Homem-Aranha: Longe de Casa bate James Bond e se torna a maior bilheteria da Sony!

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Finalmente, após 51 dias em cartaz nos cinemas de todo o planeta, Homem-Aranha: Longe de Casa realizou seu objetivo mais cobiçado: superar 007: Operação Skyfall e se tornar a maior bilheteria global da história da Sony – em valores não ajustados pela inflação, é claro. E tudo isso graças a uma ajuda inestimável da China.

 

Mas vamos por partes. Nos Estados Unidos, Longe de Casa finalmente saiu das top 10 bilheterias americanas do fim de semana, que receberam as estreias de nada menos que cinco novos filmes, incluindo a comédia Bons Meninos, a animação infantil também da Sony Angry Birds 2: O Filme e o terror de tubarão Medo Profundo: O Segundo Ataque. Ainda assim, ele faturou mais US$ 2,8 milhões ao longo do fim de semana, e agora tem um total de gigantescos US$ 376,6 milhões nos EUA.

 

Portanto, oficialmente Longe de Casa ultrapassou Homem-Aranha 2 (US$ 373,5 milhões) e agora se tornou a segunda maior bilheteria americana para um filme do herói aracnídeo nos EUA. Ele perde apenas para o primeiríssimo longa estrelado pelo Teioso, que faturou ainda hoje impressionantes US$ 403,7 milhões em 2002, na época a quarta maior bilheteria americana da história. Até a estreia de Capitã Marvel este ano, o primeiro Homem-Aranha era o maior filme nos EUA para um longa estrelado por um super-herói estreante nas telas dos cinemas (os protagonistas de Pantera Negra e Mulher-Maravilha haviam tido participações em Capitão América: Guerra Civil e Batman vs Superman, respectivamente). De toda forma, tendo ultrapassado o embate entre o Peter Parker do saudoso Tobey Maguire e o Doutor Octopus de Alfred Molina, Longe de Casa agora é também a 15ª maior bilheteria americana da história para um filme de heróis, bem como a 7ª maior para um herói solo, perdendo apenas para Pantera Negra (US$ 700 milhões), os dois últimos da trilogia do Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan (US$ 535,2 milhões para o segundo e US$ 448,1 milhões para o terceiro), Capitã Marvel (US$ 426,8 milhões), Mulher-Maravilha (US$ 412,5 milhões), Homem de Ferro 3 (US$ 409 milhões) e Homem-Aranha.

 

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Claro, Homem-Aranha 2 foi lançado há 15 anos atrás, quando o preço dos ingressos nos EUA era bem menor do que hoje, e não teve o auxílio de salas em 3D. Portanto, em valores ajustados pela inflação, o longa de Sam Raimi na realidade possui US$ 542 milhões. Ou seja, se fosse lançado em 2019 e levasse o mesmo número de pessoas aos cinemas que levou em seu lançamento inicial, Homem-Aranha 2 ultrapassaria facilmente O Rei Leão (US$ 496,5 milhões) e seria a segunda maior bilheteria do ano, atrás apenas de Vingadores: Ultimato. Aliás, em valores ajustados, Longe de Casa fica atrás não apenas dos dois primeiros de Raimi como também do terceiro, lançado em 2007 – o que significa que esta segunda aventura com Tom Holland no papel do Teioso é o filme do herói em que ele não é interpretado por Tobey Maguire que mais levou pessoas aos cinemas americanos. 

 

E é uma marca que Longe de Casa ultrapassou com louvor: o longa vendeu estimados 41,8 milhões de ingressos nos EUA contra 37,4 milhões de seu antecessor, De Volta ao Lar – ou seja, a atual versão do personagem aumentou em 11,7% sua popularidade entre os cinéfilos americanos. Credite isso à excelente recepção do reboot do herói lançado em 2017, bem como suas memoráveis participações em três insanamente bilionárias aventuras ao lado dos Vingadores (em Guerra Civil, Guerra Infinita e Ultimato). Fazer parte também da maior franquia da atualidade também ajuda – a este ponto, o público confia plenamente no MCU para entregar aventuras super-heroicas de boa qualidade, divertidas, carismáticas e que devem ser vistas no cinema.

 

E talvez por conta disso o longa tenha conseguido resistir bravamente nas bilheterias americanas. Afinal, Longe de Casa alcançou um faturamento até o momento que multiplica por 2,03 o seu já gigantesco total de US$ 185 milhões arrecadados ao longo de seus 6 primeiros dias. É um resultado comparável a Homem-Aranha 2, que estreou numa quarta no final de junho de 2004 e multiplicou por 2,07 os US$ 180 milhões de seus primeiros seis dias. 

