Thor: Ragnarok detona expectativas e estreia com mais de US$ 100 milhões

Por Tiago Vieira • 30 de outubro de 2017, às 20:40

Nem mesmo as previsões mais otimistas da indústria imaginavam o tamanho da estreia internacional de Thor: Ragnarok. A comédia de ação estrelada por Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett e Tessa Thompson abriu em cerca de 52% dos países que estão agendados para recebê-la uma semana antes de sua estreia nos Estados Unidos, faturando US$ 109,1 milhões. Trata-se de um valor acima das últimas previsões, que colocavam a estreia internacional do longa entre US$ 85 milhões e US$ 100 milhões.

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Além disso, o Deus do Trovão deixou alguns de seus colegas na Marvel comendo poeira (quem diria, hein?). Segundo reportagem do Deadline, a estreia de Ragnarok foi 6% melhor que a de Guardiões da Galáxia Vol. 2, 24% melhor que a de Doutor Estranho e incríveis 36,5% maior que a de seu antecessor, Thor: O Mundo Sombrio, no mesmo conjunto de países e com as taxas cambiais atuais.

Enfrentando praticamente nenhuma concorrência de peso e recebido por um público sedento por um blockbuster de ação, o longa comandado por Taika Waititi liderou em praticamente todos os territórios que estreou. No Reino Unido, por exemplo, Ragnarok foi recebido com US$ 16,2 milhões, uma estreia 28% maior que a de Doutor Estranho e a maior abertura para o mês de outubro por lá afora os filmes de James Bond. Na Coreia do Sul foram US$ 15,7 milhões, quase 70% acima da estreia de Guardiões da Galáxia Vol. 2, enquanto na Austrália o longa também superou os debutes da sequência espacial de James Gunn e da fantasia estrelada por Benedict Cumberbatch, além de também bater o recorde de melhor estreia em outubro. Já o Brasil foi o quarto melhor mercado para Ragnarok neste fim de semana, mais uma vez comprovando o amor dos brasileiros por filmes de super-heróis. Lembrando que a análise mais aprofundada da estreia de Ragnarok no Brasil você vai ler amanhã aqui no Legado da Marvel! 🙂

Finalmente, o longa teve uma ótima performance em países como a França, Itália e em diversos territórios no Sudeste Asiático e na América Latina, estabelecendo recordes de abertura para o mês de outubro em boa parte deles. Enquanto isso, na Nova Zelândia, terra natal do diretor Waititi, Ragnarok teve a melhor bilheteria de estreia do ano, superando hits como A Bela e a Fera, Velozes & Furiosos 8, Meu Malvado Favorito 3, entre outros. Na semana que vem, o filme chegará aos outros mercados importantes que ainda precisam recebê-lo, incluindo Japão, México, Alemanha, Rússia, China e, claro, os Estados Unidos.

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Particularmente, eu creio mais na segunda hipótese, afinal, O Mundo Sombrio teve uma desvantagem que Ragnarok e Estranho não tiveram: suas críticas medianas. Atualmente o filme com as piores críticas do MCU, o segundo Thor logo perdeu relevância conforme pesos pesados como Jogos Vorazes: Em Chamas, O Hobbit: A Desolação de Smaug e a bilionária animação Frozen: Uma Aventura Congelante foram conquistando seu espaço com o público ao longo do final de 2013. Já Doutor Estranho foi melhor recebido por crítica e público e assim conseguiu se segurar bem mesmo enfrentando os sucessos Animais Fantásticos e Onde Habitam e Rogue One: Uma História Star Wars. Dessa forma, a aclamação recebida por Ragnarok será sua principal arma quando seus concorrentes chegarem ao mercado.

Claro, houveram alguns filmes do MCU que conseguiram sustentações ainda melhores após sua estreia, como Capitão América 2: O Soldado Invernal, Guardiões da Galáxia e Homem-Formiga, que renderam apenas entre 15% e 17% de seus totais internacionais no primeiro fim de semana. No entanto, tais filmes, além da boa recepção da crítica e do público, também não enfrentaram quase nenhuma concorrência relevante por semanas – um luxo que Ragnarok não terá. Mesmo assim, se o longa conseguir se segurar frente aos rivais (em especial, claro, Liga da Justiça), então terá uma chance de ser o quarto filme de super-heróis do ano a ultrapassar os US$ 800 milhões globalmente.