Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é a volta da boa fórmula da Marvel

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Além da abrir a Fase, o filme promete ser um dos mais importantes nessa caminhada até Vingadores: Dinastia Kang (e, por tabela, Guerras Secretas). Já que temos não só a introdução de uma nova Variante do Kang, como o teste de fogo do roteirista Jeff Loveness, que está cuidando do roteiro do próximo Vingadores.

Portanto, Quantumania PRECISAVA ser à altura do que estava sendo prometido. E quanto a isso, talvez a Marvel tenha dado o seu passo mais consciente nessa jornada de reconquistar o público. Muito pelo fato do filme compensar um elemento que foi muito criticado na polêmica Fase 4: a falta de conexão com a trama maior do MCU.

Se era isso que você queria, Quantumania vai ser facilmente o “retorno” à boa forma da famosa fórmula do MCU. Já que toda sua trama é voltada para garantir ao público o tempo inteiro que ALGO GRANDIOSO está por vir e fazer o esforço máximo para te deixar ansioso pro próximo grande evento.

Felizmente, a Marvel parece aprender algumas coisas com seus erros, entregando um filme que é puramente preparatório, mas ainda assim tenta ter validade como produto único. Nesse sentido, ele é MUITO mais competente do que filmes da Fase 2 e 3, que serviam apenas para introduzir alguma Joia do Infinito (Thor 2) ou algum personagem (Capitã Marvel).

Essa eficiência vem muito do fato de que o estúdio prometeu Kang… e ENTREGOU KANG! O Conquistador é o grande vilão do filme e não está ali apenas para dar um gostinho. O vilão é magnífico e vê-lo usando seus poderes em live-action traz uma alegria que poucos antagonistas do MCU conseguiram.

Claro, isso também não seria possível sem a entrega absurda do maravilhoso Jonathan Majors! Usando todo seu carisma e capacidade de encantar e te assustar, Majors prova porque ele é o ator PERFEITO para o Kang e todas as Variantes que vierem.

Kang rouba a cena e inicia a nova etapa da Saga do Multiverso em grande estilo!

Apesar de ter o Kang como peça principal, o longa acerta novamente ao conseguir encontrar um equilíbrio entre a ameaça do poderoso vilão e o fato de… esse ainda ser um filme do Homem-Formiga. Mesmo sendo menos cômico que os anteriores, o DNA dos filmes da Família-Formiga ainda estão ali.

O diretor Peyton Reed comemora a sua trilogia na Marvel com o mesmo senso de humor escrachado dos filmes anteriores, mas com a ambição de realmente fazer um filme maior, se arriscando muito mais na ação e em sequências grandiosas de porradaria e guerra. O resultado não é tão caprichado quanto sua direção em O Mandaloriano, mas é sempre bom ver um diretor na Marvel com liberdade e dedicação para fazer o que quer.

O que talvez atrapalhe a direção de Peyton é a ambientação no Reino Quântico. Seja pelo design ou os efeitos das cidades no reino microscópico, o visual não consegue ser tão vislumbrante quanto cenários de Thor: Ragnarok, Guardiões da Galáxia ou até mesmo a série de Star Wars que serviu tanto como base.

Apesar de criaturas e personagens interessantes, o núcleo do Reino Quântico não é tão interessante e o filme se perde no meio, com o roteiro jogando diálogos e narrando eventos apenas para pontuar o que precisa ser estabelecido. É um pouco cansativo, mas pelo menos ele se recupera em ritmo e entrega um climax que faz jus às suas promessas (AH, KANG!)

Paul Rudd é uma força da natureza e está cada vez mais solto e disparando carisma como o Formigo, mas provando que ele é totalmente capaz de ser uma figura de liderança e protagonismo num eventual Vingadores. Experiente, ele também ajuda a novata Kathryn Newton a se soltar e entregar uma ÓTIMA Cassie Lang, totalmente em sintonia com seus parceiros de telas que já estão há tempos nesse universo.

Quem acabou realmente se destacando nisso, e com todo mérito, foi a Janet Van Dyne de Michelle Pfeiffer! A personagem é, ao lado de Kang, a mais importante do filme e um jeito bem decente da Marvel de exaltar uma de suas super-heroínas originais do jeito que ela merece. Em contra partida, é a Vespa de Evangeline Lilly que fica ofuscada e perde tempo de tela. Infelizmente.

Por fim, Quantumania consegue ser um filme coerente em relação aos temas desenvolvidos em toda a trilogia do Homem-Formiga, trazendo uma espécie de resolução entre esses personagens. Ao mesmo tempo em que se diverte com a moral de estabelecer o futuro do universo dos Vingadores.

Equilibrado, competente e CHEIO de deixas e dicas do que vem por aí, o filme usa a simplicidade para entregar aos fãs o que eles tanto queriam. PRINCIPALMENTE nas cenas pós-créditos, que são as melhores do MCU em muitos anos.

MAIS SOBRE HOMEM-FORMIGA 3

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania será o primeiro filme da Fase 5 do MCU e um dos mais importantes da Saga do Multiverso! Afinal, o filme conta com Jonathan Majors que retorna como uma nova variante do Kang: O Conquistador, após Loki e antes de Vingadores 5!

Além de Jonathan e a dupla titular interpretada por Paul Rudd e Evangeline Lilly, Michael Douglas (Hank Pym), Michelle Pfeiffer (Janet Van Dyne) e Kathryn Newton (a nova Cassie Lang) estão confirmados no elenco. Peyton Reed está novamente confirmado na direção! O longa chegará aos cinemas no dia 16 de fevereiro de 2023!