mais de 2 anos depois da data de lançamento original, a série de adiamentos infinitos e a compra da Fox pela Disney pode até ter feito bem ao filme. Claro, é uma pena que ele tenha sido marcado JUSTAMENTE para o mês onde a pandemia do coronavírus deu uma rasteira no mundo.

Assim como foi usado como o filme cobaia para testar a reabertura dos cinemas. O que com certeza vai afetar a experiência de muitos fãs, que podem simplesmente escolherem NÃO ver o filme nas telonas. É uma pena, mas é um assunto para outro debate.

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A questão é que Os Novos Mutantes sairá prejudicado, e por não ser um FILME-EVENTO de proporções da Marvel Studios, tem um quê de simplicidade que pode ser o ideal para quem esteja voltando aos cinemas por enquanto.

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Aqui entrando sobre o filme em si, temos o seu principal mérito e também demérito: a simplicidade. Os Novos Mutantes é um acerto por fugir do tom equivocado de querer fazer algo grandioso. A Fox fez isso com filmes como X-Men: Apocalipse, Deadpool 2 e Fênix Negra.

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Entrosamento do elenco de Os Novos Mutantes surpreende!

 

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Que são filmes que se levam muito mais a sério do que eles são. Dessa vez, temos um filme que já apresenta sua trama logo de cara. E por mais que os ‘mistérios’ acerca da instituição onde esses mutantes estão trancados, se é um bom lugar ou não, dure um pouco demais do que necessário, é algo óbvio que não irrita.

A construção da tensão do confinamento dos jovens nessa jaula, e o relacionamento e obediência com a Dra. Hayes (Alice Braga) não vai pegar ninguém de surpresa. E, de fato, tinha potencial de ser mais assustador ou ameaçador, mas está lá para dar espaço ao que realmente interessante.

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E dá espaço para o grande carro chefe do filme, que são… os próprios novos mutantes. Desde a primeira reunião do elenco em tela, vemos que as escolhas de atores foi simplesmente perfeita. E digna de uma formação de equipe da Marvel Studios.

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Em tudo que o roteiro for meio superficial, o elenco consegue trazer emoção para a trama. Os personagens vêm carregados de bagagem e dilemas pessoais e histórias trágicas ligadas aos seus poderes. Deixando lá aquele toque social e não-glamuroso que torna os mutantes muito mais interessantes do que os heróis normais da Marvel.

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A dona do filme

Basicamente, quase todos são assassinos. E essa combinação de passado conturbado, poderes perigosos e um senso de heroísmo e redenção que torna o filme numa ÓTIMA despedida dos Mutantes no universo Marvel dentro da Fox.

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Realmente, a história não é tão profunda e as introduções são bem rápidas e sem muita sutileza. Mas a partir do momento que os conhecemos bem, é um prazer acompanhá-los. O destaque, obviamente, é a Magia de Anya Taylor-Joy.

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A mais poderosa da equipe, ela é daquelas que sempre que entra em cena, reacende o filme e te prende de volta caso esteja meio morno. E COM CERTEZA vai te deixar querendo ver mais histórias da personagem nas telonas. Isso pode tirar um pouco o encanto do protagonismo de Danielle Moonstar (Blu-Hunt), mas ela forma uma dupla incrível com Rhane (Maisie Williams).

O casal tem química, e o desenvolvimento dessa relação é feito na sutileza e honestidade, para que nenhum nerd preconceituoso venha com reclamações de ‘lacrar’ ou ‘forçar’. Pois não chega nem perto disso. E é um exemplo a ser seguido para mais casais LGBTQ em filmes da Marvel!

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Aquele casal que faz o shipp valer a pena <3

Com o destaque e maior importância dessas 3 personagens, não sobra tanto em tela para Sam (Charlie Heaton) e o brasileiro Roberto. Quanto ao personagem do também brasileiro Henry Zaga, há algo que pode compensar uma polêmica do filme.

Já que o diretor Josh Boone demonstrou um grande tom de preconceito e arrogância desnecessária ao defender o white-washing do Mancha Solar, e dizer que não se importava com a história do racismo no Brasil. De fato, é imperdoável não termos um Mancha Solar negro.

