[CRÍTICA] Thor: Amor e Trovão ignora Fase 4 e é tudo que a Marvel precisava

Desde o seu anúncio, Thor: Amor e Trovão é um filme que tem gerado muita expectativa entre os fãs. Afinal, na medida em que a Fase 4 e o...

REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
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Compartilhe: Elvis de Sá
Publicado em 5/7/2022 - 10h15


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Desde o seu anúncio, Thor: Amor e Trovão é um filme que tem gerado muita expectativa entre os fãs. Afinal, na medida em que a Fase 4 e o futuro do MCU eram anunciados, ninguém imaginava que mais uma aventura com o Deus do Trovão seria um desses projetos.

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Mas nem toda a surpresa daquele dia de Comic Con, ou todo o hype do filme em si, é o suficiente para preparar os fãs para o que esse filme é. Misturando simplicidade, um humor absurdo e muita confiança em seus temas, Thor: Amor e Trovão extrai o MELHOR que Taika Waititi tem a oferecer!

O diretor e co-roteirista praticamente redefiniu o Thor nos cinemas com o Ragnarok, e agora volta com muito mais liberdade e sem o peso de ter que antecipar uma Guerra Infinita. Portanto, temos um dos filmes mais leves e desgarrados da trama central do MCU.

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Esqueça qualquer ideia de conexão com o futuro desse universo compartilhado ou dicas para a próxima reunião dos Vingadores. Esse aqui é um filme genuíno do Thor, e o que acontece aqui é basicamente tudo que importa. Ignorando a Fase 4 ou qualquer mega pretensão, o filme é um respiro de alívio para os fãs da Marvel depois de algumas decepções e questionamentos recentes.

E com uma liberdade criativa maior nas mãos de Taika, eis o elemento que mais dava medo e poderia tornar o filme numa bagunça. Que é a mistura drástica entre um humor escrachado e um drama mórbido e trágico. Acontece que sim, isso FUNCIONA!

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Assista um trailer especial do filme

https://www.youtube.com/watch?v=2Tu16x5u2ZY

Transitar entre humor e drama já é marca dos filmes de Taika, tal como ‘Jojo Rabbit’ e ‘Boy’, que conseguem passar por temas seríssimos e ainda assim encaixar uma piada boba no meio. Some isso ao inacreditável êxito de conseguirem falar tão diretamente sobre AMOR de uma forma até brega e nada imprevisível, mas que é impossível de não se conectar.

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Com isso, eles mostram que aprenderam bem com o maior erro do Ragnarok, que foi justamente a falta de uma seriedade maior em relação aos temas e eventos acontecendo. Corrigiram o que erraram no filme anterior e se aperfeiçoaram, com mais cenas de ação magníficas e brilhantemente concebidas.

Falando em corrigir os erros do passado, temos aqui o coração do filme e a reparação mais inimaginável do MCU. Dona dos brações mais queridos pelos fãs, existe algo mágico no carisma de Natalie Portman, de volta como Jane Foster.

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Ao contrário do que muitos imaginavam, a Jane não voltou sofrendo um soft-reboot. Sua personalidade e seu jeitinho é exatamente o mesmo dos dois primeiros filmes do Thor. A personagem volta do mesmo jeito que era, mas agora aproveitada e encaixada por um bom roteiro, que te faz até sentir saudades dos filmes antigos.

Mais empolgada do que nunca, ver a Natalie entregando uma Poderosa Thor tão deslumbrada com seus poderes reflete diretamente na reação do público. Fazia tempo que não nos divertíamos tanto só de ver um herói usando seus poderes e se divertindo com isso. É revigorante e é facilmente uma das melhores introduções da Fase 4, ou de todo o MCU.

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Thor: Amor e Trovão traz a nova dupla perfeita da Marvel

Valorizando ainda mais o passado, temos também – obviamente – o retorno da interação entre Natalie e Chris Hemsworth. E tal como a Natalie está tão empolgada, ela e Chris nunca tiveram uma química tão boa quanto agora. Soa natural e fofo, e eles conseguem ser aquele casal pelo qual você imediatamente só torce para que eles fiquem juntos.

