Homem-Aranha: Longe de Casa já é a 5ª maior bilheteria brasileira de 2019!

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Homem-Aranha: Longe de Casa continuou na liderança das bilheterias brasileiras pelo segundo fim de semana consecutivo. Em poucos dias em cartaz ele já conseguiu reunir uma bilheteria considerável no país, que certamente figurará entre as maiores do ano.

Ao longo do fim de semana, ele faturou mais R$ 17,3 milhões e levou outras 960 mil pessoas aos cinemas. No total, Longe de Casa soma ótimos R$ 66,8 milhões de faturamento no Brasil, tendo vendido 3,92 milhões de ingressos. Trata-se do quinto maior faturamento do ano no país em 2019, atrás apenas de Vingadores: Ultimato (R$ 338 milhões), Capitã Marvel (R$ 147 milhões), Toy Story 4 (R$ 100,7 milhões) e Aladdin (R$ 79,4 milhões). Em termos de ingressos vendidos, Longe de Casa é por enquanto o sétimo maior público do ano, ficando atrás dos longas citados e também de Wi-Fi Ralph: Quebrando a Internet e Como Treinar o seu Dragão 3 – embora provavelmente já tenha ultrapassado este último no momento em que você lê este texto.

Até agora, Longe de Casa é a 13ª maior bilheteria brasileira do MCU. Nos próximos dias, ele ultrapassará Guardiões da Galáxia Vol. 2 (R$ 67,5 milhões) e Doutor Estranho (R$ 75,2 milhões), e também provavelmente se tornará o 9º filme do MCU a faturar mais de R$ 100 milhões no Brasil, uma honra reservada por enquanto a três filmes-solo (De Volta ao Lar, Pantera Negra e Capitã Marvel) e os cinco estrelados pelos Heróis Mais Poderosos da Terra (Guerra Civil e os quatro dos Vingadores).

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O longa por enquanto está tendo um desempenho curiosamente parecido com de seu antecessor, De Volta ao Lar, que em seu segundo fim de semana no Brasil havia faturado um pouco menos que Longe de Casa (R$ 16,9 milhões), porém vendido mais ingressos (980 mil). Aliás, a queda de ambos os longas estrelados por Tom Holland do primeiro para o segundo fim de semana não foi muito diferente: 43,1% para o primeiro e 42,3% para o segundo. Além disso, Longe de Casa atingiu ao final de sua segunda semana um público total maior do que De Volta ao Lar, que havia vendido 3,86 milhões de ingressos no período.

Se comparado com outros filmes de heróis recentes que tiveram aberturas parecidas, o segundo fim de semana de Longe de Casa não é exatamente impressionante, tendo vendido menos ingressos do que Thor: Ragnarok (1,43 milhão, embora num feriado), Logan (1,18 milhão), Deadpool (1,14 milhão), Pantera Negra (1,08 milhão) e Aquaman (1,04 milhão). Por outro lado, a segunda aventura do Cabeça de Teia na Marvel Studios obteve um público maior que o de todos esses filmes, com exceção do Rei dos Mares e do Wolverine, ao final de suas respectivas segundas semanas, o que indica que o período de férias tem beneficiado bastante Longe de Casa – boa parte desses longas estrearam em épocas de trabalho e escola.

Os dois filmes de Holland e os citados no parágrafo anterior fazem parte de um seleto grupo de longas de heróis solo que tiveram aberturas brasileiras próximas (entre 1,5 milhão e 1,7 milhão de ingressos) e, ao final de suas segundas semanas, haviam obtido públicos entre os 3,5 milhões a 4 milhões. De lá, eles seguiram caminhos distintos: Ragnarok, Deadpool e Logan despencaram feito rocha (até a segunda semana eles conquistaram cerca de 60% do que viria a ser seus públicos finais) enquanto os reis de Wakanda e Atlântida se aproveitaram da falta de concorrentes para se manterem firmes e fortes nas bilheterias (na segunda semana eles haviam obtido menos de 50% de seus públicos finais), ao passo em que De Volta ao Lar ficou mais ou menos no meio. Por isso, apesar de terem caminhado juntos até a segunda semana, suas bilheterias finais não poderiam ser mais diferentes: o Mercenário Tagarela, o Deus do Trovão e o mutante com garras venderam menos de 6,5 milhões de ingressos, o Cabeça de Teia interrompeu sua carreira na casa dos 6,7 milhões, Pantera Negra chegou a incríveis 7,4 milhões e Aquaman, bem, este vendeu absurdos 8,5 milhões de ingressos, o segundo maior público para um herói solo, atrás apenas de Capitã Marvel.

