As demissões recentes na Marvel Studios expõem hipocrisia da Disney
A demissão de Victoria Alonso na última semana e, agora, a demissão de Ike Perlmutter mostram a forma problemática da Disney em tratar seus funcionários desigualmente.
Todos já devem saber das recentes polêmicas nos bastidores da Marvel Studios envolvendo a antiga presidente de Física, Pós-Produção, VFX e Animação do estúdio, Victoria Alonso, durante essa última semana, algo que deu muito o que falar.
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Muitos rumores surgiram do motivo dela ter sido demitida, até mesmo possíveis alegações falsas afirmando que ela tratava mal os seus artistas de VFX, algo que foi desmentido. Os advogados de Victoria então apontaram que ela foi demitida por se negar a fazer algo “repreensível”.
Relatórios recentes indicam que esse ato “repreensível” se tratava de censura de uma simples cena com representatividade LGBTQIAP+ em Homem-Formiga 3, onde a Marvel optou por recorrer a fornecedores externos para realizar a censura para um mercado muito pequeno.
E na tarde desta última quarta-feira foi anunciado que Ike Perlmutter também foi um outro nome a ser demitido da Marvel. Ike era Presidente da Marvel Entertainment e era muito conhecido por ser contra filmes de heróis negros e de super-heroínas.
As duas demissões podem ter vindo em tempo parecido por acaso, é claro, mas é super estranho imaginar que um homem com pensamentos e políticas tão retrogradas permaneceu na Marvel por tanto tempo (Ike estava em seu cargo desde 1998).
De um lado, um homem com falas e ações racistas e machistas permanecendo no estúdio por 24 anos, de outro lado uma mulher gay que lutava internamente por mais representatividade e diversidade e, em menos de um ano “batendo de frente” com outros representantes, foi demitida do seu cargo por coisas que deveriam ser consideradas o mínimo a serem feitas.
Quando o antigo CEO da Disney, Bob Iger, apoiou publicamente ações homofóbicas, Victoria foi a grande executiva a fazer uma reunião com Iger e despejar suas insatisfações com essa posição da Disney, afinal, aquilo a ofendia pessoalmente. E isso não faz tanto tempo.
É muito hipócrita da parte da Disney demitir uma mulher gay que lutava por representatividade enquanto deixou por mais de 20 anos um homem como Ike no poder.
Além das polêmicas sobre homofobia nas quais a empresa se envolveu e começou uma perseguição interna contra quem se opôs a isso, enquanto mantinha em um grande cargo um homem racista e machista que, quando se opôs a algo, foi a coisas erradas. O que nos faz perguntar: qual a verdadeira posição da Disney nisso tudo?
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Business é Business, quer brigar por política, vai ser candidato a alguma coisa, empresa privada quer lucro, independente de ideologia. E a Disney em particular, só tá tendo prejuízo ultimamente. Quem sabe se comecarem a se preocupar com qualidade ao invés dessas coisas, não haveria demissão.