Longe de Casa passa De Volta ao Lar e é o 3º maior do Homem-Aranha nos EUA!

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O verão americano está chegando ao fim, e as aventuras para a toda a família vão sendo substituídas por dramas adultos, o primeiro deles sendo a principal estreia dessa semana, o aclamado Era Uma Vez em Hollywood. Ainda assim, os blockbusters hollywoodianos seguem firmes e fortes, faturando o possível antes das aulas voltarem nos Estados Unidos.

Assim, Homem-Aranha: Longe de Casa se manteve num ótimo terceiro lugar no ranking do último final de semana, faturando mais US$ 12,4 milhões. No total, a nova aventura do Cabeça de Teia conquistou US$ 344,7 milhões após quatro semanas em cartaz nos EUA. Trata-se da sexta maior bilheteria do ano no país, embora ele deva subir para a quinta posição enquanto você lê estas palavras, pois Aladdin está a meros US$ 1,4 milhão de distância.

Por isso, com os resultados desta semana, Longe de Casa ultrapassou tanto os valores não ajustados de seu antecessor direto, De Volta ao Lar (US$ 334,2 milhões), como também os de Homem-Aranha 3 (US$ 336,5 milhões), e agora é o terceiro maior filme do herói aracnídeo na bilheteria americana. Ele está atrás apenas dos dois primeiros de Sam Raimi, ainda insuperáveis: o primeiro atingiu US$ 403,7 milhões em 2002 e o segundo conquistou US$ 373,5 milhões em 2004. 

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Em valores ajustados pela inflação, Longe de Casa só fica atrás da clássica trilogia de Raimi. Ou seja, trata-se do filme do Homem-Aranha não interpretado por Tobey Maguire que mais levou pessoas aos cinemas americanos. Ele ultrapassou os US$ 337,1 milhões ajustados de De Volta ao Lar, o que marca a primeira vez na história que uma “parte 2” do Homem-Aranha teve uma bilheteria americana (e mundial também, aliás) superior à da “parte 1” – entre os longas de Andrew Garfield, o primeiro faturou US$ 262 milhões, e o segundo, deprimentes US$ 202 milhões.

Portanto, diferentemente da fase de Maguire, que começou no auge e depois enfrentou quedas nas bilheterias, a atual com Tom Holland na realidade tem adquirido mais e novos fãs a cada filme. Claro, Holland teve uma vantagem que nenhum de seus dois antecessores teve, que foi a de aparecer nos ridiculamente bilionários Guerra Infinita e Ultimato entre uma aventura solo e outra, o que certamente ajudou a elevar a popularidade do herói.

Além disso, Longe de Casa é também a quarta maior bilheteria americana não ajustada da história da Sony, atrás dos dois primeiros de Raimi e também de Jumanji: Bem-vindo à Selva que (de alguma forma) conseguiu arrecadar bizarros US$ 404,5 milhões há um ano e meio. Das 10 maiores bilheterias americanas da Sony, apenas quatro não são protagonizadas pelo Cabeça de Teia: o citado Jumanji, 007: Operação Skyfall e os primeiros longas das franquias MIB: Homens de Preto e Os Caça-Fantasmas. Entendeu agora porque o estúdio está tão desesperado em manter os direitos de adaptação do herói aracnídeo em suas mãos?

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Finalmente, após ultrapassar De Volta ao Lar, Longe de Casa também entrou para as 10 maiores bilheterias americanas do MCU. Ele provavelmente deverá manter esta posição, pois será difícil ultrapassar os números do nono colocado, Guardiões da Galáxia Vol. 2, que arrecadou US$ 389,8 milhões. Por quanto tempo ele permanecerá no top 10, bem, isso dependerá de como Viúva Negra, Os Eternos, Shang-Chi e as continuações de Doutor Estranho e Thor se saírem nos próximos anos. 

Mesmo enfrentando a segunda semana de O Rei Leão e a estreia de Era Uma Vez em Hollywood, Longe de Casa não despencou nas bilheterias. Sua queda foi de apenas 41,3%, melhor que a de outro herói que foi precisou batalhar contra um remake da Disney, Logan, que despencou 42% em sua quarta semana. Claro, naquela ocasião os concorrentes do mutante com garras eram não apenas A Bela e a Fera, como também Kong: A Ilha da Caveira e as estreias de Power Rangers e Vida.