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Saindo do amor e indo para o outro extremo e outro coração do filme, eis Christian Bale! Sua interpretação como Gorr parece até um sonho, de tão entregue e carismático que ele está. Se jogando de cabeça em arriscar nuances caricatas e um lado excêntrico, Bale passa de assustador para trágico em segundos, tudo isso com muitas caretas que se torna um espetáculo prazeroso de assistir.

Simplesmente ver as diferentes expressões faciais que Bale consegue fazer é tão divertido e que remete até ao seu clássico de caretas: ‘Psicopata Americano’. O ator prova todo o seu talento e entrega uma das melhores atuações de vilão em filme de herói de todos os tempos.

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Mostrando a diferença que é você ter um baita ator para o vilão, e quando você respeita o vilão e não o torna num monstro genérico sem graça. Sim, estamos falando de Malekith e os MUITOS vilões genéricos descartáveis do MCU.

Infelizmente, seja apenas pelo carisma de Bale ou não, o filme poderia aproveitar um pouco mais de seu tempo para mais cenas com o Gorr. Mas todas que estão presentes nesse corte final, são extremamente satisfatórias. O que nos leva a outro elemento desafiador.

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Mesmo com mudanças, Gorr ainda é um vilão fantástico!

Com MENOS de 2 horas de duração, Thor: Amor e Trovão tinha tudo para ser um filme corrido, apressado e ter isso como grande defeito. Só que não! Mesmo que muito dinâmico, o filme aproveita muito bem do seu tempo e passa voando, conseguindo aproveitar cada momento besta, romântico, assustador e épico. Você se perde no tempo, mas com certeza fica com um gostinho de ser um filme que você não quer que acabe.

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Essa dinâmica de rolé perfeito cresce ainda mais pelo elenco de apoio absurdo que o filme tem. Além de Chris, Natalie e Bale estarem perfeitos, ainda temos destaque para a Rei Valquíria, que valoriza ainda mais o carisma e o charme marrento de Tessa Thompson.

Tal como é até difícil de acreditar que temos a presença de luxo dos Guardiões da Galáxia! Rever os Guardiões também chega como um respiro de alívio para os fãs da Marvel, nos lembrando do quão bom é ver certos personagens e ver que eles continuam ótimos. E talvez reforçando também o amor e a vontade de continuar acompanhando o MCU em geral.

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Mas é impossível falar de Amor e Trovão e não destacar um parágrafo inteiro apenas para elogiar o Zeus de Russell Crowe! Exagerado, caricato e HILÁRIO, o ator chega carregado de um sotaque grego inacreditável que o torna em uma das melhores versões do Zeus de todos os tempos. Mesmo que não seja a que ninguém esperava ver. Mas é o que merecemos!

Ao som de muito Guns N’ Roses, Amor e Trovão é muito mais do que um simples Thor 4! Embora tenha reviravoltas polêmicas e que possam dividir os fãs, o filme soa como mais um recomeço. E por deus, estamos mais do que prontos pro que vem a seguir!

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NOTA: 8,0/10

Escute o Podcast do Legado:

MAIS SOBRE O FILME:

Thor: Amor e Trovão é o quarto filme do Deus do Trovão no Universo Cinematográfico da Marvel. Ele traz o retorno de Jane Foster como a Poderosa Thor, digna do Mjolnir. O longa promete também confirmar a Valquíria como uma personagem LGBT, trazendo um interesse romântico para a nova Rainha de Asgard.

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O filme é dirigido pelo Vencedor do Oscar Taika Waititi, que escreve o roteiro ao lado de Jennifer Kaytin Robinson (Alguém Especial). Estão confirmados no elenco Chris Hemsworth (Thor), Natalie Portman (Jane Foster), Tessa Thompson (Valquíria), Christian Bale (Gorr), Chris Pratt (Peter Quill) e o próprio Taika (Korg). O filme foi adiado mais uma vez, agora marcado para chegar aos cinemas no dia 7 de julho de 2022!

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