[CRÍTICA] Homem-Aranha: Através do Aranhaverso desafia de Vingadores a Star Wars

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso faz valer os cinco anos de espera? Confira a nossa crítica sem spoilers sobre o nova aventura liderada por Miles Morales.

Novo Aranhaverso é sensacional

Após um longo tempo de espera de cinco anos, eis que Homem-Aranha: Através do Aranhaverso finalmente chega aos cinemas brasileiros nessa semana, desta vez carregado de uma expectativa muito maior do que a primeira parte lançada em 2018.

De lá pra cá muita coisa mudou, e muito por conta do próprio Homem-Aranha no Aranhaverso. O multiverso, ferramenta com que o primeiro filme brincou, acabou fazendo com que a fórmula se repetisse em live-action, ocasionando o sucesso de quase US$ 2 bilhões de dólares chamado Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa.

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura foi outra aposta da Marvel, e até o Oscar reconheceu o drama multiversal Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo. Mas antes, foi Aranhaverso que levou o Oscar de Melhor Animação.

E agora Phil Lord e Chris Miller, a dupla de produtores que iniciaram toda essa jornada, retornam com a ambição de mudar o jogo mais uma vez, fazendo um épico, dividido em duas partes, que rivaliza com a escala dos maiores Vingadores ou Star Wars, entregando algo totalmente diferença do que vemos hoje no mercado das animações americanas. Pode esperar uma enxurrada de comparações com O Império Contra-Ataca vindo aí.

Em Através do Aranhaverso, todos os elementos do primeiro filme que conquistaram o público retornam afiados. Mais do que isso: são expandidos, multiplicados. Os dilemas familiares agora não pertencem apenas a Miles Morales (Shameik Moore), mas também a Gwen Stacy (Hailee Steinfeld), que ganha um papel maior e que é super bem-vindo.

A tão elogiada mistura de técnicas de animações pulam para um novo nível, tomando as mais diversas formas não apenas nos diferentes universos visitados durante o filme, mas também na composição de cada Homem-Aranha, alguns compostos de forma totalmente única, como o Punk-Aranha (Daniel Kaluuya), que ainda divide o cenário com outros personagens de forma orgânica e em composições de encherem os olhos. Se você pudesse nunca piscar, você não piscaria.

E por falar nas diversas variantes do Homem-Aranha, o novo filme conta com quase 300 versões diferentes do herói. Mas dentre as novidades, apesar das mais evidenciadas pela divulgação terem sido o Homem-Aranha 2099 (Oscar Isaac) e a Mulher-Aranha (Issa Rae), quem rouba a cena é o já mencionado Punk-Aranha e também o Homem-Aranha Indiano (Karan Soni).

E esta nova aventura mais ambiciosa, que precisou ser comandada por três diretores, Joaquim Dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson, conta com um vilão à altura, de desenvolvimento surpreendente. O Mancha, dublado por Jason Schwartzman, é um vilão que começa com toques cômicos mas que vai aos poucos apresentando um futuro sombrio para o nosso protagonista.

Mas vale ter em mente que este é o capítulo do meio da uma trilogia. A próxima parte, Homem-Aranha: Além do Aranhaverso, está programada para estrear em março de 2024. Ainda assim o filme é totalmente competente em dar sequência ao primeiro e ao mesmo tempo deixar os fãs ansiosos pela terceira parte, e sem deixar de ser um filme satisfatório por conta própria.

Mas essa ambição de ter novos filmes que podem lembrar os planos de Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato também o leva a uma duração um pouco mais inchada, com o relógio fechando em quase 2 horas e 20 minutos, tempo que nem sempre passa de maneira tão fluída quanto poderia.

O filme também repete um tema do primeiro filme que de fato é essencial para o Homem-Aranha: o trauma da perda de um ente querido, o quanto ela é necessária para o amadurecimento de toda versão do herói. Mas aqui o tema é estranhamente reproduzido de maneira como se nunca tivesse sido tocado no filme anterior.

Apesar de poder não ser tão irretocável quanto o 1º filme, Homem-Aranha: Através do Aranhaverso ainda é um deleite, uma aventura tanto de perfeição técnica quanto batidas emocionais afinadas, além de surpresas que prometem fazer a alegria dos fãs nas salas de cinema.

Mal podemos esperar pela conclusão da trilogia, que se continuar com o alto nível, deveremos ver a franquia mais uma vez remexendo na forma como Hollywood trabalha suas grandes marcas, o tema multiverso e a própria mídia de animação em si.

NOTA: 8,5/10

Reunimos os dubladores de Guardiões da Galáxia Vol. 3 em sessão especial

Dando um tom de emoção ainda maior foi uma sessão especial realizada no Rio de Janeiro no dia 6 de maio. Onde o Legado da Marvel teve a honra de participar de uma sessão em parceria com Cris e Panda e a UCI Cinemas.

Para surpreender os fãs presentes lá, nós convidamos os DUBLADORES do filme! Tivemos a ilustre presença de Raphael Rossatto (Peter Quill), Priscila Amorim (Gamora), Mckeidy Lisita (Rocket), Gabriela Medeiros (Nebulosa) e Sérgio Cantú (diretor de dublagem da trilogia e também a voz do Homem-Aranha de Andrew Garfield).

Outras vozes marcantes do universo Marvel também estiveram por lá, como Marco Ribeiro (Homem de Ferro) e Wirley Contaifer (Homem-Aranha de Tom Holland).

Confira logo abaixo como foi:

A sessão, obviamente, terminou com aplausos para os dubladores após a exibição de seus nomes nos créditos. Um momento bem especial para os marvetes do RJ e para todos os fãs da dublagem nacional!

Siga de olho aqui no site para mais informações e curiosidades.

MAIS SOBRE HOMEM-ARANHA: ATRAVÉS DO ARANHAVERSO

Em dezembro de 2021, uma grande surpresa! Antes previsto como apenas o Aranhaverso 2, o novo filme será a PRIMEIRA de DUAS PARTES! Além do anúncio das duas partes, tivemos o primeiro trailer/prévia do filme na CCXP Worlds 2021. Essa prévia você pode assistir CLICANDO AQUI!

No elenco temos a volta de Shameik Moore (Miles), Hailee Steinfeld (Gwen), Jake Johnson (Peter B. Parker) e Oscar Isaac (Homem-Aranha 2099). Um dos primeiros nomes novos confirmados foi o de Issa Rae, que fará a voz da Jessica Drew/Mulher-Aranha!

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso tem roteiro assinado por Phil Lord, Christopher Miller, e Dave Callaham. O filme é dirigido por Joaquim dos Santos, Kemp Powers, e Justin K. Thompson. O longa estreia nos cinemas brasileiros no dia 1° de junho de 2023.

Fernando Pimenta
Estudante de Jornalismo. Aficionado pelo assunto Cultura Pop. Escrever é um prazer.
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