Presidente da Marvel fala sobre a saturação dos filmes de herói
Kevin Feige comenta sobre a saturação do gênero e sobre como a Marvel Studios vem lidando há anos com essa possível fadiga.
Nos últimos anos uma discussão entra muito nas rodas de conversa: a saturação dos filmes e séries dê super-heróis, sejam da Marvel ou da DC. Estaria o gênero saturado e o público cansado da grande quantidade de produções sendo lançadas.
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E, por mais que a Marvel Studios seja conhecida por ter um grande planejamento de anos com relação as suas produções e onde elas irão chegar, o estúdio não escapa das críticas, sendo um dos grandes causadores dessa discussão.
Em uma entrevista no The Movie Business Podcast, o presidente da Marvel, Kevin Feige, foi perguntado como a Marvel Studios faz as suas decisões criativas. Feige apontou como existem “mais de 80 anos de quadrinhos da Marvel como guia”:
“Cada uma de nossas sagas é dividida em fases e agora nos encontramos no precipício da Fase 2 da Saga Multiverso. E há duas maneiras de fazer isso. Primeiro, olhamos para uma narrativa abrangente, sempre usando os quadrinhos e os mais de 80 anos de história em quadrinhos da Marvel como nosso guia para qual história geral e de longo prazo queremos fazer. Mas, na verdade, tudo se resume a cada filme ou série individual, e que tipo de gênero queremos fazer.”
E quando a fadiga e saturação do gênero de super-heróis, Feige comentou que essa discussão é algo que “as pessoas estavam perguntando… desde o seu segundo ano na Marvel”:
“Estou no Marvel Studios há 22 anos, há mais de 22 anos, e a maioria de nós aqui na Marvel Studios está há cerca de uma década ou mais juntos. E provavelmente do meu segundo ano na Marvel, as pessoas estavam perguntando: ‘Bem, quanto tempo isso vai durar? Essa moda de filmes de quadrinhos vai acabar? E eu realmente não entendi a pergunta. Porque para mim era semelhante a dizer depois de ‘…E o Vento Levou’, ‘Bem, quantos filmes mais podem ser feitos de romances? Você acha que o público vai cansar de filmes sendo adaptados de livros?'”
Feige então continua comparando a adaptação de livros enfatizando que há “80 anos das histórias mais interessantes, emocionais e inovadoras que foram contadas nos quadrinhos da Marvel” para sua empresa explorar e dar vida:
“Bem, você nunca perguntaria isso porque há um entendimento inerente entre a maioria das pessoas de que um livro pode ser qualquer coisa. Um romance pode ter qualquer tipo de história, então tudo depende de qual história você está traduzindo. Nenhum leitor de quadrinhos não entende que é a mesma coisa nos quadrinhos. Há 80 anos das histórias mais interessantes, emocionais e inovadoras que foram contadas nos quadrinhos da Marvel e é nosso grande privilégio poder pegar o que nós e adaptá-los.”
E uma forma de evitar que o gênero fique saturado, Feige aponta que usa o artifício do “sub-gênero” em suas produções, assim deixando cada filme ou série com uma “pegada” diferente, não seguindo sempre o mesmo padrão:
“Mas outra maneira de fazer isso é adaptá-los a diferentes gêneros e quais tipos de filmes queremos fazer. E eu, sentado na USC, provavelmente no Semestre 2 antes da sua aula de roteiro, Jason, e sentado no Cinema 101 e sendo exposto a tantos tipos diferentes de filmes que eu disse: ‘Eu quero fazer tudo isso. Eu não quero apenas fazer um tipo de filme, eu quero fazer todos os tipos de filmes.’ E descobri que, se contarmos a história corretamente, e as adaptarmos de uma maneira que o público ainda, batendo na madeira até agora, esteja nos caindo mais de 22 anos depois, podemos contar qualquer tipo de filme que compartilhe duas coisas. O logotipo da Marvel Studios acima do título e uma semente de uma ideia da nossa história de publicação.”
Ou seja, Kevin Feige acredita que o gênero não vai saturar tão cedo pelo fato de que ainda existem muitas histórias e que há diferentes formas de se contá-las, com diferentes gêneros misturados com seus heróis em suas aventuras.
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