CRÍTICA | Homem-Aranha (2002)

CRÍTICA | Homem-Aranha (2002)

CRÍTICA | Homem-Aranha (2002)

O ano era 2001. Nos cinemas, surge um trailer que começa num elaborado assalto à banco, seguido de uma fuga de helicóptero. De repente, o helicóptero é imobilizado e...

CRÍTICA | Homem-Aranha (2002)
Imagem: Reprodução | Divulgação
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O ano era 2001. Nos cinemas, surge um trailer que começa num elaborado assalto à banco, seguido de uma fuga de helicóptero. De repente, o helicóptero é imobilizado e os bandidos se encontram presos por uma enorme teia, entre as Torres Gêmeas. Já sabe o que vem depois, né? As primeiras imagens do Homem Aranha balançando pelos prédios de Nova York eram reveladas ao mundo, e “CARALHO, COMO ELES FIZERAM ISSO?”.

 


Hoje, nós temos grandes equipes de super-heróis e lançamentos de inúmeras franquias praticamente todo mês, sem falar nos planos anunciados com no mínimo 4 anos de antecedência. Na época em que as Torres Gêmeas estavam de pé, o século XXI estava nos seus primeiros capítulos, e depois de uma década de domínio dos Batmans nas telonas, o primeiro X-Men (2000, de Bryan Singer) veio para mudar o panorama e a forma de se fazer filmes de heróis, o que foi ainda mais fortalecido com o lançamento de Homem-Aranha (2002, de Sam Raimi). E mesmo tantos anos depois e exposto à uma indústria bem mais massante, o debut de Tobey Maguire como Peter Parker não envelheceu praticamente nada, acumulando ainda mais um charme nostálgico da época.

 


De cara, já somos apresentados ao sofrido e humilde Peter, seus dramas escolares e familiares, um sinistro Willem Dafoe, seus estranhos experimentos, aranhas mutantes e então, um menino magrelo passa por uma bizarra metamorfose, tornando-se um cara bombadinho que não precisa mais dos óculos (You were not the first, Steve). Somos apresentados à toda a origem do Homem-Aranha e seu maior inimigo de forma rápida, entrelaçados de uma maneira bem competente que captura a essência cartunesca das HQ’s, de um jeito que funcionou perfeitamente em tela e com uma fidelidade visual aos personagens ainda notável, como a caracterização perfeita e definitiva de J.K. Simmons como J. Jonah Jameson e sua necessidade por fotos do Aranha.

 


 


Estamos bem servidos por Tom Holland na pele do Aranha, mas a versão interpretada pelo Maguire ainda merece bastante consideração, mesmo que faltasse aquele uso e abuso de humor do herói, tem uma até considerável ironia e deboche pra diminuir a dose de melancolia, que é o maior foco dessa versão, já que temos de fato a história de um menino eufórico com seus poderes tendo o mundo desabando em suas costas e tendo que aceitar o seu papel como adulto responsável, e um herói que se sacrifica pelo bem maior, custe o que custar. O triângulo amoroso entre Peter, M.J. e Harry funcionam bem menos. Mas na moral, que saudades da Kirsten Dunst e James Franco. ❤

 

O uniforme borrachudo do Duende não ficou mais agradável com o tempo, assim como os detalhes em alto relevo da teia na roupa do Aranha, mas não ruim a ponto de tirar moral da fita. Hoje em dia, estamos acostumados com uniformes detalhadamente fieis, mas na era do couro preto dos X-Men, dá pra relevar, né? Mas tal tosquice não causaria danos de qualquer forma, porque Willem Dafoe tá brabo demais como Norman Osborn, sendo bem difícil imaginar algum ator outro entregando uma performance tão marcante quanto essa. (Quem sabe Martin Freeman realmente não ficasse perfeito? Maldito fancast foda do Nando Pimenta rs) E que trilha memorável do Danny Elfman, né?

 

Hoje em dia, fazer uma boa história de origem é fácil e considerado como obrigação, mas se temos esse histórico e padrão, precisamos agradecer a Sam Raimi, que começou dirigindo o clássico trash Evil Dead (❤) e se consagrou ao trazer o Aranha pela 1º vez para as telonas com muito estilo e eternizando ainda mais o Amigo da Vizinhança.

 

 

Vale também dizer que indo na onda do primeiro X-Men, o filme também contém uma cameo de Stan Lee. A segunda participação do mitológico criador foi mínima e apenas para os mais atentos. Legal ver como teve início uma das maiores tradições Marvetes, que transcende e une a divisão de direitos entre os estúdios e consagra o que é um verdadeiro filme Marvel.

 

Mas e aí, como o filme envelheceu pra você? Também sente saudades do Maguire? Não esqueça de deixar um comentário!

 

PS: Você sabia que a Octavia Spencer tá no filme? 😮

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