Preparem os lenços, a Marvel vai matar o Homem de Ferro nos cinemas
O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS DE HOMEM-ARANHA: DE VOLTA AO LAR
E DA 2ª TEMPORADADE DEMOLIDOR
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É verdade, a gente já falou disso aqui no Legado da Marvel, mas naquela época era mais um boato, enquanto o texto de hoje se trata de uma teoria, abordando os indícios que apontam para a possível morte do Tony Stark.
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Se você der uma olhada nas discussões entre fãs sobre as possíveis mortes de Vingadores: Guerra Infinita vai notar que o nome do Capitão América é um dos mais citados. Um pouco porque Chris Evans vem dando a entender que está cansado da rotina de filmagens dos longas da Marvel Studios e outro pouco porque muitos esperavam que Steve Rogers batesse as botas em Capitão América: Guerra Civil, como acontece na HQ que dá nome ao filme. Para alegria de todos, em junho o ator renovou seu contrato com a Casa das Ideias, mesmo que para apenas mais um filme. Então, você, fã do bandeiroso, pode ficar despreocupado, pelo menos no 3° Vingadores ele não vai morrer.
Um nome não tão citado é o de Tony Stark, já que muitos veriam como uma manobra arriscada da Marvel. Quando se fala sobre uma possível morte do personagem, é comum ler opiniões como: “Se ele morrer não assisto mais!”, “Sem Homem de Ferro os filmes não serão mais os mesmos!” ou “A Marvel não teria coragem de matar seu personagem mais importante!”. Sim, o Homem de Ferro é o herói mais valioso do MCU, isso não tem nem como discutir. Todas as produções que chegaram à marca do bilhão, por coincidência ou não, tiveram a participação dele. O real motivo do sucesso do personagem todo mundo já tá cansado de saber: o carisma de Robert Downey Jr. Entretanto, todo esse carisma não sai barato, uma pequena participação do ator já custa uns bons milhões dólares. Por mais que os cofres da Disney estejam a cada dia mais gordos, é improvável que eles aceitem isso por muito mais tempo.
Existe também o fator da idade. Robert Downey Jr. não é mais nenhum menino. Pra falar a verdade, entre os protagonistas do universo de filmes da Marvel, ele é o mais velho. Pode não parecer, mas o ator já tem 52 anos de idade, somando mais de 40 anos de carreira e quase 10 deles interpretando o ferroso. Para efeitos de comparação, ele é mais velho que o Hugh Jackman, que fez o Wolverine pela última vez em Logan, aos 48 anos. Por mais que os fãs queiram vê-lo na pele de gênio, bilionário, playboy e filantropo por anos a fio, uma hora a idade vai bater, as rugas vão ficar mais evidentes e vai acabar ficando ridículo ver um senhor de idade entrando numa armadura pela milésima vez. Antes que isso aconteça, é provável que deem um fim merecido para Tony Stark. É agora que eu te explico porque isso vai acontecer.
Para isso, vamos voltar para o primeiro filme do Homem de Ferro, onde tudo começou. Você se lembra de como o Tony era em sua primeira aventura? Egoísta, narcisista, egocêntrico. Por pura vaidade, o cara admitiu, durante uma coletiva de imprensa, que era ele quem vestia a armadura vermelha e dourada. Mas o mais importante de tudo, ele era indiferente para com os problemas do mundo. Comercializava armas mesmo, sem querer saber para o que seriam usadas, desde que isso lhe rendesse mais e mais dinheiro. Ao longo do filme, Tony se dá conta da destruição causada pelos “produtos” das Indústrias Stark, se arrependendo por tudo que havia feito até então. Foi uma melhora e tanto em sua personalidade.
