Homem-Aranha: Longe de Casa marca a MAIOR ESTREIA da Sony no Brasil!

 

Após um excelente 2018, 2019 tem sido um ano literalmente de altos e baixos na bilheteria brasileira para os filmes de super-heróis. Em janeiro, Homem-Aranha no Aranhaverso afundou e teve uma performance fraca, porém em março Capitã Marvel teve uma abertura espetacular e veio a se tornar o segundo maior faturamento da história do país. No mês seguinte, porém, Shazam! decepcionou e se tornou a segunda menor bilheteria do DCEU no Brasil, interrompendo a sequência de sucessos que a franquia vinha tendo por aqui desde Batman vs Superman. No entanto, isso foi mais do que compensado pela épica carreira de Vingadores: Ultimato: o longa quebrou recordes de abertura, alcançou públicos inacreditáveis na segunda e na terceira semana e derrotou Titanic para se tornar o filme que mais vendeu ingressos da história do país. Logo em seguida, X-Men: Fênix Negra teve um desempenho simplesmente desastroso no Brasil. Agora o balanço voltou a subir com a excelente estreia de Homem-Aranha: Longe de Casa.

 

O Cabeça de Teia levou aos cinemas em seu primeiro fim de semana 1,67 milhão de pessoas aos cinemas, obtendo um faturamento de R$ 30,3 milhões. Trata-se da quarta maior abertura brasileira de 2019 até o momento, e a maior para um filme que não é distribuído pela Disney, atrás apenas de Ultimato (5,48 milhões de ingressos/R$ 102,5 milhões de faturamento), Capitã Marvel (2,9 milhões de ingressos/R$ 51,2 milhões) e Toy Story 4 (1,95 milhões de ingressos/R$ 35 milhões). 

 

Em termos de faturamento (em reais), a nova aventura do Homem-Aranha é 15ª maior da história e a 10ª para um filme de heróis, bem como a maior da história da Sony no Brasil, superando por pouco os R$ 29,7 milhões arrecadados na abertura de seu predecessor imediato, De Volta ao Lar, em julho de 2017. Aliás, trata-se também do terceiro maior faturamento no fim de semana de estreia para um filme de herói solo, atrás apenas de Capitã Marvel e Pantera Negra.

 

 

Entretanto, apesar de Longe de Casa ter superado De Volta ao Lar no quesito faturamento, ele não derrotou seu predecessor em ingressos vendidos. O reboot de 2017, tendo vendido 1,72 milhão de ingressos, na verdade levou pouco mais pessoas aos cinemas em seu primeiro fim de semana do que a aventura aracnídea deste ano. Ainda assim, como ingressos hoje em dia são mais caros do que a dois anos atrás, logo Longe de Casa conseguiu obter um faturamento maior que De Volta ao Lar: o preço médio do ingresso na abertura do longa anterior do Cabeça de Teia era de R$ 17,21, comparado com os R$ 18,19 médios desembolsados por quem foi conferir o segundo filme estrelado por Tom Holland.

 

Portanto, em termos de ingressos vendidos, Longe de Casa é na realidade a terceira maior abertura do Homem-Aranha (e da Sony), atrás não apenas de De Volta ao Lar como também de Homem-Aranha 3, que levou 1,709 milhão de pessoas aos cinemas ao estrear em maio de 2007 – um recorde para a época, que permaneceu por quatro anos. Aliás, ele derrotou por muito pouco O Espetacular Homem-Aranha 2, que abriu com 1,66 milhão de ingressos em 2014 (apenas 3 mil a menos do que Longe de Casa).

 

Ainda assim, isso não quer dizer que a estreia de Longe de Casa não tenha sido boa, muito pelo contrário: trata-se do 25º maior público de abertura da história, o 15º maior para um filme de heróis, 9º maior para o MCU e 8º maior para um herói solo, perdendo por muito pouco para Pantera Negra (1,707 milhão de ingressos), Deadpool (1,70 milhão) e Logan (1,69 milhão). 

 

 

Afinal, por que mesmo estrelado por um Homem-Aranha que, como comentei na análise da bilheteria americana, está no ápice de sua popularidade, e recebido com ótimas críticas, ainda assim Longe de Casa levou menos pessoas aos cinemas do que De Volta ao Lar em sua abertura? Bem, a despeito do fato de que as duas aberturas não foram tão distantes assim (o longa de 2017 vendeu apenas cerca de 59 mil ingressos a mais que o de 2019), há a questão do fator novidade. Quando De Volta ao Lar estreou, tratava-se da primeira aventura de Peter Parker após se juntar ao popularíssimo MCU. Isso, combinado com o fato de que foi o primeiro filme solo bem recebido do Homem-Aranha desde 2004 (!), gerou naturalmente uma imensa curiosidade nos fãs em conferir o longa nos cinemas. Já Longe de Casa, protagonizado por um Peter Parker que já viajou ao espaço, virou pó e retornou a tempo da batalha final contra o maior vilão do universo, perde alguns pontos no fator ineditismo – que, como visto acima, foram compensados pelo amor do público brasileiro pelo herói e pelo MCU em geral.

