Doomsday e o legado de Ultimato: Por que rumor acendeu tantos alertas?
Rumores apontam que Vingadores: Doomsday pode funcionar como continuação direta de Ultimato, e isso reacendeu debates intensos entre os fãs. Nesta análise, discutimos como essa escolha afetaria o MCU, o papel dos Irmãos Russo, as lacunas narrativas deixadas para trás e o risco (ou a promessa) que isso representa para o futuro da Marvel.

A recente fala de Daniel RPK, sugerindo que Vingadores: Doomsday estaria sendo tratado como uma continuação direta de Vingadores: Ultimato, reacendeu discussões ferrenhas entre os fãs sobre a direção criativa do MCU.
- Entre no nosso canal do WhatsApp e receba todas as notícias da Marvel diretamente no seu celular!
- Aproveite o Esquenta Black Friday com produtos Marvel na Amazon!
Não importa se o rumor se confirma ou não: a simples ideia já escancara uma série de debates sobre coerência narrativa, legado emocional e sobre como a Marvel pretende reorganizar sua trajetória após anos de caminhos irregulares.
Portanto, é justamente por isso que gostaria de convidar vocês, fãs tão apaixonados quanto nós, a trocar uns dedinhos de prosa comigo sobre alguns desses questionamentos que vêm deixando o futuro do MCU tão incerto quanto fascinante. Então senta ai, pega um biscoito que o papo é longo
Como ficam Quarteto Fantástico, Loki e Thunderbolts?
Se isso se confirmar, o cenário fica complicado. Afinal, como Doomsday vai incorporar histórias que moldaram o MCU nesses últimos anos? Onde entram as tramas do Quarteto Fantástico, os eventos de Loki e até as dinâmicas mais pé no chão de Thunderbolts?
Apesar do desagrado de muitos fãs com algumas das obras da Marvel na Saga do Multiverso, tais como Homem Formiga: Quantumania. Existe um enorme espaço entre Ultimato e o MCU atual, e simplesmente ignorar esse intervalo gera dúvidas legítimas.
A Saga do Multiverso ficou pelo caminho?
A Marvel passou por um desenvolvimento turbulento durante a Saga do Multiverso, com adiamentos, problemas de bastidores, reescritas constantes e, aparentemente, o descarte do seu suposto grande vilão, Kang.(que sinceramente, nunca teve esse tamanho todo)
Escolher seguir direto de Ultimato para Doomsday parece uma tentativa de reorganizar tudo, também levanta a questão essencial: vale descartar o pouco que já foi construído?
A força da nostalgia sempre pesa
É impossível esquecer que Ultimato foi, por um tempo, a maior bilheteria da história. Mesmo depois de perder o posto para mais um relançamento de Avatar nos cinemas, o impacto emocional permanece gigantesco (nos encontraremos de novo em Setembro de 2026, James Cameron).
Apostar nessa memória coletiva pode ser uma jogada forte, mas será que isso é suficiente para sustentar o próximo grande evento dos Vingadores?
A lógica mercadológica x a lógica do MCU
Por um sentido mercadológico, até faz sentido que Doomsday seja uma sequência direta, afinal, estamos falando da franquia Vingadores, o carro-chefe que sempre rende mais discussões, hype e bilheteria.
No entanto, a posição cultural que a Marvel adotou nos últimos 15 anos não foi essa.
A estratégia sempre foi a de um universo totalmente conectado, em que o público investe emocionalmente tempo e atenção em outras marcas, inclusive as mais novas, como Guardiões da Galáxia (2014, 2017, 2023), Pantera Negra (2018, 2022), Capitã Marvel (2019) e Homem-Formiga (2015, 2018, 2023), para que a compreensão do contexto maior fosse completa e aprofundada.
Alguns filmes até funcionam isoladamente, mas a experiência “mais completa” sempre pediu do público assistir às outras obras, fator esse que inclusive se tornou um problema com o tempo, mas essa discussão fica para um próximo artigo.
