Capitã Marvel é a 6ª maior estreia mundial da história!

 

Carol Danvers chegou aos cinemas fazendo barulho. Comprovando mais uma vez a força inigualável do MCU, Capitã Marvel superou as expectativas mais otimistas e entregou o primeiro megahit de 2019. Foram US$ 153,4 milhões nos Estados Unidos e outros US$ 303,2 milhões fora de lá, totalizando uma abertura épica de US$ 456,7 milhões. Vamos analisar a excelente performance do longa em seu primeiro fim de semana?

 

Comecemos pelos EUA. Por lá, a chegada da Capitã aos cinemas foi ansiosamente aguardada, pois até então a bilheteria americana em 2019 vinha sendo medíocre. Houveram alguns sucessos de menor escala (Vidro e Amigos para Sempre, ambos conseguindo ultrapassar a marca dos US$ 100 milhões nos EUA), um punhado de decepções (Uma Aventura Lego 2, Alita: Anjo de Combate), e a única coisa lembrando remotamente um blockbuster, Como Treinar seu Dragão 3, que faturou decentes US$ 119,6 milhões na bilheteria doméstica até o momento. Ainda assim, Hollywood não tinha nenhum sucesso de grandes proporções nos EUA desde Aquaman e seus US$ 334 milhões. E essa situação se torna ainda pior quando lembramos que, no mesmo período do ano passado, Pantera Negra faturava absurdos em seu país de origem.

 

Pois bem, em apenas três dias Capitã Marvel superou todos os filmes lançados nos Estados Unidos em 2019 e se tornou a maior bilheteria do ano por lá. O longa, aliás, conquistou a maior abertura nos cinemas americanos desde junho de 2018, quando Os Incríveis 2 abriu com US$ 182 milhões. O longa superou todas as expectativas dos analistas da indústria, que estimavam sua abertura na casa dos US$ 140 milhões.

 

Captain Marvel (2019)

 

Capitã Marvel começou a surpreender já em sua estreia, na sexta-feira, quando conquistou US$ 61,7 milhões, valor este que inclui as pré estreias no dia anterior. Foi o 12º maior dia de abertura para um filme de heróis e o 7º maior para o MCU. No sábado, foram outros US$ 52,8 milhões e no domingo, US$ 38,8 milhões, respectivamente o sétimo maior sábado e o oitavo maior domingo para um longa do Universo Cinematográfico da Marvel.

 

No total, seu fim de semana de abertura, de US$ 153,4 milhões, foi o 7º maior para um filme da Marvel e o 11º maior para um longa de heróis em geral, atrás apenas de Vingadores: Guerra Infinita (US$ 257,6 milhões), Os Vingadores (US$ 207,4 milhões), Pantera Negra (US$ 202 milhões), Vingadores: Era de Ultron (US$ 191,2 milhões), Os Incríveis 2 (US$ 182,6 milhões), Capitão América: Guerra Civil (US$ 179,1 milhões), Homem de Ferro 3 (US$ 174,1 milhões), Batman vs Superman: A Origem da Justiça (US$ 166 milhões), Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (US$ 160,8 milhões) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (US$ 158,4 milhões). Além disso, trata-se também da sexta maior abertura para um filme protagonizado por uma mulher, logo atrás de Rogue One: Uma História Star Wars (US$ 155 milhões), Jogos Vorazes: Em Chamas (US$ 158 milhões), A Bela e a Fera (US$ 174,7 milhões) e os dois últimos episódios de Star Wars (US$ 220 milhões para o oitavo e US$ 247,9 milhões para o sétimo).

 

Capitã Marvel conquistou também o posto de terceira maior abertura americana para o mês de março, atrás de Batman vs Superman e A Bela e a Fera, bem como a quarta maior para um longa que estreou fora da temporada do verão americano (a partir do final de abril/início de maio) e do fim de ano (a partir de novembro), atrás dos dois longas citados e de Pantera Negra. De um modo geral, a abertura de Capitã Marvel foi a 18ª maior da história em valores não ajustados pela inflação.

 

Brie Larson in Captain Marvel (2019)

 

Então, sim, o longa desde já é um megasucesso para a Marvel e para a Disney. Curiosamente, com toda a conversa acerca do “primeiro filme estrelado por uma mulher da Marvel Studios”, o público no fim de semana de estreia ainda foi majoritariamente masculino: segundo a Comscore, 65% da audiência foi de homens, enquanto a Disney reporta que a divisão de gêneros foi de 55% para os homens e 45% para as mulheres. Em comparação, Mulher-Maravilha atraiu em seu fim de semana de abertura um público composto por 52% de mulheres. Isso ocorreu pois a heroína da DC já tinha um status de ícone, sendo famosa até entre as mulheres que nunca leram um quadrinho na vida, enquanto Carol Danvers ainda é uma personagem relativamente nova entre o público que não acompanha as HQs da Marvel. Além disso, o MCU é uma franquia cujos fãs são em sua maioria homens, de modo que a Disney ainda tem trabalho a fazer se quiser atrair outras faixas demográficas para sua maior franquia.

 

Surpreendentemente, a maior parte da audiência foi composta por um público mais velho: 64% de quem compareceu aos cinemas no fim de semana tinham acima de 25 anos de idade, o que marca um dos públicos de estreia mais velhos para a Marvel. Em comparação, a abertura de Pantera Negra teve 61% da audiência acima dos 25 anos, enquanto em Vingadores: Guerra Infinita esta faixa do público respondeu por 58% do público em seu fim de semana de estreia. Com isso, é curioso notar que enquanto os filmes solo da Marvel parecem atrair um público mais velho, os de equipe trazem uma proporção maior de jovens, adolescentes e crianças.

