Saiba quais foram os filmes de heróis mais lucrativos de 2017!

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Acha que só números da bilheteria contam toda a história sobre o sucesso ou o fracasso de um longa? Pense novamente: filmes, especialmente os hollywoodianos, são coisas caras e complexas, onde muitos fatores devem ser levados em consideração antes de declarar o destino financeiro de um longa. Para produzir um grande blockbuster, os estúdios gastam dinheiro não apenas financiando sua produção, como também em gigantescas campanhas de marketing ao redor do globo, oferecendo contratos repletos de benefícios às principais estrelas, diretores e produtores e, enfim, com a própria distribuição do longa.

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Além disso, como geralmente os estúdios só ficam com uma certa porcentagem do valor de cada ingresso (o restante fica para os cinemas que os exibiram), então é necessário encontrar mais fontes de renda para um mesmo filme. Em geral, isso significa acordos de licenciamento das marcas (você sabe, brinquedos, roupas, brindes de restaurantes de fast food, etc.), vendas do filme para canais de televisão e serviços de streaming e o hoje moribundo home vídeo. Em suma, os números de bilheteria de um filme contam apenas parte da história.

Pensando nisso, todo mês de março experientes analistas do mercado cinematográfico calculam para o site Deadline quais foram os filmes mais lucrativos do ano quando comparados todas as suas fontes de renda com os seus gastos. Não é um cálculo preciso, claro (não é como se os estúdios saíssem revelando seus exatos balanços financeiros por aí), mas dá para se ter uma boa ideia de quais longas mais trouxeram dividendos e, portanto, podem ser considerados como um sucesso além de qualquer dúvida.

Assim, confira aqui no seu Legado da Marvel quais foram os filmes de super-heróis mais lucrativos do ano passado!

1º lugar: Mulher-Maravilha

Rendimentos totais: US$ 659,1 milhões

Despesas totais: US$ 406,2 milhões

Lucro: US$ 252,9 milhões

Retorno*: US$ 1,62

E eis que o filme de heróis mais lucrativo do ano passado e sexto em geral (atrás apenas de Star Wars: Os Últimos Jedi, A Bela e a Fera, Meu Malvado Favorito 3, Jumanji: Bem-Vindo à Selva e It: A Coisa) pertence ao tão combalido DCEU. Já descontando a porcentagem, dentre a bilheteria mundial de Mulher-Maravilha (US$ 821,8 milhões), que ficou para a Warner, e somando os rendimentos com vendas para televisão e em home vídeo, o longa trouxe quase US$ 660 milhões para os cofres do estúdio. Descontando os cerca de US$ 400 milhões investidos, e você tem mais de US$ 250 milhões de lucro – o que, claro, é mais do que o suficiente para cobrir o rombo no orçamento de US$ 60 milhões deixado por Liga da Justiça, segundo cálculo das mesmas fontes do Deadline.

No caso de Mulher-Maravilha, o que contribuiu para toda essa lucratividade foi o seu custo de produção relativamente baixo para um filme de heróis: apenas US$ 150 milhões, cerca de metade do que o estúdio precisou desembolsar para produzir Liga. Assim, com uma performance histórica na bilheteria americana e um desempenho mundial decente, Diana de Themyscira foi capaz de trazer um lucro maior para os Irmãos Warner do que Batman vs Superman que, embora tenha trago rendimentos maiores (cerca de US$ 680 milhões), também foi insanamente mais caro (US$ 250 milhões apenas para a produção, isso afora gastos com marketing).

O estúdio, aliás, ficou tão contente com Mulher-Maravilha que, segundo a reportagem, a diretora Patty Jenkins receberá entre US$ 7 milhões a US$ 9 milhões para comandar a continuação, comparados com o US$ 1 milhão que recebeu para o primeiro.

2º lugar: Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Rendimentos totais: US$ 664,2 milhões

Despesas totais: US$ 464,1 milhões

Lucro: US$ 200,1 milhões

Retorno*: US$ 1,43

A maior bilheteria do MCU em 2017 só poderia ser o mais lucrativo também – embora esses dividendos todos, claro, tenham ido para os cofres da Sony e não para os da Disney. Homem-Aranha: De Volta ao Lar, como você pode ver, trouxe mais rendimentos do que Mulher-Maravilha, mas também foi mais caro. Afinal, o novo reboot do Cabeça de Teia custou um pouco mais para ser feito (US$ 175 milhões) e ainda foi ajudado por um imenso esforço de marketing global da Sony. Além disso, deve-se destacar também que a aventura de guerra da DC superou Peter Parker na bilheteria americana, onde tipicamente os estúdios recolhem uma porcentagem maior dos ingressos do que nos outros países do globo.

