Vingadores: Guerra Infinita é MELHOR que o Ultimato. Saiba o porquê!
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É hora da verdade. Afinal, após tanto Vingadores: Guerra Infinita quanto o Ultimato se tornarem reais, agora o enxergamos como um quebra-cabeças completado. Mesmo não tendo levado os títulos de “Parte 1 e 2”, é como se eles fossem exatamente desse jeito. Pois não tivemos apenas Vingadores 3 e 4, mas sim algo mais complexo.
Além de serem peças complexas, já que estamos falando da CULMINAÇÃO e CONCLUSÃO da grande saga de 23 filmes do MCU. Os filmes foram muito cautelosamente planejados, pois temos obras que se completam. Entretanto, elas são completamente opostas. Enquanto um é o filme da derrota, o filme do vilão, o outro é o filme da equipe, e o filme da vitória.
Até em sua estética, há uma forte diferença na fotografia do filme, e até mesmo na forma em que os Irmãos Russo os filmam. Afinal, foi por dar uma cara única a cada filme, que eles perderam o título de Guerra Infinita 1 e 2. A escolha foi certeira, e o Ultimato como conhecemos é uma das coisas mais épicas já vistas nesse século.
Aquela comparação pesada.
Então, é inegável dizer que essa peça de 3 horas seja um dos melhores filmes da Marvel Studios, para muito o melhor. Por mais que ele tenha momentos épicos e insuperáveis, seja de diversão, ação ou drama, uma coisa nós temos certeza. Assim como todos tenham saído satisfeitos com todos os desfechos dados, afinal, é um encerramento muito sensato.
Entretanto, há algo que precisa ser feito, infelizmente. Comparações! Não conseguimos fugir das comparações, mesmo que às vezes elas sejam desnecessárias. Mas aqui, precisamos contestar um fato: Vingadores: Guerra Infinita é sim muito melhor que o Ultimato. E vamos te explicar o porque dessa afirmação.
Não há nenhum demérito no Ultimato quando dizemos isso, afinal, demos nota máxima para o filme em nossa crítica, assim como não paramos de falar sobre ele. Mas se já tivemos um tempo honesto para digerir as duas obras, Guerra Infinita continua se saindo muito melhor. Não apenas por preferir narrativas mais ousadas e dramáticas, apesar disso ser um ótimo fator.
Porque Guerra Infinita é MELHOR que o Ultimato? Confira na próxima página!
Ultimato nos chocou com o Professor Hulk, Thanos decapitado, mortes de Natasha e Tony, e outros momentos. O filme teve si muitas surpresas, assim como uma maravilhosa última meia hora de pura porradaria. Porém, nada disso se compara com a forma em que fomos surpreendidos em 2018.
Esse ano, entramos tendo em mente de que os heróis morreram, e algo precisava ser feito, enquanto Thanos, devia ser temido. A tragédia já havia corrido, e todo risco é feito nesse filme para que não aconteça mais uma vez, o que aconteceu antes. Mas em 2018, entramos nas salas de cinema como se já fossemos assistir a batalha final contra Thanos, mesmo sabendo que logo após viria mais um filme.
Mesmo assim, tínhamos a sensação de estar preparados. A gente sabia o que Guerra Infinita seria, mas não como isso soaria, e como tudo se encaixaria. A graciosidade das coisas é o Ultimato ser um filme mais lento e focado em desenvolver os personagens e seus tramas, dando todo tempo para revisitar o passado do MCU ao mesmo ritmo.
Admita: essa cena ainda te faz chorar!
Ultimato não é arrastado, nem desnecessariamente longo, mas ele sabe que precisava botar os pés no chão e aproveitar essa última viagem. Já Guerra Infinita veio nos jogado ao chão na primeira cena. Não havia tempo para respirar, e Loki já estava enforcado e morto na sua frente. Assim.
Enquanto o Ultimato aproveitou o tempo com folga, Guerra Infinita não nos faz perceber que sofremos de tensão por 2h30 de risco o tempo inteiro. O ritmo dinâmico e frenético continua uma das maiores conquistas da Marvel Studios, e talvez do cinema em geral, ao superar o desafio de apresentar VÁRIOS núcleos de heróis, e uni-los todos na mesma narrativa.