 

Exatamente por isso Longe de Casa deverá ter uma excelente carreira na bilheteria brasileira, ainda mais com as férias de julho chegando agora – tal como ocorreu com De Volta ao Lar. Por outro lado, comparações com seu antecessor talvez sejam imprecisas. Afinal, em 2017 os principais concorrentes do Aranha eram ou muito infantis (Meu Malvado Favorito 3) ou muito adultos (Dunkirk), de modo que o longa se firmou como a melhor opção para crianças mais velhas, adolescentes e jovens que não se interessam pelos minions, mas também não pretendiam ver um drama sobre a Segunda Guerra Mundial de Christopher Nolan. Já Longe de Casa logo deverá brigar com o aguardadíssimo O Rei Leão, que deve atrair não apenas famílias como também adultos nostálgicos pela animação de 1994. Mesmo assim, caso ele de alguma forma tenha um desempenho parecido com o de De Volta ao Lar, Longe de Casa sai de cartaz tendo vendido 6,48 milhões de ingressos, o bastante para ser o 10º maior público do MCU, pouco atrás dos 6,71 milhões de seu antecessor, porém superando Thor: Ragnarok (6,37 milhões).

 

Mas e se O Rei Leão conseguir prejudicar o aracnídeo? Nesse caso, podemos calcular sua performance com base na de Logan, outro bem recebido filme de super-heróis que, tal como Longe de Casa, precisou enfrentar um aguardadíssimo remake de um clássico animado da Disney em sua terceira semana (no caso, A Bela e a Fera). Caso o Aranha tenha um desempenho parecido com o do último filme do Wolverine, então ele terá vendido até o final de seu período nos cinemas 6,35 milhões de ingressos, o que ainda seria um ótimo público.

 

 

Seja como for, muito provavelmente Longe de Casa encerrará o mês como a quarta ou a quinta maior bilheteria do ano no Brasil, a depender de como será o público do longa em relação a Toy Story 4 (atualmente já tendo ultrapassado os 5 milhões de ingressos) e O Rei Leão. E certamente ele deverá permanecer como um dos mais assistidos de 2019 na bilheteria brasileira, uma vez que, exceptuando-se uma performance surpreendente de Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw (a franquia dos carros é extremamente popular no Brasil), nenhum dos blockbusters que vão chegar às telonas no segundo semestre de 2019, como It: Capítulo 2, Coringa, Malévola: Dona do Mal e Star Wars: A Ascensão Skywalker, parecem ter fôlego para alcançar a popularidade do Homem-Aranha e do MCU.

 

E você, já assistiu a Homem-Aranha: Longe de Casa? Comente com a gente!

 

Bilheteria Brasil de 04/07/2019 a 07/07/2019:

 

Filme Semanas em cartaz Renda na semana (em R$) Público na semana Renda acumulada (em R$) Público acumulado
1- Homem-Aranha: Longe de Casa 1 30.339.691 1.667.490 30.339.691 1.667.490
2- Toy Story 4 3 10.613.729 621.026 82.962.375 5.089.470
3- Annabelle 3: De Volta para Casa 2 4.435.018 268.014 16.019.202 1.051.995
4- Turma da Mônica: Laços 2 3.885.266 237.143 11.921.684 787.166
5- Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 2 3.223.727 202.152 11.729.321 758.485
6- Aladdin 7 502.366 26.610 78.560.420 4.687.038
7- Dor e Glória 4 327.219 15.737 2.740.823 138.281
8- Rocketman 6 249.175 10.417 14.364.678 699.079
9- Um Homem Fiel 1 104.773 5.866 109.952 6.146
10- MIB: Homens de Preto – Internacional 4 86.284 4.727 16.164.821 969.682

 

Leia TUDO SOBRE Homem-Aranha: Longe de Casa!

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Publicitário, formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalho com Marketing Digital desde 2015. Apaixonado por bilheterias de cinemas, estudo o mercado cinematográfico brasileiro e estrangeiro já há vários anos, e desde 2017 sirvo como o principal analista de bilheterias para o Legado da Marvel.
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