Crítica | Capitão América: Admirável Mundo Novo acerta em algo muito importante pra Marvel
Crítica de Capitão América: Admirável Mundo Novo: A Marvel, pelo menos, acerta em algo muito importante - leia.
Finalmente está em exibição nos cinemas o aguardado Capitão América: Admirável Mundo Novo, filme que, originalmente, era para ter estreado em 2024. Mas será que valeu a pena todo esse tempo de espera?
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Bem, antes vale relembrar os motivos deste adiamento. Estrelado por Anthony Mackie, Capitão América: Admirável Mundo Novo teve uma produção conturbada pois precisou passar pela greve dos roteiristas em Hollywood, que aconteceu em 2023. Apesar da greve, a Marvel continuou gravando o filme até onde foi possível. Em certo ponto a produção foi paralisada, afinal a Marvel é conhecida por ter roteiristas presentes no set para reescreverem tudo que seja necessário, e durante a greve isto simplesmente não era possível.
Posteriormente a grave a chegou ao fim, e neste retorno às filmagens a Marvel decidiu regravar boa parte do filme. As refilmagens, aparentemente, foram extensivas e caras. A Marvel nega tudo, mas há diversas fotos de bastidores e até atores sendo removidos do filme enquanto outros foram adicionados, confirmado as regravações polêmicas.
Por tudo isso, não surpreende que Capitão América: Admirável Mundo Novo seja um filme, entre outras coisas, confuso. Aqui o filme não apenas segue o legado da franquia quem um dia foi estrelada por Chris Evans, como também serve, praticamente, como uma continuação de O Incrível Hulk, filme de 2008 e que por muito tempo foi esquecido pela Marvel, e até por parte dos fãs do MCU.
O legado do Capitão América e do Hulk em um filme!
Sendo assim, temos o retorno do vilão Líder (Tim Blake Nelson), da Betty Ross (Live Tyler) e, claro, do Thadeus Ross, que agora é Presidente dos Estados Unidos e é interpretado pelo icônico Harrison Ford.
E não para no retorno dos personagens. Há tramas e referências diretas ao filme de 2008, que acabam tornando o novo filme do Capitão América quase que uma sequência espiritual do último filme do Hulk. Mas sim, não se esqueça, este ainda precisa ser um filme do Capitão América.
A mistura pode soar confusa para não quem não acompanha o MCU com tanto afinco, ou tem poucas lembranças do filme de 2008. Mas o roteiro (escrito a oito mãos) até que faz um trabalho razoável de mesclar esses dois universos. Basicamente, o Presidente Ross precisa da ajuda do Capitão América para remontar os Vingadores. Neste novo filme, encontramos o Sam Wilson em um ponto bem estabelecido como o Capitão, já tendo conquistado boa parte do respeito do público. E sua relação com o Presidente Ross, ora definida por rivalidade, ora definida por admiração, é um dos pontos altos do filme.
Erros que diminuem o alcance do filme!
Como fruto das refilmagens, temos o Giancarlo Esposito interpretando o Coral, líder da organização SERPENTE. O roteiro adicionou o personagem de última hora, o que deixou a trama um pouco tumultuada. Apesar do carisma do ator, o personagem é subaproveitado, evidenciando que ele de fato não precisava estar aqui.
Por falar no vilão, ele está envolvido em uma trama que, aparentemente, é a principal, mas de alguma forma consegue soar secundária dentro do roteiro do filme. Estamos falando da introdução do Adamantium, que no fim acaba servindo apenas para cessar as reclamações de que a Marvel nunca mais falou do Tiamut, o Celestial deixado na Terra no fim de Eternos.
Outro ponto em que o filme peca é nas sequências de ação. Há sim bons momentos. No entanto, a franquia ‘Capitão América’ ficou conhecida por suas ótimas cenas de ação, um legado que o diretor Julius Onah não consegue fazer jus.
Anthony Mackie é, de uma vez por todas, o Capitão América!
Mas o filme possui um grande acerto: a definição do Sam Wilson como Capitão América. Mais do que isso: a luz de que o MCU, e eventualmente os Vingadores, possuem um personagem de liderança. Anthony Mackie brilha como nunca no papel, carregando todo esse peso com carisma, mesmo em momentos em que o personagem surge mais introspectivo. Podemos ver em seus olhos que talvez ela não saiba exatamente o que fazer ou no que está se metendo, mas sabemos que ele não irá desistir.
Boa parte desse ímpeto é visto na preocupação do herói com seus amigos. Assim como o Steve Rogers tinha sua equipe pessoal, o Sam também forma a dele. Entram em cena o Joaquín Torres (Danny Ramirez) e o Isaiah Bradley (Carl Lumbly). Joaquín brilha como o alívio cômico do filme, enquanto Isaiah equilibra carregando o peso dramático. Os dois formam um bom trio com o Sam, e ajudam a dar uma identidade para o novo Capitão.
Sim, é um Capitão América sem o soro do super soldado, um aspecto bastante abordado dentro da própria trama. Isso significa que tudo para ele será mais difícil, que o esforço de carregar aquele escudo sempre será dobrado. Mas se tem um ser humano comum que conseguiria carregar esse fardo, esse é o Sam Wilson.
A missão do Sam de recrutar os Vingadores não acontece exatamente aqui, ou seja, é algo que só iremos acompanhar no próximo filme da equipe, marcado para estrear em 2026. Porém mal podemos esperar para ver o Capitão América passando por novos desafios ainda mais difíceis, enfrentando ameaças ainda mais poderosas, e, do seu jeito, fazendo de tudo para salvar o mundo mais uma vez, como um indivíduo comum.
Nota: 6/10
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Tudo sobre Capitão América 4
Capitão América: Admirável Mundo Novo dará continuidade aos eventos da série Falcão e o Soldado Invernal. Onde Sam Wilson (Anthony Mackie) assume o escudo e o manto deixado por Steve Rogers .Já que o LÍDER (Tim Blake Nelson) confirmou sua presença como o grande vilão do filme. Ele finalmente retornará após os eventos de O Incrível Hulk.
Além disso o elenco conta com mais atores retornando da série, como Danny Ramirez (Torres) e Carl Lumbly (Isaiah Bradley). A novidade até agora é a chegada da atriz Shira Raas como a mutante Sabra!
Malcolm Spellman (que cuidou da série do Falcão) cuida do roteiro enquanto Julius Onah assume a direção. O filme já está em exibição nos cinemas brasileiros.