Se você tem acompanhado a minha cobertura da bilheteria americana de Longe de Casa (clique aqui, aqui e aqui para ler as análises das últimas semanas), sabe que tenho usado Transformers: O Lado Oculto da Lua como comparação. Tal como a nova aventura do Cabeça de Teia, o terceiro longa dos Autobots teve uma estreia de seis dias no início de julho para aproveitar do feriado de Dia da Independência americana e batalhou em sua terceira semana contra um aguardadíssimo blockbuster que quebrou recordes de abertura (no caso, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 e O Rei Leão). Afora essas similaridades, as performances de O Lado Oculto da Lua e Longe de Casa nos fins de semana tem sido bastante parecidas, e neste último não foi diferente: em sua quarta semana, o terceiro Transformers faturou US$ 12 milhões e sofreu uma queda de 43,5%, pouco maior que a de Longe de Casa, justamente enquanto enfrentava as estreias de Capitão América: O Primeiro Vingador e Amizade Colorida, além da segunda semana do último Potter. 

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Comparar os dois longas é útil para ajudar a prever qual pode ser a bilheteria final de Longe de Casa. Portanto, caso continue a desempenhar de forma similar a O Lado Oculto da Lua, Peter Parker sai de cartaz com US$ 372,7 milhões. Talvez seu resultado final seja um pouco melhor que isso, pois o terceiro Transformers precisou lidar com concorrentes fortes e diversificados (Os Smurfs, Cowboys & Aliens, Planeta dos Macacos: A Origem e uma bizarra quantidade de comédias românticas, que naquela época eram lançadas nos cinemas e não só na Netflix). Tudo irá depender de como Longe de Casa irá se segurar frente às estreias de Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw, Dora e a Cidade Perdida, Rainhas do Crime, entre outros.

Na bilheteria internacional, Longe de Casa faturou mais US$ 21 milhões em 65 mercados, atrás apenas de O Rei Leão durante o fim de semana. Os países que mais contribuíram para a bilheteria do longa são a China (US$ 204,7 milhões), Coréia do Sul (US$ 58 milhões), Reino Unido (US$ 38,2 milhões), México (US$ 30,6 milhões) e Japão (US$ 26,4 milhões). 

Com isso, Longe de Casa agora faturou US$ 692,4 milhões fora dos EUA. Trata-se da nona maior bilheteria internacional para um filme de heróis, e o longa logo subirá para a oitava posição, assim que ultrapassar os US$ 701,4 milhões de Capitã Marvel. É um ótimo resultado, conquistado com uma grande ajuda da China, onde o longa é atualmente o sexto maior filme de heróis da história, perdendo apenas para Era de Ultron, Venom, Aquaman, Guerra Infinita e Ultimato.

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Somando as bilheterias americana e global, Longe de Casa possui US$ 1.037 bilhão na bilheteria global. Sim, é o primeiro filme solo do Homem-Aranha a passar da (hoje não tão) especial marca do bilhão – embora, ajustados pela inflação, certamente os longas de Raimi bateriam tal marca. É também o primeiro ano em que todos os lançamentos do MCU faturaram mais de US$ 1 bilhão globalmente, o que só demonstra que a Marvel vive o ápice de sua popularidade nos cinemas em 2019. As três maiores bilheterias globais do ano são longas do MCU, aliás – embora isto não vá durar, pois até a semana que vem O Rei Leão (atualmente com US$ 968 milhões) já terá deixado Longe de Casa para trás.

Trata-se também da segunda maior bilheteria global da Sony, atrás apenas de 007: Operação Skyfall, que conquistou US$ 1.108 bilhão em novembro de 2012. Caso não despenque feito rocha, Longe de Casa deixará para trás o James Bond de Daniel Craig para se tornar o campeão do estúdio.

Portanto, baseado em todo o sucesso que a atual versão do herói vem adquirindo, pode ficar tranquilo, o Homem-Aranha vai ficar no MCU ainda por um bom tempo. 🙂

Bilheteria EUA 26/07/19 a 28/07/19:

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