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Simon Kinberg é responsável por escrever o roteiro de X-Men: O Confronto Final, filme no qual abordava o arco da Fênix. 13 anos depois, ele retorna não só como roteirista (o único desta vez), mas também como diretor, sendo este o primeiro filme de sua vida, para escrever sobre o mesmo arco. Ele escreveu dois filmes a respeito da mesma história em um intervalo de 13 anos. Como fazer um filme, escrito pela mesma pessoa, diferente? E, não é querendo passar pano, mas seria impossível isto acontecer, independente do talento.

O problema de X-Men: Fênix Negra já começou com seu roteirista, e se alastra para problemas que vemos em tela durante todos os 113 minutos. Mas o filme não é um desastre completo, tem que ser reconhecida uma coisa boa. Se em X-Men: Apocalipse a impressão que tínhamos assistindo ao longa era de que nenhum ator ali estava a vontade, neste filme temos a impressão de que todos ali estão tendo o melhor momento possível. Fruto da amizade de Kinberg com o elenco, que fez acordo de retornar para o longa só se ele fosse o diretor (péssima decisão).

Jean atordoada ao saber o quão fraco o filme é.

Sophie Turner arrasa e é a melhor Jean Grey dos cinemas, por mais que eu tenha um carinho enorme pela Famke Janssen. O elenco complementar, como disse, estão todos bem. Fiquei surpreso até como a Jennifer Lawrence, que parecia bem cansada da franquia no filme passado, estar com vontade de dar uma despedida digna para Mística (não é spoiler, o próprio Simon Kinberg já falou que a personagem morre). Tye Sheridan também se destaca como o Scott, sendo esta versão bem mais aceitável para o personagem do que a de filmes anteriores.

A vilã do filme, interpretada pela maravilhosa Jessica Chastain é digna de pena. Não lembro de um vilão tão ruim em filmes de heróis assim desde… Thor: O Mundo Sombrio? Ao menos perdessem algum tempo desenvolvendo, só citações de raça, nada mais. E já que estamos falando das coisas ruins do filme, acho que podemos falar isso sobre quase tudo que não seja em relação a atuação dos atores.

Ao menos essa cena no espaço é maneira.

Kinberg entrega o segundo pior roteiro dele para a franquia, só perdendo para o imbatível X-Men: Apocalipse. Fênix Negra tem boas ideias, só as executa de uma maneira péssima. Mal editado, mal filmado, mal fotografado… é simplesmente feio. E MUITO semelhante ao Confronto Final, a ponto de você se perguntar se valeu mesmo se sacrificar por umas horas para ver quase que a mesma história. O pior de tudo é ver todos se empenhado em fazer um bom trabalho, só que nesse caso faltou talento mesmo. Além do roteiro, tivemos que aturar a direção amadora de Simon Kinberg.

O filme, segundo o IMDb, custou em torno de 200 milhões. Quem teve a brilhante ideia de deixar essa história enorme com orçamento absurdo na mão de quem não tem a menor experiência com direção de filmes? Isso relembra Bryan Singer. Que por mais que todos soubessem que ele não era uma boa pessoa, ele ainda dirigiu os filmes por anos. Fox não parece (na verdade, é parecia) se importar em quem dirige ou quem tem capacidade para controlar uma história desse porte. X-Men para o estúdio tem cara de cifrão, não de qualidade.

O alívio de quem terá o controle de Kevin Feige a partir em diante.

A dica que o Legado da Marvel dá para você que pretende assistir X-Men: Fênix Negra nos cinemas é: fique em casa, e assista X-Men: O Confronto Final. É um filme melhor resolvido, e tem o Wolverine. Este último filme com controle total da Fox é um alívio, nós, fãs, que acompanhamos essas histórias a um bom tempo, estamos simplesmente cansados com o que fizeram com esses personagens ao passar dos anos. Agora, eu quero não ver nada de X-Men nos cinemas em no mínimo 5 anos. Agora da licença, que eu vou tirar esse filme da mente e assistir X-Men Evolution.

Nota: 1/5.

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