Kraven – O Caçador é um fracasso de bilheteria também no Brasil

Nem mesmo no Brasil Kraven conseguiu fazer sucesso e o vilão da Marvel foi massacrado por Mufasa, Moana e Ainda Estou Aqui.

Kraven é um fracasso de bilheteria também no Brasil

Se nos EUA Kraven: O Caçador atingiu números historicamente baixos para um filme da Marvel, no Brasil a situação não foi muito melhor.

O vilão/anti-herói da Marvel estreou no país no fim de semana de 13 de dezembro com números patéticos. Foram 186 mil ingressos vendidos e R$ 4,19 milhões no primeiro fim de semana.

Como comparação, Morbius abriu com 456 mil pagantes nas salas e faturamento de R$ 9,08 milhões. Madame Teia levou 283 mil espectadores e arrecadou quase R$ 6 milhões.

E, claro, nem podemos comparar com os filmes do Venom. Foram 1,07 milhão de pessoas nas salas na estreia do primeiro filme do simbionte, 878 mil na do segundo e 702 mil na do terceiro.

Para você ter uma ideia do quão mais difícil ficaram as coisas para filmes da Marvel, basta comparar com a década passada.

No auge do MCU, até fracassos como X-Men: Fênix Negra e o Quarteto Fantástico de 2015 ainda conseguiam vender cerca de 600 mil ingressos para as salas brasileiras na estreia, apesar das críticas ruins.

Mesmo o esquecido Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança conseguiu atrair quase 500 mil pagantes ao cinema quando estreou no início de 2012.

Hoje em disso isso não é mais possível. E a culpa recai justamente sobre filmes com recepção terrível entre a crítica e os fãs, tal como o próprio Kraven.

Números hoje estão diferentes

No período em que o MCU estava no auge e a Marvel era onipresente na cultura pop, ainda era possível se safar com números razoáveis.

Os 613 mil ingressos vendidos por Fênix Negra em 2019 foram considerados um número ruim para um blockbuster da Marvel da época.

Mas hoje em dia esses valores parecem quase uma aspiração a ser conquistada por filmes como Kraven, Madame Teia e mesmo As Marvels (421 mil pagantes na abertura).

Em 2018, o primeiro Venom ainda era capaz de levar 4,6 milhões de brasileiros aos cinemas. Em 2024, Venom 3 sofre para chegar aos 2,6 milhões de pagantes no acumulado, perdendo até para o sucesso do cinema nacional Ainda Estou Aqui (que beira os 3 milhões).

Enfim, após sua péssima estreia a situação de Kraven não melhorou. Com 80 mil pagantes no segundo fim de semana, o longa perdeu para o estreante Mufasa: O Rei Leão e os veteranos Moana 2 e Ainda Estou Aqui.

No acumulado, R$ 7,7 milhões em bilheteria e 370 mil ingressos vendidos. Não vai demorar até que o Caçador suma das salas de cinema sem deixar saudades.

Pois afinal, algo aconteceu na cultura pop entre o final de 2022 e o início de 2023 que tornou o sucesso muito mais difícil para filmes de heróis que não tenham o hype de um Deadpool & Wolverine ou mesmo de um Guardiões da Galáxia Vol. 3. E isso não só no Brasil como também nos EUA e, enfim, em todo o mundo.

Público demonstra cansaço com filmes de heróis

Na Marvel, histórias e personagens que pouco empolgavam (vide Kang). Na DC, a falta de clareza sobre os rumos do universo e o fato de que James Gunn abrirá espaço para o novo universo, causando o fim do DCEU de qualquer forma, ainda desperta desconfiança nos fãs após os anos caóticos da franquia anterior.

Em todo o mundo, um grande cansaço com longas de super-heróis, em especial os de baixa qualidade ou de pouco hype.

Afinal, antes os fãs eram capazes de tolerar coisas como Venom e Fênix Negra por saberem que um filme de melhor qualidade e história mais interessante chegaria num piscar de olhos.

Na atualidade, a Marvel falhou em construir uma história tão empolgante e com personagens tão carismáticos quanto a Saga do Infinito (apesar das várias séries de TV).

Consequentemente, isso contribuiu para o consenso em geral de que “novos filmes da Marvel não prestam!”, prejudicando a bilheteria de quase todos eles.

E tal zeitgeist foi agravado num ano em que os cinemas foram agraciados com não um mas três filmes do pavoroso Universo Sony de Vilões do Homem-Aranha (ou qualquer que seja seu nome).

A Marvel tem muito trabalho pela frente se quiser reconquistar a confiança dos fãs, críticos e público em geral. Não é à toa que eles já partiram para o desespero.

E você, o que acha da atual situação dos longas de super-heróis? Deixe seu comentário aí embaixo, e por fim, fique ligado no Legado da Marvel para não perder nenhuma novidade!

Publicitário, formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalho com Marketing Digital desde 2015. Apaixonado por bilheterias de cinemas, estudo o mercado cinematográfico brasileiro e estrangeiro já há vários anos, e desde 2017 sirvo como o principal analista de bilheterias para o Legado da Marvel.
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