Venom 3 também fracassa no Brasil e fica abaixo dos dois filmes anteriores

Na bilheteria brasileira, Venom: A Última Rodada repetiu o que houve nos EUA e fez consideravelmente menos que os outros dois longas do simbionte.

Venom 3 também fracassa no Brasil e fica abaixo dos dois filmes anteriores

A fraca performance de Venom: A Última Rodada na bilheteria americana vinha sendo compensada por um bom desempenho nos mercados internacionais. Em especial a China, onde o segundo filme do simbionte não foi lançado oficialmente. Porém, no Brasil o filme repetiu o comportamento das bilheterias americanas e ficou consideravelmente atrás dos dois longas anteriores.

Após duas semanas em cartaz, Venom 3 tinha acumulado 1,67 milhão de ingressos vendidos e R$ 33,4 milhões de faturamento no Brasil.

Como comparação, o primeiro Venom tinha atingido um total de 3,2 milhões de ingressos e R$ 50 milhões em bilheteria ao final de sua segunda semana. Ele veio a sair de cartaz com 4,6 milhões e R$ 72 milhões em 2018.

Venom: Tempo de Carnificina, que estreou nos últimos meses da pandemia, acumulou 2,7 milhões de espectadores e R$ 43 milhões em duas semanas. Ao fim de sua carreira, sua bilheteria no Brasil seria de R$ 67 milhões e 4,09 milhões de ingressos.

Ou seja, a não ser que A Última Rodada mostre sustentação excepcional nas próximas semanas frente aos novos blockbusters, o terceiro filme do Venom não deverá bater a marca dos 4 milhões de espectadores de seus antecessores. Na verdade, é bem possível que o longa tenha dificuldades em chegar aos 3 milhões de ingressos.

Dito isso, a comparação com Venom 1 e 2 não é inteiramente justa. Ambos foram auxiliados pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida em outubro, que no caso do primeiro ocorreu logo em sua segunda sexta-feira em cartaz. Já para o segundo, o feriado caiu numa terça-feira, o que ainda assim ajudou seus números.

Brasileiros estão desinteressados no Venom?

Mesmo assim, fica evidente a queda do interesse do público, primeiro nos EUA e agora no Brasil, pelo Brock de Tom Hardy e seu simbionte. O primeiro Venom saiu numa época em que qualquer filme com a logo da Marvel ou DC tinha grandes chances de ser um sucesso.

Afinal, mesmo destruído pela crítica e sem nenhuma conexão com o Homem-Aranha, Venom ainda levou quase 5 milhões de pessoas às salas nacionais. O segundo chegou perto disso mesmo enfrentando a ameaça da pandemia.

E a parte mais preocupante é que as decepções de A Última Rodada e seu colega vilão Coringa: Delírio à Dois (2,1 milhão de ingressos e R$ 44 milhões) resultaram num medíocre mês de outubro nas bilheterias nacionais. Com 8,7 milhões de ingressos vendidos, o mês foi melhor do que setembro (o pior de 2024, com 5,5 milhões de entradas).

Porém, ficou bem abaixo de outubro de 2023 (7,4 milhões), que não trouxe nenhuma produção da Marvel ou DC mas sim longas como O Som da Liberdade, Five Nights at Freddy’s e Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso.

Em resumo, filmes baseados em HQs não são mais o evento automático que costumavam ser há alguns anos. Ainda mais se forem de qualidade discutível, como é o caso de Venom 3. É possível que a era de que o público correrá para ver qualquer coisa com a logo da Marvel, ou mesmo da DC, terminou junto com Vingadores: Ultimato, Coringa e a pandemia.

Nesse contexto, o que os estúdios farão? Ainda mais com toda a indústria hollywoodiana tão dependente de heróis marvetes e DCnautas como estava no fim da década passada.

Relembrando os sucessos pós-pandêmicos

Os maiores sucessos pós-pandêmicos de super-heróis foram aqueles com algum componente nostálgico por longas do passado (Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Deadpool & Wolverine), o que inclui sequências de sucessos pré-Covid como Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e Guardiões da Galáxia Vol. 3.

Esse é o contexto em que a indústria entra em 2025. Capitão América: Admirável Mundo Novo e Thunderbolts* trarão personagens vistos anteriormente mas não a nostalgia de participações especiais de heróis do passado de Sem Volta para Casa ou o tom de “fim de uma era” de Guardiões 3.

Pelo contrário, eles irão introduzir e dar continuidade à arcos de história atuais. Já Quarteto Fantástico será a primeira “nova” franquia introduzida no MCU nos cinemas desde Shang-Chi em 2021.

Será que eles vão mostrar que a Marvel ainda consegue atrair o público sem precisar relembrá-lo de hits do passado? Deixe sua opinião nos comentários e, por fim, continue acompanhando o Legado da Marvel para não perder nenhuma novidade!

Fonte: Filme B

Publicitário, formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalho com Marketing Digital desde 2015. Apaixonado por bilheterias de cinemas, estudo o mercado cinematográfico brasileiro e estrangeiro já há vários anos, e desde 2017 sirvo como o principal analista de bilheterias para o Legado da Marvel.
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