“Eu privatizei a paz mundial”, diz nosso geniozinho em Homem de Ferro 2. Isso significa que o playboy, que antes não dava a mínima para as mortes e destruição que suas invenções causavam, agora estava mais interessado em lucrar com o fim das guerras. Temos que concordar que é um baita progresso. No entanto, o melhor ainda estava por vir. No clímax de Vingadores, quando percebe que não haveria jeito de impedir o míssil de chegar à Nova York e destruir a cidade, Tony decide usar as últimas energias de sua armadura para levar a bomba até nave chitauri, o que por muito pouco não resultou na morte do herói. Para quem era conhecido por não se importar com os outros, foi um grande ato de altruísmo.
Agora é só alegria, né? Errado. Espantado com as ameaças que poderiam estar espalhadas pelo universo, o filho rebelde de Howard Stark decide que é seu dever proteger o planeta. Para dar conta de tamanha responsabilidade, o cara passa o seu tempo livre inventando diversas armaduras autônomas para as mais variadas funções. Sim, estou falando do polêmico Homem de Ferro 3. Ao final de seu terceiro filme solo, Tony se dá conta de uma lição valiosíssima: não é o traje que importa, mas sim quem está dentro dele, algo que ele tentaria ensinar anos depois para um certo garoto. Calma, eu já falo disso.
Pulando para Vingadores: Era de Ultron, vemos que Tony deu mais um passo no seu plano de proteger o mundo ao criar uma guarda inteiramente composta por robôs. No entanto, ao invadir a fortaleza da H.Y.D.R.A., a Feiticeira Escarlate faz com que ele seja consumido por um medo ainda pior (pelo menos pra ele): perder os seus amigos. O que ele fez a seguir teve como intuito proteger Steve, Nat, Bruce e o resto da galera. Claro, Ultron foi feito para manter o mundo a salvo, no entanto sua criação também serviria para manter os Vingadores longe de qualquer ameaça mais perigosa.
Você pode falar: “Ah, mas em Guerra Civil ele brigou com o Capitão América e com os outros heróis!”. É verdade. Mas também é verdade que Tony não queria brigar, tentando a todo o momento convencer Steve Rogers do contrário. Na cena do aeroporto, por um breve instante, é possível notar ele bem frustrado com o rumo que as coisas estavam tomando. Só que no fim a culpa falou. Foi aí que o público se deu conta de que Tony Stark era uma pessoa atormentada pelos erros do passado, como as inúmeras vidas arruinadas por suas armas, a destruição causada por Ultron e o fato de não ter dado valor ao próprio pai quando ele estava vivo, sem falar nos acontecimentos que rolaram durante o longa, como o acidente de Rhodes e a separação da equipe.
Apesar dos pesares, Tony Stark ainda tem salvação. Ou pelo menos é isso que ele enxerga em Peter Parker. O jovem Homem-Aranha é a forma que o ferroso encontrou para se redimir dos seus pecados, ensinando tudo aquilo que aprendeu ao longo dos anos para o garoto. Não é por chatice que ele diz pro Peter: “Se você não é nada sem o traje, então você não merece tê-lo.”, e sim porque foi algo que ele próprio sofreu para entender. Para Tony, o Homem-Aranha deve ser melhor que o Homem de Ferro, não podendo falhar tanto quanto ele próprio falhou. Mesmo que com pouco tempo de tela em Homem-Aranha: De Volta ao Lar, ainda deu para evoluir um pouco o personagem de Robert Downey Jr., que no final pediu Pepper Potts, sumida desde Homem de Ferro 3, em casamento (que dizer, mais ou menos).
Viram como ele amadureceu ao longo dos anos? Foi de riquinho inconsequente a mentor assombrado pelo passado em quase uma década. O que o futuro aguarda para o personagem ainda é um mistério, cabendo a nós apenas especular. Robert Downey Jr. já demonstrou interesse em fazer um Homem de Ferro 4, infelizmente isso é quase impossível de acontecer, e não apenas pelo salário do ator. Dá para notar um padrão de trilogias nos filmes da Marvel. Capitão América: Guerra Civil provavelmente foi o último filme solo do personagem (pelo menos com o Steve Rogers), o mesmo vale para Thor e seu Ragnarok. Até Guardiões da Galáxia Vol. 3, que ainda está longe de acontecer, já foi anunciado como o fim da equipe como conhecemos.
