Como melhorar Inumanos?

Agora que vimos os dois primeiros 2 de Inumanos, já deu para ter uma noção de que todo o pessimismo não era exagero, com um resultado bem abaixo do potencial que a história poderia render. Porém, não devemos esquecer que mesmo tendo visto no cinema, ainda se trata de uma série de TV, e ainda faltam 6 episódios para fechar a temporada completa. Então, fazer um resumo definitivo da série AGORA seria um equívoco, quase como avaliar um filme apenas por seus primeiros 30 minutos.

 

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Claro que para a temporada ser EXCELENTE precisaríamos de uma evolução absurda a partir do 3° episódio, mas hey, vamos dar o benefício da dúvida, certo? Os Inumanos podem se corrigir ainda mesmo em sua 1° temporada, no entanto, antes disso, temos que avaliar o que já deu errado e como poderia ter sido feito.

 

Começando pela introdução: cinco minutos, um casal na cama e personagens aparecendo de segundo em segundo dando “oi” já pode ser considerado o primeiro e grande equívoco da série perante seus personagens. Os Inumanos, todo seu passado e o fato de terem que se esconder numa cidade magnífica na Lua, não é uma coisa tão comum assim, e é o alicerce da singularidade fantástica que essa história deveria nos instigar e ir apresentando aos poucos, quase como um “Bem-Vindo ao Universo Bruxo” em Harry Potter ou qualquer introdução a um universo diferente.

 

 

Um episódio inteiro centrado na origem dos Inumanos,  mostrando como são as coisas em Atillan, com foco na Família Real, na formação desse grupo e em como as coisas funcionam no Reino, e principalmente: os poderes especiais dos personagens, principalmente de cada um do núcleo principal. Fica muito mais fácil de se conectar com os personagens quando se tem pelo menos a chance de conhecê-los direitamente, com o foco neles, e não já tacando as reviravoltas do golpe e vilania logo tão cedo. As discussões e divergências entre a Família Real e Maximus parecem ser coisa antiga, seria necessário pelo menos um tempo respirando e trabalhando o lado unido deles, tornaria a reviravolta do vilão algo mais interessante.

 

Ele já é o personagem mais bem desenvolvido da trama, então se tivesse um mínimo período de construção do Reinado do Raio Negro até sua queda, o vilão, e toda a trama, pareceria algo bem menos banal e fraco, trazendo algum peso em ver a Família Real na merda, já que estaríamos bem acostumados em vê-los de boa na lagoa.

 

 

Em 2 episódios tivemos história para 1 temporada, ok, ninguém tem a Joia do Tempo para corrigir isso, então nos resta imaginar como as coisas podem ser consertadas nos próximos episódios, ou numa possível segunda temporada. Esse foi um começo ruim, mas quem sabe a partir de agora a série não desacelere e foque nos personagens separados tendo que se superar para se unirem e retornarem para Casa, dando a oportunidade do público simpatizar com eles. Por mais que o texto seja ruim, os personagens e a história tem potencial para extrair pelo menos alguma coisa mediana.

 

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Talvez agora, com a exposição do Raio Negro chocando tanta gente, seja possível trabalhar na parte dramática e social do que é ser um inumano e do porque eles realmente se isolaram, ou do porque talvez não devam se isolar. Não dá pra esperar que o retorno a Attilan seja algo inesperado e empolgante, mas o papel crescente de Maximus no poder ao mesmo tempo que o vilão da série não tem poder nenhum é algo que pode resultar numa dinâmica interessante, quase como foi com Luke Cage e Boca de Algodão.

 

 

Só que pra isso a Marvel teria que aplicar mais uma vez uma de suas fórmulas: a de uma boa formação de equipe. Ok que diferente dos Guardiões da Galáxia ou Vingadores, nosso primeiro contato com eles já foi com a equipe formada. Apesar disso, ainda não tivemos momentos realmente dignos e boas interações entre eles. No mínimo, NO MÍNIMO, consertar as coisas e deixar o terreno arrumado para histórias melhores e melhor executadas, mais ou menos como foi com Agents of  SHIELD.

 

Uma coisa que foi um pouco estranha em alguns momentos, mas que pode se tornar uma característica positiva: o humor. Não foi algo natural ou engraçado por ser divertido, mas sim por ser tosco e em horas e frases que deveria ser beeeeem sérias. Mas os deboches e a soberba do Raio Negro, a hilária cena da morte dos pais do mesmo, o overacting da Medusa, a briza de Gorgon e os surfistas (na onda do matinho), e o Dentinho, FUCKING DENTINHO, um cão gigante levemente abobalhado, são coisas tão bizarras que se trabalharem bem (eu sei, tô sendo positivo) podem acabar ficando boas.

 

 

O que mais falta nessa série é isso, uma pegada diferente e com estilo único, algo que diferenciasse os Inumanos dos X-Men e das equipes do Universo Marvel. Pois assim, mesmo que as histórias estejam uma merda, ainda teríamos o carisma dos personagens para nos guiar (não é, Supernatural?).

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Com algumas citações a eventos da série Agents of SHIELD, é bem provável que as equipes se encontrem. O que seria bem coerente já que o assunto dos Inumanos começou lá. Ainda assim, eu quero muito que isso demore para acontecer e não seja feito só para tentar atrair audiência e retardar o cancelamento de ambas as séries. Por mais que os episódios que vi não tenham sido lá muito bons, eu sinto que esses personagens têm potencial para protagonizar boas histórias. É algo que tanto os Inumanos quanto os fãs merecem.

 

Agora, fiquem com a nossa live acabando de sair de um cinema IMAX, mostrando toda a nossa reação com os 2 primeiros episódios:

 

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Se tem uma coisa que eu odeio, é gente sem integridade. Elvis de Sá, as pessoas me chamam de Senhor das Estrelas.
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