Então, sim, transformar Doomsday em uma “continuação direta” de Ultimato é no mínimo estranho dentro dessa lógica histórica do MCU.
As dúvidas sobre Doutor Destino
Outra questão envolve o Doutor Destino. As motivações dele em Vingadores: Doomsday realmente viriam de eventos ligados a Ultimato? Se isso acontecer, a Marvel entra em um território delicado.
Afinal, Destino é um dos maiores vilões da editora e, embora os feitos de sua vilania respinguem em quase todos os personagens da Marvel, sua história sempre esteve profundamente ligada ao Quarteto Fantástico.
Ao deslocar essa origem para algo envolvendo os Vingadores, e até para um suposto conflito com Steve Rogers, como alguns rumores já sugeriram, surge o risco de descaracterizar o personagem e seus dramas pessoais. Sendo assim, como isso seria desenvolvido sem perder o peso que torna Destino tão lendário?
Um respiro antes do caos
Só que existe um detalhe importante que muita gente esquece no calor dos rumores: o MCU, mesmo quando parece bagunça, sempre funcionou em ciclos.
Os grandes eventos nunca foram realmente sequências dos filmes imediatamente anteriores, eles eram consequências emocionais de capítulos específicos.
E talvez seja exatamente isso que esteja rolando de novo. A Marvel sabe que está lidando com um público extremamente atento e extremamente cansado ao mesmo tempo.
Então, um “atalho narrativo” pode ser apenas uma ponte provisória para revelar algo maior. Porque, vamos ser sinceros: Doomsday não vai existir isolado. Não tem como. Ele PRECISA conversar com todo o resto.
E se a Marvel estiver apenas guardando suas cartas para os trailers, esse aparente “desvio” pode fazer muito mais sentido do que a gente imagina agora.
Uma dose de esperança: os Russo já fizeram isso antes
O que pode servir de acalento aos corações inseguros (especialmente o meu enquanto escrevo) é o fato de Doomsday ser dirigido pelos Irmãos Russo.
E, se a gente parar para pensar um pouco, eles já fizeram isso antes, três vezes, inclusive.
Vamos lá.
Soldado Invernal → Guerra Civil: a primeira prova
Os Russo estrearam na Marvel com Capitão América: O Soldado Invernal (2014). Depois disso, só voltaram em Capitão América: Guerra Civil (2016). Entre esses dois filmes, tivemos Vingadores: Era de Ultron (2015) e Homem-Formiga (2015).
Mesmo assim, Guerra Civil não chegou aos cinemas como uma sequência de Era de Ultron. Isso, inclusive, é motivo de crítica até hoje entre alguns fãs por causa do foco do filme.Ele aborda os eventos de Ultron (principalmente na criação dos Acordos de Sokovia), mas o coração do filme é totalmente outra coisa: uma continuação direta de Soldado Invernal.
É a luta do Steve para salvar o Bucky, limpar sua imagem pública e tentar manter uma integridade moral em meio ao colapso político. Ou seja: os Russo já provaram que sabem navegar numa linha narrativa que respeita conexão, mas prioriza continuidade emocional.
Guerra Civil → Guerra Infinita: a segunda (e maior) prova
E não parou por aí. Eles repetiram esse mesmo movimento em Vingadores: Guerra Infinita (2018).
Calma ai, eu sei que isso pode soar estranho assim, mas me dá o benefício da dúvida e vem comigo.
Guerra Infinita abre com a consequência direta de Thor: Ragnarok (2017). Depois o Hulk cai no Sanctum e reencontra o Doutor Estranho (Doutor Estranho, 2016).
(assiste de novo aqui porque relembrar é viver!)
Logo em seguida, vemos Tony Stark vivendo sua vida com Pepper, um momento que dá continuidade ao arco iniciado em Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017) e Homem de Ferro 3 (2013).