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Dito isso, já tendo entrado para esse estranho clube de heróis, qual será o caminho que Longe de Casa seguirá? Bem, por um lado, O Rei Leão estreia na próxima quinta-feira e por isso parece tentador colocar a aventura europeia do Teioso no mesmo balaio de Ragnarok e Logan. Apesar de aclamadíssimos, os dois caíram imensamente conforme novos e poderosos concorrentes chegavam às bilheterias brasileiras. No caso da terceira aventura do Thor, ele precisou lidar com a chegada de Liga da Justiça, que lhe tomou salas e muito público. Já o último filme de Hugh Jackman como Wolverine teve que enfrentar um remake live action de um clássico animado da Disney, A Bela e a Fera, em sua terceira semana – tal como Longe de Casa precisará fazer. Não coincidentemente, tanto os heróis da DC quanto a Bela de Emma Watson, tendo ajudado a tornar as carreiras de Thor e Wolverine mais curtas, vieram a se tornar respectivamente a segunda e a quarta maior bilheterias brasileiras de 2017, e eu ficaria bem surpreso se O Rei Leão não fosse um dos maiores filmes de 2019 no Brasil. Sendo assim, um desempenho similar ao de Ragnarok pós-segunda semana dá a Longe de Casa um público final de 6,62 milhões, enquanto um mais parecido com o de Logan o leva a encerrar sua carreira com 6,43 milhões – em ambos os casos, pouca coisa abaixo de De Volta ao Lar.

Por outro lado, uma performance mais parecida com a de Pantera Negra e Aquaman é bem improvável. O primeiro, apesar de ter estreado em plena época de escola e trabalho, simplesmente não teve nenhum competidor minimamente forte para desafiar sua supremacia por semanas a fio. Já Aquaman estreou em dezembro, logo quando o público está se preparando para os feriados de Natal e Ano Novo, bem como para as férias de janeiro, e não tendo nenhum adversário forte nos gêneros ação e aventura (seus maiores adversários foram a animação infantil Wi-Fi Ralph e a comédia adulta Minha Vida em Marte), o herói aquático da DC pôde se tornar o grande épico de fantasia da temporada. Ele aliás veio a vender mais ingressos do que qualquer Star Wars ou O Hobbit, demonstrando mais uma vez a supremacia absoluta dos filmes de super-heróis no Brasil. Mesmo assim, vamos supor que Longe de Casa de alguma forma consiga resistir a O Rei Leão. Apenas para não deixar de fazer as contas, um desempenho pós-segunda semana parecido com os de T’Challa e Arthur Curry leva Peter Parker a sair de cartaz acima dos 8 milhões de ingressos vendidos.

Finalmente, talvez nem um extremo nem outro seja o que irá ocorrer. Afinal, de toda forma esta por enquanto tem sido uma temporada de férias bastante saudável para blockbusters nos cinemas. Toy Story 4, Turma da Mônica: Laços, Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 e Annabelle 3: De Volta para Casa, todos tiveram desempenhos bastante sólidos entre a semana passada e esta. Ou seja, os filmes em cartaz por enquanto vem se mantendo com bons públicos. Basta que O Rei Leão não esmague todos eles impiedosamente, e todos poderão terminar julho com números decentes nas bilheterias. Por isso, supondo uma performance mais parecida com a de seu antecessor, Longe de Casa pode sair de casa com um público de 6,81 milhões – pouco acima de De Volta ao Lar.

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Enfim, por enquanto é uma incógnita saber como Longe de Casa conseguirá se segurar frente a Simba e Mufasa. De toda forma, é apenas uma questão de saber onde entre os maiores filmes de heróis de todos os tempos o longa irá parar. O certo é que o público brasileiro ainda não se cansou de aventuras com o herói aracnídeo no MCU, e voltará aos montes com ele continuando dentro do Universo Marvel.

Bilheteria Brasil de 11/07/2019 a 14/07/2019:

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