O filme resolve e dá continuidade a arcos de Ragnarok, Guerra Civil, De Volta ao Lar, Guardiões da Galáxia, Pantera Negra, Doutor Estranho, tudo isso em poucos minutos. O ritmo frenético soa orgânico, e o encontro inesperado de muitos personagens, ocorre enquanto a gente respira.
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É um filme dos Vingadores, como é dos Guardiões, do Pantera, do Strange e do… Thanos! O filme resolve muitos arcos dos nossos heróis, enquanto desenvolve o arco de um personagem inédito, o Titã Louco. Afinal, havíamos visto o Thanos de relance outras vezes, mas nunca como um personagem REAL.
Aqui, Thanos dialoga e age, faz a trama acontecer. A caçada pelas Joias do Infinito coloca o Thanos de cara com todos esses núcleos espalhados pelos 10 anos do MCU. Genialmente, a captura de cada Joia traz um momento único, não sendo apenas um roubo de uma pedra colorida. A destruição de Xandar, a morte de Loki, a captura e a morte de Gamora, o sacrifício do Estranho e a morte do Visão.
As 6 Joias vieram com 6 reviravoltas impactantes em tudo o que havíamos visto antes. E entre muitos cenários antigos sendo revisitados, eis que tivemos algo completamente inédito. Não fazíamos ideia onde a Joia da Alma estava, nem como ela seria incluída no filme. Se você lembra dessa época, sabe que todos estavam malucos pra saber onde ela estava!
O momento em que os DCnautas descobriram que a Marvel fez um clássico.
Mesmo com muitas teorias, ninguém acertou. Pois tivemos a grande surpresa do filme: Vormir e a morte de Gamora. Em um lugar desconhecido, vemos uma das principais heroínas sendo jogada de um penhasco. E isso é apenas metade do filme. A Gamora realmente estava MORTA, e Thanos aparece chorando. Essa cena continua emocionante até hoje.
Esse fator surpresa, não foi algo que tivemos na mesma intensidade com a morte da Viúva Negra no mesmo local. Pois sabíamos o que seria necessário para ter a Joia, e que alguém ali morreria. Com a Gamora não. Pois entramos naquele filme com a esperança de ver um filme normal da Marvel, por mais que mais épico.
Foi com todas essas reviravoltas que a Marvel provou seu valor e calou a boca até mesmo do mais empenhado crítico. Quebrando e revertendo o clichê dos vilões vencerem no último minuto, não tivemos nada disso. Mas sim uma morte desesperadora de muitos dos heróis queridos.
Confira outros motivos do porque Guerra Infinita ser melhor que o Ultimato! Na próxima página!
Indo no nível máximo da ideia de impor riscos e consequências reais, tivemos até mesmo o Homem-Aranha virando pó! O filme fez algo que qualquer obra de super-herói nunca havia feito. O filme termina com o vilão triunfante, mas até isso, foi feito de maneira perfeita.
Em vez de encerrar a parte 1 com qualquer aviso de que teríamos uma continuação.. NÃO! O filme termina como se fosse até o último da Marvel, com apenas UMA cena pós-créditos com um tipo de esperança. Até mesmo o triunfo do vilão foi feito diferente, sem risada maligna ou qualquer sinal de glória assustadora ou vilanesca. Thanos termina machucado e mancando em um sítio. O cenário mais agradável do filme, se pá.
Thanos termina o filme como um herói. Pois ele fora retratado dessa forma o filme inteiro, sob sua única perspectiva. Afinal, o Titã Louco se vê como a única pessoa consciente de que uma sacrifício precisa ser feito pela vida do universo. Por mais que ele precise se tornar um louco assassino, ou até mesmo matar sua filha. Ele o faz com dor, lamentando sua missão o tempo todo.
É uma jornada do herói distorcida e trágica, pois temos alguém tão emotivo, mas ao mesmo tempo decidido a fazer um mal terrível. Thanos teve sua história aprofundada de uma maneira muito mais eficiente. Pois não teríamos algo tão emocionante se sua causa nos cinemas fosse apenas matar gente para agradar a Morte.