 

 

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A diferença é que o clássico de Sam Raimi foi indiscutivelmente o grande blockbuster de ação e aventura daquela temporada. Tendo estreado já quando as últimas fantasias em cartaz já estavam saindo dos cinemas (no caso, O Dia Depois de Amanhã e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban), Homem-Aranha 2 teve como principais concorrentes em seu gênero filmes voltados para adultos (Rei Arthur, Eu Robô, A Supremacia Bourne) e portanto pôde reinar por diversas semanas como a principal opção de um longa de aventura de ótima qualidade para o público jovem. Já Longe de Casa precisou enfrentar uma série de concorrentes fortes e diversificados, especialmente a 3ª temporada de Stranger Things (em sua semana de estreia) e o monstro de bilheteria O Rei Leão, bem como Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw e Era Uma Vez em Hollywood. Portanto, ter conseguido desempenhar tão bem quanto um longa que reinou quase sem concorrência foi um grande feito para esta nova aventura do Teioso.

 

Em comparação, longas como Transformers: O Lado Oculto da Lua e O Espetacular Homem-Aranha também estrearam em dias incomuns próximos ao ao feriado da Independência americana, em 2011 e 2012 respectivamente, e conseguiram sair de cartaz com faturamentos que multiplicavam por 1,9 seus totais dos 6 primeiros dias. Ambos os longas enfrentaram poderosos competidores (incluindo dois monstros da Warner, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge), porém a baixa qualidade dos dois longas e sua fraca recepção com os críticos auxiliaram para que eles fossem esmagados quando os titãs chegassem às salas, ao contrário do que houve no embate entre Longe de Casa e O Rei Leão

 

Então sim, a ótima recepção do segundo filme de Holland como o Cabeça de Teia, a conexão do longa com Ultimato e com o MCU em geral auxiliou para que o filme sobrevivesse e triunfasse, mesmo numa temporada impiedosa. Sob condições difíceis Longe de Casa conseguiu alcançar uma bilheteria melhor do que o esperado.

 

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Na bilheteria internacional, Longe de Casa faturou mais US$ 3,1 milhões em 64 mercados, e agora chegou a incríveis US$ 733 milhões arrecadados fora dos EUA. Trata-se da 3ª maior bilheteria internacional do ano (atrás de Ultimato e O Rei Leão), a 8ª maior da história para um longa de super-heróis e da 3ª para um herói solo, perdendo apenas para Aquaman e Homem de Ferro 3. Tudo isso foi conquistado com uma grande ajuda da China, onde ele faturou absurdos US$ 205 milhões. Porém, em vários mercados importantes como Coréia do Sul, Reino Unido, México, Japão, Austrália, França, Alemanha e Rússia Longe de Casa, tal como nos EUA, alcançou um faturamento superior ao de De Volta ao Lar.

 

Portanto, somando a bilheteria americana e internacional, Longe de Casa alcançou imensos US$ 1.109 bilhão globalmente. Como dito no início do texto, com isso o Cabeça de Teia ultrapassa os US$ 1.108 bilhão de Operação Skyfall para se tornar a maior bilheteria global para um filme distribuído pela Sony. Claro, o longa de James Bond lançado em 2012 não teve o auxílio de um gigantesco sucesso na China para turbinar sua bilheteria (Skyfall alcançou apenas US$ 59,2 milhões no país oriental). Porém, os filmes de Bond tem seu faturamento dividido entre diversos estúdios (inclusive a MGM), enquanto no caso de Longe de Casa, apesar de ser um filme criativamente produzido pelo MCU, toda a sua bilheteria vai para os cofres da Sony.

 

Agora Longe de Casa é a 26ª bilheteria mundial da história, tendo ultrapassado de uma só vez não apenas Skyfall como também Transformers: A Era da Extinção (US$ 1.104 bilhão em 2014). Caso o filme fature mais US$ 10 milhões, também vai deixar para trás a bilheteria global de O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei e subir mais um degrau neste ranking.

 

Mas mesmo que isso não aconteça, Longe de Casa já pode deixar os cinemas e rumar para uma aposentadoria em home vídeo tendo cumprido suas metas com louvor.

 

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Publicitário, formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalho com Marketing Digital desde 2015. Apaixonado por bilheterias de cinemas, estudo o mercado cinematográfico brasileiro e estrangeiro já há vários anos, e desde 2017 sirvo como o principal analista de bilheterias para o Legado da Marvel.
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