Homem-Aranha: De Volta ao Lar é a maior bilheteria de herói em 2017
Nem a Sony, quando decidiu rebootar pela segunda vez o Cabeça de Teia mais amado do planeta, imaginava um sucesso desse tamanho. Quase três meses depois de sua estreia, Homem-Aranha: De Volta ao Lar continuou zanzando pelas bilheterias mundiais (principalmente na China), arrecadou mais uns trocados e, com imensos US$ 874,4 milhões, deixou para trás Guardiões da Galáxia Vol. 2 para se tornar a maior bilheteria global para um filme de heróis em 2017. Com esse resultado, o longa também ultrapassou o megahit chinês Wolf Warrior 2 e agora é a quarta maior bilheteria mundial do ano, perdendo apenas para Meu Malvado Favorito 3 (US$ 1.019 bilhão), Velozes & Furiosos 8 (US$ 1.238 bilhão) e A Bela e a Fera (US$ 1.262 bilhão).
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Além disso, em valores não ajustados, Homecoming já é a 8ª maior bilheteria global para um filme de heróis da história, à frente dos US$ 873,2 milhões de Batman vs Superman, porém ainda atrás dos US$ 890,8 milhões de Homem-Aranha 3 (que, lembrando, foi lançado apenas em 2D, há 10 anos atrás). E, o que é mais impressionante, é o maior “filme de origem” global, uma vez que à frente dele estão apenas sequências – confira as 50 maiores bilheterias globais de super-heróis e veja onde Homecoming se encaixa. Claro, nós podemos debater se De Volta ao Lar se qualifica como “filme de origem” ou se ele é na verdade uma “sequência” de Capitão América: Guerra Civil, mas, em termos de heróis cujas encarnações nas telas estão protagonizando um longa pela primeira vez, De Volta ao Lar é disparado o maior, à frente de filmes como o primeiro Homem-Aranha de Sam Raimi, Mulher-Maravilha, Deadpool e Guardiões da Galáxia.
Mesmo dentro do MCU, a posição do Aranha é de cair o queixo: trata-se da quinta maior bilheteria global do Universo Marvel, atrás dos terceiros capítulos do Homem de Ferro e do Capitão América, e dos dois longas dos Vingadores, e a maior para um longa da franquia que não foi distribuído pela Disney (deixando para trás Homem de Ferro 2, lançado pela Paramount). À essa altura, você já deve ter adivinhado o que tanto De Volta ao Lar quanto os filmes que estão à frente dele no ranking global do MCU tem em comum, certo? Sim, ele mesmo: o Tony Stark de Robert Downey Jr., que aparece em todos eles. Claro, é possível argumentar que o Homem de Ferro tem um papel bem menos proeminente em Homecoming do que nos outros, porém, dos filmes da Marvel que não trazem o herói metálico em um segundo sequer de projeção, a maior bilheteria ainda é Guardiões 2 e seus US$ 863,4 milhões.
Evidentemente, Downey não é o único responsável pelo sucesso de Homecoming. O filme foi beneficiado por uma combinação de ótimas críticas, popularidade do herói, boa vontade para com a nova encarnação do Teioso construída a partir de Guerra Civil e, em especial, a falta de outros blockbusters de sucesso para lhe fazer frente (a seca por hits em Hollywood foi tamanha que ajudou até mesmo o terror It: A Coisa a turbinar sua bilheteria). Mesmo assim, isso ainda serve para mostrar que o astro ainda é um trunfo valiosíssimo atuando como Stark e, mesmo recebendo cachês cada vez mais caros, cada centavo investido nele traz um bom retorno para os estúdios, muito por conta do sucesso que ele é com as audiências internacionais.
Afinal, quem auxiliou Homecoming a atingir tais patamares estratosféricos foram principalmente o público ao redor do globo. Perceba como a nova aventura de Peter Parker ficou atrás de Guardiões 2 e Mulher-Maravilha nos EUA (US$ 331 milhões do primeiro, contra US$ 389 milhões e US$ 411 milhões dos outros dois), porém à frente deles fora de lá (US$ 542,5 milhões para Homecoming contra US$ 473,6 milhões para GotG 2 e US$ 408 milhões para MM). Se por um lado o calcanhar de Aquiles dos Guardiões continua sendo uma popularidade menor fora dos EUA do que lá (em comparação com os outros Vingadores, claro) e Mulher-Maravilha explodiu todas as expectativas em seu país, mas desempenhou meramente como um “filme de origem” comum ao redor do globo; Homecoming trouxe diversos elementos queridos para o público global, como Downey, a conexão com o MCU e, claro, o próprio Cabeça de Teia, um herói bem mais popular para as audiências mundiais do que Peter Quill ou Diana Prince.
Dito isso, fica a pergunta: será que De Volta ao Lar vai permanecer como a maior bilheteria global para um filme de heróis até o fim do ano? Acredito que essa possibilidade não é exatamente absurda. Thor: Ragnarok vai sair no mesmo período onde, até então, a maior bilheteria para um filme do MCU é Doutor Estranho, que rendeu US$ 677,7 milhões em novembro do ano passado. Além disso, o terceiro filme da saga do Deus do Trovão vai travar confronto direto com Liga da Justiça poucas semanas depois – para tentar resguardar um pouco a bilheteria mundial de Ragnarok, a Disney inteligentemente antecipou sua data de estreia em alguns mercados importantes, incluindo o Brasil.
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Não que Liga da Justiça também esteja numa situação muito confortável: enfrentando a desconfiança dos fãs e da crítica, após a péssima recepção de BvS, o épico super-heroico de Zack Snyder e Joss Whedon pode ou ajudar na recuperação da DC, iniciada em Mulher-Maravilha, ou tornar a jogá-la novamente na mesma situação complicada de antes. E nem preciso dizer que Liga terá pouquíssimo tempo para convencer a audiência, já que poucas semanas depois de sua estreia as atenções de toda a mídia de entretenimento estarão voltadas para o retorno dos Jedi no aguardadíssimo oitavo capítulo de Star Wars.
Claro, pode ser que Ragnarok e Liga tenham desempenhos mais similares aos de Doutor Estranho e BvS do que Guerra Civil e O Cavaleiro das Trevas, por exemplo – o que, aliás, não seria nenhum problema se ambos forem bem recebidos e não tiverem orçamentos gigantescos que precisem de bilheterias recordes para cobri-los. As primeiras previsões foram divulgadas essa semana e mostram que, por enquanto, Liga tem levado vantagem sobre Ragnarok, porém isso tudo pode mudar daqui até lá.
Caso esses dois falhem em ultrapassar De Volta ao Lar, este será o primeiro ano desde o longínquo 2011 em que o maior filme de heróis não é distribuído pela Disney (naquela ocasião, o vencedor foi Thor, lançado pela Paramount). E também será o primeiro ano desde 2007 (portanto, desde antes do início do MCU) que o Aranha será o dono da maior bilheteria de heróis anual (embora seus concorrentes fossem coisas como Motoqueiro Fantasma e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado).
É o nosso Cabeça de Teia, recuperando o orgulho depois da deprimente fase Garfield e balançando-se gloriosamente de volta para o topo da cadeia alimentar dos filmes de super-heróis. Todos saúdem o rei.