Até aí, beleza. Tudo conectado. Só que, no exato momento em que o Hulk sugere que Tony ligue para o Capitão América, a história revela seu verdadeiro coração: os Vingadores ainda estão divididos. Eles não conversam. Estão desfalcados. A ferida de Guerra Civil nunca foi fechada.
E entre 2016 e 2018, a maioria de nós reclamava que Guerra Civil parecia não ter impacto nenhum, porque a gente não conseguia ver as consequências reais em:
- Doutor Estranho (2016) – focado no misticismo
- Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017) – no espaço
- Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017) – um microcosmo escolar
- Thor: Ragnarok (2017) – também no espaço
- Pantera Negra (2018) – isolado em Wakanda
Ou seja: só fomos realmente sentir o peso da divisão dos Vingadores em Guerra Infinita.
E quem dirigiu? Os Russo. De novo.Guerra Infinita não é sequência de Pantera Negra, de Thor: Ragnarok, Doutor Estranho, Homem-Aranha e nem sequer é continuação do segundo filme do grupo, Vingadores: Era de Ultron.
Ele reconhece esses eventos, mas continua o que realmente importava: o racha emocional deixado por Guerra Civil.
Sendo assim, o filme materializa de forma magistral essa fissura na forma do maior vilão do MCU até o momento, Thanos. O Titã surge na epítome do seu poder, com um plano traçado e executado com precisão atômica. Nada no seu plano dá errado, e como poderia?
Afinal, se sem as joias do infinito, o Thanos já é um problema imenso pra ser resolvido, quiçá ele portando as jóias do infinito enquanto Os Vingadores, os protetores da terra, estão divididos e isolados. Assim, os Irmãos Russo partem para sua terceira empreitada, Vingadores: Ultimato.
Guerra Infinita → Ultimato: a terceira prova
A transição entre Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019) é, talvez, a mais direta e inegável demonstração de como os Russo trabalham continuidade emocional acima da ordem de lançamento.
Entre esses dois filmes, tivemos Capitã Marvel (2019) e Homem-Formiga e a Vespa (2018). Ambos acrescentam peças importantes ao tabuleiro, claro, a introdução da Carol e o Reino Quântico são fundamentais.
Mas, narrativamente, Ultimato não continua essas histórias: ele continua Guerra Infinita, de forma quase imediata.
O tom, o impacto e o estado psicológico dos heróis são extensões diretas do devastador final do filme anterior. A derrota, o luto, o peso da perda, o silêncio ensurdecedor do universo após o estalo, tudo em Ultimato respira o trauma deixado por Guerra Infinita.
É a consequência mais explícita, mais inevitável e mais emocional que os Russo já construíram. E é justamente essa coerência, essa capacidade de respeitar o ponto emocional exato onde os personagens pararam, que faz muitos fãs acreditarem que eles podem repetir a façanha em Vingadores: Doomsday, mesmo que o cenário atual do MCU pareça tão mais caótico do que era em 2019.
E o que isso significa para Doomsday?
Sabendo disso e sabendo que os Russo provavelmente vão respeitar o que veio antes, isso pode servir de alívio para alguns corações. Eles já provaram que conseguem costurar o MCU inteiro enquanto mantêm a continuidade emocional onde ela realmente importa.
No entanto… as questões sobre o Doutor Destino ainda permanecem totalmente em aberto. E, honestamente, enquanto não tivermos qualquer confirmação oficial, é normal que esse tema continue gerando dúvidas, ansiedade e muita discussão nas próximas semanas.
E aí, meu povo, o que vocês acham de tudo isso? Estamos vivendo um momento estranho, instável e fascinante do MCU e a conversa só começou.
Então corre aqui nos comentários do Legado da Marvel e me conta: vocês acham que Doomsday deveria mesmo ser uma continuação direta de Ultimato? Ou isso é a receita perfeita pro caos? Quero muito saber o que vocês teorizam!