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Mas por mais infeliz que seja a escolha, a abordagem do personagem no filme, até que faz sentido! Já que temos um rapaz branco, nascido e criado em berço de ouro, que é enviado para esse tratamento de mutantes após matar (acidentalmente) sua namorada.

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Propositalmente ou não, o privilégio branco acometido ao personagem reflete assustadoramente muitas histórias de impunidade e ‘jeitinho’ do nosso país. Embora, claro, Roberto seja uma boa pessoa. Faltou a Josh Boone pelo menos a malandragem de trazer essa abordagem como uma justificativa, pois funcionaria.

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Sim, o Mancha Solar até que funciona, mesmo com as polêmicas e vacilos!

Em algo que pode desagradar aos fãs e faltou mais confiança de arriscar, os elementos de terror não são tão presentes quanto imaginávamos. A trilha sonora sempre flerta com o terror, criando ambientações e um clima tenso.

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Muitas das vezes isso não dá em nada. Mas quando o elenco está entrosado, os personagens com mais autonomia e o desafio do Urso Místico batendo na porta, temos sim, uns momentos bem bacana de horror.

Principalmente com a entrada infinita dos homens esguios e sorridentes, que não param de aparecer mais e mais. Temos até uma dose bacana de violência gráfica e sangue. Talvez isso tivesse deixado o filme mais impactante? Pode ser que sim.

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Adeus e obrigado: Marvel/Fox!

Mas em seu coração, Os Novos Mutantes é um filme despretensioso de jovens adolescentes angustiados e rebeldes. Lidando literalmente contra os seus mesmos e suas próprias histórias. É até bobo o quanto a instituição SÓ tem a Alice Braga no comando, com nenhum outro assistente para tornar o lugar ameaçador e controlador.

Assim como uma conexão pesada com o filme Logan que dá vontade de rir, por ser algo que parece ter sido colocado só para termos referência e parecer uma história maior. Mas não se deixe levar por esse lado.

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Apesar da superficialidade do roteiro e uma construção questionável, a despedida dos mutantes na Fox funciona. Diverte, e com um final fechado-mas-se-quiser-a-gente-continua, realmente deixa uma tristeza por não podermos ver esses personagens voltando em uma história ainda mais bem desenvolvida.

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O longa tira o gosto amargo e decepcionante de Deadpool 2 e Fênix Negra, trazendo uns lampejos do quanto a Fox tinha potencial de fazer filmes bem bacanas para o gênero de super-heróis. Qual é, temos até um Urso gigantesco… e que funciona.

Chega a ser triste o massacre cruel sofrido pela opinião da crítica, que faz vista grossa para muitos filmes inferiores mas populares na Marvel Studios. Portanto, tente conferir o filme e julgá-lo você mesmo, fugindo desse achismo propagado.

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Agora, é torcer para que Kevin Feige consiga aprender algo de interessante com Os Novos Mutantes quando for hora de criar seus próprios X-Men do MCU. (E de novo: queremos mais da Magia de Anya Taylor-Joy!)

NOTA: 7/10

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Leia a sinopse oficial do filme: “Cinco jovens mutantes descobrem o alcance de seus poderes e lidam com traumas do passado enquanto são mantidos presos contra a vontade num sinistro hospital”.

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Os Novos Mutantes tem no elenco Anya Taylor-Joy como Illyana Rasputin/Magia, Maisie Williams como Rahne Sinclair/Lupina, Charlie Heaton como Sam Guthrie/Míssil, Blu Hunt como Danielle Moonstar/Miragem, Henry Zaga como Roberto da Costa/Mancha Solar e Alice Braga como Dr. Cecilia Reyes. O roteiro está nas mãos de Knate Lee e Josh BooneBoone que também assina como o diretor do longa. Após 2 anos de adiamentos, o longa chegou aos cinemas brasileiros no dia 22 de outubro de 2020!

Leia TUDO SOBRE Os Novos Mutantes!




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