Ainda assim, De Volta ao Lar foi um sucesso de proporções épicas para um estúdio que já há tempos necessitava de um. Comparando com a aventura anterior do Aracnídeo, O Espetacular Homem-Aranha 2, o Peter de Tom Holland não apenas trouxe mais rendimentos para a Sony como também custou imensamente menos (A Ameaça de Electro precisou de absurdos US$ 570 milhões para ser feito e distribuído). Com isso, os lucros do estúdio dispararam: os de De Volta ao Lar foram 184% maiores que os de Espetacular Homem-Aranha 2 (!).

Um início particularmente excelente para a nova colaboração entre o MCU da Disney e a Sony, que deve garantir o Teioso no universo cinematográfico por um bom tempo – isto é, se pataquadas como o filme do Venom não melarem o acordo.

3º lugar: Thor: Ragnarok

Rendimentos totais: US$ 644,1 milhões

Despesas totais: US$ 469,9 milhões

Lucro: US$ 174,2 milhões

Retorno*: US$ 1,37

Thor: O Mundo Sombrio é considerado um dos piores filmes do MCU, mas pelo menos não fez seu estúdio perder dinheiro, tendo dado um lucro de US$ 140 milhões para a Disney. Quatro anos depois, Thor: Ragnarok teve até um custo de produção levemente maior do que seu predecessor (US$ 180 milhões contra US$ 170 milhões) e seus gastos com participações para seus talentos que mais do que quadruplicaram, porém isso foi compensado por uma excelente performance nas  bilheterias globais e mais vendas para televisão e home entertainment. A bilheteria na China praticamente dobrou: foram US$ 111 milhões para Ragnarok contra US$ 55,3 milhões para O Mundo Sombrio.

Assim, a comédia dirigida por Taika Waititi trouxe cerca de 13% a mais de rendimentos do que o esquecido longa comandado por Alan Taylor e, portanto, os lucros aumentaram 24%. Bastante grana para os cofres de Asgard!

4º lugar: Guardiões da Galáxia Vol. 2

Rendimentos totais: US$ 669,7 milhões

Despesas totais: US$ 515 milhões

Lucro: US$ 154,7 milhões

Retorno*: US$ 1,30

Guardiões 2 superou o primeiro em praticamente todos os quesitos financeiros: bilheteria de abertura nos EUA (US$ 146,5 milhões contra US$ 94,3 milhões), bilheteria final nos EUA (US$ 390 milhões contra US$ 333 milhões), bilheteria na China (US$ 100,6 milhões contra US$ 86,3 milhões) e, enfim, a bilheteria global (US$ 863 milhões contra US$ 773,3 milhões). Em suma, um imenso sucesso para a Marvel e a Disney. Ainda assim, por mais surpreendente que pareça, o primeiro Guardiões gerou um lucro maior do que sua continuação: foram US$ 204,2 milhões para o Vol. 1 contra US$ 154,7 milhões para o Vol. 2. Mas por quê?

Bem, em primeiro lugar, Guardiões 2 custou bem mais para ser feito, com um orçamento de produção de US$ 200 milhões, fazendo dele o segundo filme de heróis mais caro do ano passado (atrás de Liga) e um dos mais caros do MCU até o momento (empatado com Homem de Ferro 3 e Pantera Negra, porém atrás dos dois Vingadores e Guerra Civil). Além disso, graças ao sucesso do Vol. 1, a Disney recompensou os talentos por trás das aventuras dos Guardiões com um substancial aumento nos benefícios: foram US$ 60 milhões em participações, contra US$ 45 milhões do primeiro filme. Finalmente, as vendas para home entertainment foram 43% menores para o Vol. 2 em comparação com seu predecessor.

Seja como for, Guardiões da Galáxia Vol. 2 ainda está bem longe de ser qualquer tipo de decepção. Afinal, não apenas os heróis intergaláticos vão ter uma participação-chave nos dois próximos filmes dos Vingadores como também o Vol. 3 já está garantidíssimo para 2020.

E você, quanto acha que os filmes de heróis do atual ano vão dar de lucro ou prejuízo para seus estúdios? Comente com a gente!

*Trata-se de quanto cada filme gerou para o estúdio a cada dólar que ele investiu no longa.

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