O melhor vilão da década.
A Marvel não tratou o Thanos apenas como um vilão, mas o protagonista dessa história, devendo sua história e motivações serem abordadas com o mesmo interesse dos heróis. A Marvel começou a melhorar seus vilões na Fase 3, mas nada algo tão ousado havia sido feito, e acho, em nenhum filme de herói também. O protagonismo de Thanos só é comparado ao uso de vilões como o Coringa no Cavaleiro das Trevas, ou Darth Vader.
Aqui entra outro mérito dos roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely, pois Guerra Infinita é uma adaptação IMPRESSIONANTE! Ironicamente, o filme se baseia em partes na HQ Desafio Infinito, em vez da própria Guerra Infinita. E por mais que muita coisa tenha sido alterada, o DNA da HQ é honrado, e o filme segue com fidelidade o coração da história, assim como sua urgência.
No Ultimato, os roteiristas tomaram caminhos diferentes no roteiro. Muitas escolhas do Ultimato são mais questionáveis do que as de Guerra Infinita. Como a escolha da Viúva Negra morrer em vez do Gavião, ser Tony quem se sacrifica para matar o Thanos, e etc. Enquanto em Guerra Infinita, houve pouco espaço para roteirismo tomar decisões, tudo soa orgânico e movido pela história. São escolhas bem menos questionáveis.
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Ultimato tem todos os seus méritos por ser um filme original, não baseado em alguma HQ específica. Por mais que um trabalho original seja tão louvável quanto, uma adaptação ousada assim merece reconhecimento. Ainda mais que a Marvel já havia diminuído arcos grandiosos em adaptações decepcionantes, como Era de Ultron, que nada se assemelha com sua contraparte dos quadrinhos.
A batalha final do Ultimato também é épica, mas nem o “Avante” de todos os Vingadores foi páreo para a batalha de Titã! O cenário é interessante, é feito durante o dia, com tudo visível e bem claro. Uma troca de golpes com todos heróis usando suas habilidades, e Thanos usando todas as Joias. Aquilo foi um sonho nerd, tantos heróis juntos lutando com sua variedade de poderes.
Homem de Ferro se destaca. Peter Quill dá um bom plano, e o atrapalha. Mantis bota o Thanos para dormir, mas sem esquecer que o Homem-Aranha deu várias bicudas no vilão. Por fim, não preciso nem mencionar o quanto o Doutor Estranho em Titã é a melhor coisa já feita com o Mago até hoje, né?!
A cena que QUASE cancelou o Ultimato.
E é uma diferença absurda o que o Mago faz em Titã, e depois aparece fazendo NADA no Ultimato. Entendemos que muitos personagens precisavam ter tempo de tela sacrificados ali, porém, é o Strange, né?! O jeito que ele usa diversas magias é uma das coisas que mais queremos ver no Multiverso da Loucura. Afinal, o potencial do personagem promete muito, muito!
A performance de Josh Brolin é algo que merece ser tão elogiado quanto o roteiro do personagem. Se no papel a ideia é boa, precisava de alguém que conseguisse entregar algo tão complexo, cheio de nuances e moralidades questionáveis. Em Ultimato temos uma relação diferente com o Thanos. Afinal, o Thanos do presente é muito diferente do Thanos de 2014 que viaja ao futuro através de viagem no tempo.
O Thanos de 2014 é um vilão bem menos dramático, menos sofrido. Afinal, ele não havia passado por tudo que seu-eu anterior havia feito para conquistar as Joias. Esse Thanos não se sacrificou, não perdeu muitos de seus filhos. Ele simplesmente tinha certeza que conquistaria suas metas, e tinha ali a chance de pegar as Seis Joias já reunidas. É um vilão mais arrogante, que já age com a intenção de matar.
Confira a nossa conclusão na próxima página!
