A teoria do Quarteto Fantástico nos anos 60 (e tudo que há de errado com ela)!
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Se tratando de um dos maiores (e mais mal aproveitados) times de super-heróis, a expectativa sobre o novo Quarteto Fantástico é enorme. Praticamente toda semana trazemos um novo rumor ou especulação sobre elenco, roteiro e datas.
Porém um dos rumores que mais se fortaleceu nos últimos meses é de que o filme se passaria nos anos 60, antes do grupo acabar vindo parar nos dias atuais. Rumor esse que dividiu muito a opinião dos fãs, e por esta razão, nós do Legado fizemos esse apurado geral sobre os pontos fortes e os (muitos) pontos fracos sobre a teoria!
QUARTETO FANTÁSTICO ANOS 60!
A teoria surgiu basicamente de alguns rumores sobre a possibilidade do queridão Peyton Reed dirigir o longa. O diretor admitiu ter ideias para um filme de época sobre a equipe, ambientado nos anos 60, envolvendo o reino quântico e possivelmente o Cavaleiro Negro. Sabemos hoje que o filme dificilmente será dirigido por Reed, que deverá estar trabalhando em Homem-Formiga 3 nos próximos anos. Entretanto, vale lembrar que o diretor tem seu crédito dentro da Marvel Studios e será o primeiro diretor a finalizar uma trilogia de herói no MCU.
O enredo consistiria na equipe fazendo seus experimentos e ganhando os poderes nos anos 60, e de alguma forma ficando presos na Zona Negativa ou Reino Quântico, sendo resgatados nos dias atuais. Não se sabe ao certo se o filme inteiro seria nos anos 60, com uma cena pós-créditos linkando o Quarteto Fantástico com o presente no melhor estilo Capitão América 1, ou se a ambientação nos anos 60 seria apenas um prólogo.
Na próxima página: pontos positivos sobre a teoria!
O PONTO FORTE (OU MENOS FRACO)!
O ponto positivo de uma trama envolvendo a passagem do tempo seria a solidificação do conceito do MCU como um universo. Isto é, em praticamente todos os últimos filmes tivemos a expansão geográfica do Universo Marvel, com o aparecimento de novos planetas e pontos remotos da galáxia. Mas quanto à passagem de tempo, vale lembrar que a Terra era, teoricamente a mesma que conhecemos, até 2008, com exceção do episódio do Capitão América e Hydra na 2ª Guerra e os contatos com Skrulls nos anos 90.
Apesar de interessante, sob essa perspectiva, vale lembrar que o filme dos Eternos vem aí, chamando toda a responsabilidade histórica do MCU para sí. Desta forma, a existência do Quarteto Fantástico teria sido apenas mais um fragmento na linha do tempo do Universo.
Na próxima página: e o Dr. Destino?
BACANA MAS… E O DOUTOR DESTINO?
Pois é, meus amigos, aí entra um dos pontos mais fracos sobre a teoria. Sabemos que Victor Van Doom conheceu Reed durante o período da faculdade. Desta forma, como a rivalidade entre ambos atravessaria um lapso de 60 anos?
Existiriam duas possibilidades nesse ponto: Van Doom teria novamente participado da expedição na qual o Quarteto ganhou os poderes, tendo sido preso na Zona Negativa e despertado junto com os demais nos dias atuais. Esta seria uma aposta ridícula, cometendo mais uma vez o erro dos filmes anteriores de colocar Van Doom para fazer parte da turminha. E quanto à Latvéria? Ficar sem seu monarca durante 60 anos seria um furo pouco perdoável.
Além disso, existe também a possibilidade de Van Doom ser introduzido como um personagem pertencente aos dias atuais, (preferencialmente em algum outro filme do MCU). Desta forma, ignorando o background com Reed. Este roteiro faria um pouco mais sentido, mas certamente diminuiria o peso da rivalidade de ambos os personagens, o que por sua vez, diminuiria muito as motivações do mesmo.
Falando no Reed, na próxima página: o principal problema com a teoria!
A GENIALIDADE DE REED E UM DOS MAIORES FUROS!
A ideia de transportar o genial Reed Richards 60 anos no tempo seria um desserviço ao personagem, afinal, sua maior característica é a genialidade. Inclusive, graças a ela o Quarteto Fantástico surgiu. É pouco ou nada provável que Reed conseguiria atravessar 60 anos no tempo sem que isso abale sua posição como um grande intelectual. Por mais genial que seja, o personagem teria perdido o advento do computador e internet, que se tornaram pilares da ciência e sociedade contemporânea. Isso sem falar nas milhares de questões geopolíticas que marcaram últimos anos e que ajudaram a estruturar o mundo como conhecemos hoje.
Além disso, estamos falando do MCU, que engloba diversos outros fatores. Os primeiros contatos com seres de outros planetas, batalhas envolvendo deuses e nações inteiras escondidas, e toda a trama das jóias do infinito. Seriam questões de mais à serem processadas, até mesmo para um homem brilhante como o Senhor Fantástico. Difícil acreditar que vejamos o personagem com uma calça boca de sino no início do filme, para que no final o mesmo apareça manuseando um smartphone com naturalidade enquanto rastreia um Skrull infiltrado.
Na próxima página: CONCLUSÃO!
CONCLUSÃO: ANOS 60 NÃO VAI ROLAR!
Acontece que a ideia de Peyton Reed provavelmente buscava pegar carona no bem sucedido X-Men: Primeira Classe, e todo o universo rebootado dos mutantes. Confesso que não consigo entender como a ideia foi engavetada, afinal, é a cara da Fox.
No entanto, os X-Men são um universo à parte, que funciona muito bem como uma metáfora para questões sociais como o racismo e a homofobia, que são fatos presentes ao longo da história. Desse ponto de vista, faz total sentido revisitar a história dos mutantes desde épocas mais remotas, construindo uma ambientação mais convincente e marcante sobre o preconceito.
Se tratando do Quarteto Fantástico, um grupo é conhecido pela química como família, nada disso faria sentido. A melhor forma de explorar essa química e criar identificação com o público seria representando uma família moderna. Levar a história para outra época seria dar um tiro no próprio pé.
Por isso, caros leitores. podemos ficar tranquilos. Não veremos o Quarteto Fantástico nos anos 60!
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