 

Seja como for, com toda a conversa estúpida (e falsa) espalhada nos cantos mais sombrios da internet de que Brie Larson não quer que homens mais velhos assistam a Capitã Marvel, foi justamente esse segmento da população que compareceu em maior peso aos cinemas.

 

 

Mundialmente, o sucesso da heroína mais poderosa do MCU foi de cair o queixo. Com US$ 303,2 milhões, trata-se da quinta maior estreia da história na bilheteria internacional, logo atrás de Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (US$ 314 milhões), Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (US$ 316,6 milhões), Vingadores: Guerra Infinita (US$ 382,8 milhões) e Velozes & Furiosos 8 (US$ 443,1 milhões). Claro, o filme alcançou um total tão colossal já em sua abertura por ter chegado a quase todos os mercados internacionais que deveria estrear, incluindo a China – a única exceção é o Japão, no qual o longa chegará na semana que vem.

 

Na China, o longa abriu com US$ 89,3 milhões, o que não apenas é uma estreia muito maior que a média para um longa de herói solo no país (43% superior à abertura chinesa de Pantera Negra), como também é o 5º maior fim de semana de abertura para um filme de heróis no país, atrás de Vingadores: Guerra Infinita (US$ 191 milhões), Venom (US$ 107,3 milhões), Capitão América: Guerra Civil (US$ 93,6 milhões) e Aquaman (US$ 93,3 milhões). Aparentemente, os chineses têm realmente apreciado bastante os filmes de heróis solo hollywoodianos, pois os mais recentes (Venom, Aquaman e Capitã Marvel) estrearam explodindo as expectativas.

 

Já na Coréia do Sul, outro grande mercado mundial para o MCU foram US$ 24,1 milhões, a sexta maior abertura para um longa do Ocidente no país. No Reino Unido, foram US$ 16,8 milhões, a maior estreia para um filme de herói solo da Marvel, enquanto no Brasil foram US$ 13,4 milhões, o que significa nada menos que o segundo maior fim de semana de abertura da história do Brasil. Você não vai querer perder a análise de amanhã da bilheteria brasileira de Capitã Marvel, está incrível!

 

Brie Larson and Lashana Lynch in Captain Marvel (2019)

 

Outros destaques também foram o México, com US$ 12,8 milhões, a quinta maior estreia da história. Na Indonésia, foram US$ 10,1 milhões, a segunda maior abertura do MCU, enquanto na Austrália(US$ 10,7 milhões), Rússia(US$ 9,8 milhões) e Taiwã (US$ 6,4 milhões), Capitã Marvel estabeleceu o recorde de maior abertura para o mês de março.

 

Finalmente, de todo o faturamento global do longa, US$ 36 milhões vieram de salas IMAX. Trata-se da quinta maior abertura em IMAX da história, logo atrás de Star Wars: Os Últimos Jedi, Guerra Infinita, Jurassic World e Star Wars: O Despertar da Força. É interessante notar que, principalmente nos mercados internacionais, onde em muitos deles Capitã Marvel estabeleceu o recorde de maior abertura em IMAX da história, houve um esforço dos fãs em conferir a heroína no formato, ainda que o longa não tenha sido gravado nele (ao contrário de Guerra Infinita e Ultimato).

 

No total, como dito acima, Capitã Marvel obteve uma abertura global de US$ 456,7 milhões. Trata-se da sexta maior estreia da história na bilheteria global, atrás de Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (US$ 483,2 milhões), Jurassic World (US$ 525,5 milhões), O Despertar da Força (US$ 529 milhões), Velozes & Furiosos 8 (US$ 541,9 milhões) e Guerra Infinita (US$ 640,5 milhões). Todos esses longas vieram a faturar no mínimo US$ 1,23 bilhão globalmente. E, a não ser que Capitã Marvel caia muito bruscamente nas próximas semanas, o longa provavelmente deverá terminar sua carreira com uma bilheteria nessas redondezas.

 

Ben Mendelsohn in Captain Marvel (2019)

 

Olhando para os próximos competidores, não parece haver nenhum grande blockbuster chegando nas próximas semanas. Há a animação O Parque dos Sonhos, o terror do aclamado Jordan Peele Nós e o remake live action Dumbo, mas em termos de competidores nos gêneros de ação e aventura, Carol Danvers precisará esperar até a chegada do outro Capitão Marvel, o da DC, em Shazam!, o que ocorrerá apenas em abril. Ou seja, a heroína e o gato Goose terão o mês de março inteiro para faturar horrores nas bilheterias.

 

E você, o que achou de Capitã Marvel? Já foi conferir? Comenta aí com a gente.

 

Bilheteria EUA de 08/03/19 a 10/03/19:

 

FilmeSemanas em cartazRenda no fim de semana (em US$)Renda acumulada (em US$)
1- Capitã Marvel1153.433.423153.433.423
2- Como Treinar o seu Dragão 3314.685.005119.651.130
3- Um Funeral em Família212.465.38346.295.193
4- Uma Aventura Lego 253.868.24897.153.209
5- Alita: Anjo de Combate43.215.34478.361.408
6- Green Book: O Guia172.511.32580.163.196
7- Megarrromântico42.261.02644.005.746
8- Obsessão22.188.4308.279.165
9- Lutando pela Família42.184.01018.652.100
10- Apollo 1121.250.9313.730.883

 

 

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Publicitário, formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalho com Marketing Digital desde 2015. Apaixonado por bilheterias de cinemas, estudo o mercado cinematográfico brasileiro e estrangeiro já há vários anos, e desde 2017 sirvo como o principal analista de bilheterias para o Legado da Marvel.
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