Pode esquecer, os direitos do Quarteto Fantástico não vão voltar pra Marvel

Pode esquecer, os direitos do Quarteto Fantástico não vão voltar pra Marvel

Pode esquecer, os direitos do Quarteto Fantástico não vão voltar pra Marvel

Durante muito tempo (leia-se entre 2012 e 2015), o passatempo favorito de muitas pessoas com acessoa à internet era imaginar como seria o Universo Cinematográfico da Marvel caso o Homem-Aranha estivesse...

Pode esquecer, os direitos do Quarteto Fantástico não vão voltar pra Marvel
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Durante muito tempo (leia-se entre 2012 e 2015), o passatempo favorito de muitas pessoas com acessoa à internet era imaginar como seria o Universo Cinematográfico da Marvel caso o Homem-Aranha estivesse presente nele. Todo tipo de coisa pipocava nas timelines das redes sociais, como tirinhas com o Homem-Aranha pedindo emprego aos Vingadores, trailers feitos por fãs misturando cenas dos filmes antigos do Cabeça de Teia, montagens do Andrew Garfield durante a batalha de Nova York e até mesmo teorias dizendo que o Peter Parker do Tobey Maguire era o Homem-Aranha daquele universo e que ele não havia aparecido pois tinha se aposentado após o 3° filme da trilogia do Sam Raimi. Não olhe pra mim com essa cara, algumas pessoas realmente achavam que isso era verdade.

 


 


Mas então veio 2015, o ano que te fez enjoar de ouvir crianças cantando Let It Go. Mas ele não foi marcado só pelo reino de gelo da Princesa Elza. Logo em fevereiro todos foram surpreendidos por uma notícia inesperada… [suspense]

 


GRAÇAS A UMA PARCERIA ENTRE MARVEL E SONY, O HOMEM-ARANHA FARIA PARTE DO MCU!!!

 


Mas por que isso aconteceu? Foi porque a Sony e a Marvel eram boazinhas e viram que os abaixo-assinados dos fãs já tinha reunido milhões de assinaturas? Mas é claro que não. Em 2015 os filmes do Marvel Studios já eram um sucesso absoluto. Dois longas, Os Vingadores e Homem de Ferro3, já haviam ultrapassado a almejada marca do US$ 1 bilhão em bilheteria, e os outros tiveram ótimas arrecadações para personagens que a pouco tempo eram completos desconhecidos do público em geral. O Homem-Aranha seria uma presença muito bem-vinda no time, porém não estava fazendo muita falta.

 

O problema estava no outro lado desse acordo, a Sony. Vamos combinar,Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Doutor Estranho, Homem-Formiga, Viúva Negra e Feiticeira Escarlate são todos personagens muito maneiros, mas eles não chegam perto ter a fama do Homem-Aranha. Muitos vão chiar com o que vai ser dito agora, mas é provável que ele seja tão conhecido quanto o Batman e o Superman. Então deve ter alguma coisa errada quando um filme do personagem rende pouco mais US$ 700 milhões mundialmente. Foi o que rolou com O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro, ele custou tanto quanto o primeiro Vingadores (US$ 250 milhões) e arrecadou apenas metade da bilheteria. Nos Estados Unidos, a coisa fica ainda mais feia, com meros US$ 202 milhões.

 

 

O filme anterior, o Espetacular Homem-Aranha, havia conseguido 200 milhões de doletas a mais mundialmente, só que também foi outro fracasso na bilheteria doméstica. Como você pôde ver no nosso artigo sobre o quanto os longas da Marvel devem faturar esse ano, cada novo filme do Amigão da Vizinhança arrecada menos que o anterior em território americano. Some isso ao fato de que a Sony pretendia fazer um universo compartilhado do Aranha nos cinemas (lembra quando eu disse que isso tinha virado moda?). Eles tinham plantado todas as pistas no último filme protagonizado pelo Andrew Garfield: os tentáculos do Doutor Octopus, as asas do Abutre, a breve participação da Felicia Hardy, os segredos do pai do Peter. Só faltou mesmo o apoio do público.

 

Então acredite quando digo que esse acordo é mais vantajoso para a Sony do que para a Marvel. Imagine os filmes da Casa das Ideias como uma grande vitrine. Uma vitrine que já rendeu mais US$ 11 bilhões. Bem, é nessa vitrine o Homem-Aranha do Tom Holland está sendo divulgado para o mundo inteiro. Só que é bom não ir cantando vitória, se De Volta Ao Lar seguir o exemplo de seus antecessores e tiver uma bilheteria abaixo do esperado, é quase certo que a colaboração entre os dois estúdios acabe tão rápido quanto começou.

 

É agora que você para e pensa:

 

“Ok, o texto está muito bom, mas eu vim até aqui para ler um texto sobre os direitos do Quarteto Fantástico, não do Homem-Aranha. Eu quero saber porque nunca verei Sr. Fantástico e companhia dividindo a tela com os Vingadores.”