Não é à toa, no Ultimato o Thanos dá muito mais trabalho aos Vingadores em combate, tudo no mano a mano, sem nenhuma Joia ou poder extra, na pura raça! Esse Thanos, é realmente 100% vilão, bem mais longe de suas nobres intenções. É por se distanciar dessa abordagem, de retornar ao status comum de herói x vilão, que Ultimato nos choca menos, apesar das batalhas serem belíssimas.
Ultimato chega a um ponto que, de certa forma, era mais fácil de se fazer, já era garantido. É um filme feito para amarrar as pontas soltas, resolver um único objetivo, e nos despedir de muitos personagens. Guerra Infinita, por outro lado, é o ponto máximo da narrativa, tudo de inovador ou inesperado, já estava perfeitamente expresso ali.
Guerra Infinita possui uma estética tão única, uma fotografia forte, que combina com a ideia de ser um filme “mais preocupado em ser arte”, e de certa forma, até funciona isoladamente. Os heróis perderam a batalha para um ser superior, nada podia ser feito. Thanos termina sorrindo, vitorioso apenas transformar todo o universo. E pronto!
Porém, o fato desse não ter sido o fim definitivo, e boa parte das mortes terem sido revertidas, faz muitas pessoas diminuírem o valor de Guerra Infinita. Já que “eles morreram, mas poxa, tudo isso aconteceu pra nada, todos voltaram.” O esquema de matar para chocar só para ressuscitar é algo comum nas HQs. O próprio Guerra Infinita nas HQs fez isso, assim como coisas apelativas ao puro choque como A Morte do Superman.
Vingadores: Guerra Infinita = ICÔNICO.
Embora esse fosse um clichê inevitável, a Marvel conseguiu contornar a situação de usá-lo a seu favor. Todos os mortos foram ressuscitados? foram. Mas de forma que Guerra Infinita e suas ações continuem revelantes, continuem sendo sentidas. Foram 5 anos de ausência, e todos os ressuscitados terão uma longa jornada nos próximos filmes e séries para lidar com esse fato.
Os heróis foram mudados para sempre. Todas as pessoas desse universo tiveram suas vidas alteradas, marcadas e traumatizadas para sempre. Há uma ferida ainda aberta com essa dizimação de Thanos, que veremos seu desenrolar pela Fase 4 e 5 do MCU. Embora todos lembremos do triunfo dos Vingadores, tudo isso fora cravado e eternizado pelos riscos, consequências e tragédias da Guerra Infinita.
Em uma última analogia, comparemos o MCU com Breaking Bad. Guerra Infinita seria como Ozymandias, o episódio mais trágico da série. Ali, Walt vê seu cunhado sendo morto em sua frente e atinge um ponto irreversível com sua família, seu ex-amigo Jesse, e em um ponto irreversível como um criminoso foragido. Os dois episódios que se seguem, servem apenas para resolver os últimos arcos. Matando os nazistas, libertando Jesse, se despedindo de Skyler, e garantindo que seu dinheiro chegasse até seus filhos.
Você preferindo um ou o outro, tanto faz, é compreensível. Porém, no coração dos que sobreviveram, dos que morreram, dos que morreram e voltaram, e dos meros fãs que só assistiram: esse evento sempre estará em um lugar especial. Se o Ultimato possui um legado para os fãs, Guerra Infinita possui um legado para os fãs, para os filmes de heróis e todo o cinema em geral. Pois foi a prova inegável do quão longe os “filmes de boneco” poderiam, e podem, ousar.
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Confira a sinopse de Vingadores: Ultimato: “O grave curso de eventos gerados quando Thanos eliminou metade do universo e fraturou a equipe dos Vingadores leva os heróis restantes a assumirem um último movimento na grande conclusão da Marvel Studios de vinte e dois filmes, Vingadores: Ultimato”.
Vingadores: Ultimato encerrou a sua jornada nos cinemas brasileiros, se tornando na maior bilheteria da história do Brasil, e também da HISTÓRIA DO CINEMA. O longa já está disponível digitalmente e em Blu-ray e DVD, os maiores detalhes das edições no Brasil e onde compra-la, você pode saber clicando aqui. Clique aqui para ler a nossa crítica! Leia mais: Editor do Ultimato explica como incluíram decapitação em filme da Disney!