Também não podemos esquecer da agenda praticamente lotada da Marvel Studios, com Pantera Negra, Homem-Formiga e a Vespa, Capitã Marvel, Homem-Aranha 2, Doutor Estranho 2, além de outras tantas sequências e filmes de origem. A não ser que a Casa das Ideias comece a lançar mais de 3 longas por ano, é bem difícil que Homem de Ferro 4 chegue a ser feito. Dessa forma, só há dois caminhos a se seguir com Tony Stark: mantê-lo como uma espécie de coadjuvante de luxo nos futuros filmes do MCU ou matá-lo, o que faria total sentido com o desenvolvimento dele. Porque vamos combinar, a Disney não vai querer desembolsar uma pequena fortuna só pro Robert Downey Jr. aparecer 15 minutinhos num filme ou outro.
Portanto, vou trabalhar com a questão de morte, apresentando exemplos da cultura pop para reforçar a teoria. O primeiro é bem recente: Yondu Udonta, em Guardiões da Galáxia Vol. 2. Se no filme anterior pensávamos que o mercenário azulão era um sujeito egoísta que não havia entregado Peter Quill para o pai apenas para poder maltratar o garoto, nesse a coisa muda de figura. Aprendemos mais sobre o passado do caçador de recompensas, do porquê ele não levou o garoto humano para Ego e de como acabou se apegando ao jovem rapaz. Sua redenção vem junto com seu sacrifício para salvar Peter Quill, compensando anos de amor paterno reprimido. Após evoluir tanto como pessoa, não é nem um pouco absurdo pensar que Tony Stark tomaria a mesma atitude, só que para defender a Terra da ameaça de Thanos. Seria um fim mais do que digno. Imagine a comoção dos fãs, dentro e fora das telas, após tanto tempo acompanhando seus atos heróicos.
Por falar em comoção, não é por mera coincidência que a continuação de Homem-Aranha: De Volta ao Lar se passa poucos minutos após o fim de Vingadores 4. Como Peter é, de certa forma, o aprendiz de Tony, a sequência deve mostrar o impacto da morte de Tony em sua vida e no resto do mundo. Como você deve saber, na cultura pop “aprendiz” é sinônimo de “sucessor”. Nos quadrinhos isso rola direto, o Robin já substitui o Batman várias vezes e por incontáveis motivos, o Bucky – ok, ele estava mais para ajudante – vestiu o manto do Capitão América e até o próprio Tony Stark deu lugar para a Riri Williams. Não, Peter Parker não vai vestir a armadura do Homem de Ferro, mas deve carregar o legado do herói, talvez tornando-se um novo símbolo de esperança e heroísmo para as pessoas.
O avanço na relação do Tony e da Pepper também é um dos sinais de que o ele já está com os dias contados. É tipo uma pegadinha, os realizadores dão a entender que o personagem terá um futuro promissor, assim, quando a morte dele de fato acontecer, ela será ainda mais impactante. Um exemplo recente é a 2ª temporada de Demolidor, quando, um pouco antes da Elektra morrer, ela e Matt Murdock começam a fazer planos juntos, falando sobre largar aquela vida e viajarem juntos. Mas há também casos que sabem brincar. Em Vingadores: Era de Ultron conhecemos mais e melhor o Gavião Arqueiro, fomos a presentado à sua esposa, seus filhos e até soubemos que ele seria pai pela 3ª vez, tudo isso para que o público se afeiçoasse e torcesse por ele. Aí, na batalha final, quando Ultron estava prestes a metralhar ele… quem morre é o Mercúrio. Ainda assim, duvido que você não tenha pensado que a hora de Clint Barton tinha chegado.
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Mas calma, não vai ser ano que vem. Em 2018, o Homem de Ferro completa 10 anos nas telonas, logo seria um pouco estranho comemorar a marca matando ele em Vingadores: Guerra Infinita. Então ainda dá tempo de você preparar o seu emocional. Só que de Vingadores 4 ele não escapa.
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