 

Simples, porque a Fox não está tão desesperada quanto a Sony. Basta lembrar que Avatar, apenas a maior bilheteria de todos os tempo, é deles. Os bichões azuis do James Cameron conquistaram US$ 2,7 bilhões em todo mundo, 749 milhões de trumps (ou obamas, se você preferir) apenas nos Estados Unidos. E nesses quase 10 anos, o único filme a chegar perto de tal marca foi Star Wars VII – O Despertar da Força, que ainda assim ficou a 700 milhões de dólares de distância de Pandora. Ah, Titanic, o segundo colocado dessa lista, também é deles.

 

Mas esqueçamos os dois longas de estrondoso sucesso dirigidos por James Cameron, a Fox ainda é dona de várias marcas de sucesso, como Alien, Planeta dos Macacos, Era do Gelo, Duro de Matar e Os Simpsons, além de outras franquias menores como Predador, Uma Noite no Museu, Alvin e Os Esquilos, Kingsman e várias outras que sempre acabam rendendo uma graninha pra Dona Raposa.

 

 

Não, eu não esqueci dos X-Men, é só que eles mereciam mais destaque. É verdade que os mutantes nunca fizeram muito sucesso nas telonas, a maioria dos filmes mal chegava aos 500 milhões de dólares. Também é verdade algumas merdas colossais já foram feitas com a marca X-Men (sim, O Confronto Final e Wolverine Origins, eu estou falando de vocês). Mas, e daí? Eles nunca foram uma prioridade pra Fox. A coisa começou a mudar em 2014, com X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido conseguindo incríveis US$ 747 milhões. Foi mais ou menos nessa época que os super-heróis começaram a virar moda em Hollywood. A Marvel com o seu já citado MCU, a Warner Bros. percebendo que era dona de todo o universo DC e não apenas do Batman e do Superman. A Fox também acordou.

 

Em 2016 aconteceu algo inédito até então, dois filmes X-Men estreando no mesmo ano, X-Men: Apocalipse e Deadpool. Para a surpresa de todos, a irreverência e violência do Mercenário Tagarela acabou conquistando não só pessoas de todo o mundo, mas também o título de filme para maiores mais lucrativo já feito. Quase US$ 800 milhões mundialmente, sendo que o longa custou apenas US$ 58 milhões. É de longe a produção mais lucrativa protagonizada por alguém com o gene X. Já o filme dos alunos do Xavier contra o Apocalipse não foi tão bem assim, mas fez competentes 500 milhões de verdinhas. Não é um sucesso, mas também não é um fracasso. É ok.

 

 

Esse ano tivemos Logan, que seguiu a Fórmula Deadpool: orçamento menor, liberdade maior, muita violência e classificação indicativa lá no alto. Também tinha o diferencial de ser a última vez em que Hugh Jackman interpretaria o Wolverine. Soma mais US$ 608 milhões na conta da Dona Raposa. E não para por aí. Em 2018 teremos mais 3 filmes da franquia. Isso mesmo, TRÊS!  A já aguardada sequência de Deadpool, X-Men: Dark Phoenix e X-Men: The New Mutants. Pelo jeito a Fox vai investir pesado nas adaptações de quadrinhos. Ninguém pode julgar os caras, é o momento certo para se fazer isso.

 

E o Quarteto Fantástico? É verdade que a família de heróis mais famosa das HQs protagonizou 3 filmes bem fracos nos últimos 12 anos (não deixe a sua memória te enganar, aqueles filmes com o Chris Evans eram horríveis), mas nem por isso eles serão devolvidos para a Marvel. Não estamos falando de baseball, os direitos não voltam depois do 3° strike. Os produtores vão continuar levando os personagens para as telas, ainda mais agora com os super-heróis se tornando tão populares entre o grande público. Não podemos esquecer que a Fox já demonstrou interesse em construir um universo cinematográfico que deve unir os X-Men e o Quarteto. Se até Velozes e Furiosos já entrou nessa onda, por que eles ficariam de fora?

 

 

Mesmo depois de toda essa explicação ainda deve ter gente achando que seria melhor a Fox seguir o exemplo da Sony e fazer um acordo com a Marvel. Talvez até fosse melhor mesmo. Mas não vai rolar. A Fox tá sossegada na dela, os filmes tão faturando uma boa grana. Por que eles iriam correr atrás da Marvel? Pra agradar os fãs? Abrir mão do Quarteto Fantástico, principalmente agora, é abrir mão de dinheiro. É só questão de tempo até eles acertarem. Se ainda assim você sonha em ver o Coisa lutando com o Hulk, bem, sempre existirão trailers feitos por fãs no YouTube.

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