Capitão América 4 deve faturar menos que Quantumania nas bilheterias

Previsões para a estreia de Capitão América 4 indicam que a bilheteria de abertura do filme será menor que a de Homem-Formiga: Quantumania.

Capitão América 4 deverá faturar menos que Quantumania nas bilheterias

Os principais sites norte-americanos divulgaram suas últimas previsões para a bilheteria de Capitão América: Admirável Mundo Novo. O Deadline espera uma abertura de US$ 95 milhões ao longo dos 4 dias (sexta a segunda-feira) do feriado norte-americano de Dia dos Presidentes.

Já o Box Office Pro estima uma estreia entre US$ 70 e US$ 85 milhões no final de semana e de US$ 80 a US$ 95 milhões no feriado completo.

Como comparação, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania arrecadou US$ 106,2 milhões nos 3 dias do fim de semana e US$ 120,4 milhões nos 4 dias de feriado.

Outros blockbusters lançados pela Marvel no mesmo feriado de Dia dos Presidentes incluem os massivamente bem sucedidos Deadpool (US$ 152 milhões nos 4 dias) e Pantera Negra (US$ 242,1 milhões). A incrível bilheteria de ambos os filmes ressalta o auge vivido pela Marvel na década de 2010.

Não é o caso na atualidade. Os filmes do MCU nos dias de hoje não tem mais a garantia de faturar as massivas bilheterias que costumávamos ver. A não ser, claro, que devido ao Multiverso o longa traga participações especiais de personagens de filmes mais antigos da Marvel.

Será que vai fracassar?

O Deadline indica que, desde que os ingressos começaram a ser vendidos, o volume das pré-vendas está 15% abaixo do de Guardiões da Galáxia Vol. 3 após o mesmo período de tempo. O terceiro longa dos heróis espaciais veio a abrir com US$ 118 milhões no primeiro fim de semana.

Por outro lado, o volume de vendas está acima do de Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, que também estreou num feriado prolongado de 4 dias, onde faturou US$ 94,7 milhões. E, para o alívio da Marvel, as vendas também estão melhores que a dos fracassos Adão Negro (abertura de US$ 67 milhões) e The Flash (US$ 55 milhões).

O momento atual da Marvel

Quantumania pode ser considerado o ponto de virada para pior da Marvel Studios nos cinemas.

Até o terceiro Homem-Formiga, o MCU vinha dos blockbusters Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (US$ 411 milhões nos EUA), Thor: Amor e Trovão (US$ 343 milhões) e Pantera Negra: Wakanda para Sempre (US$ 454 milhões) no ano anterior.

Infelizmente, apesar de razoavelmente bem sucedidos, todos eles tiveram recepção mista dos fãs e da crítica. Bem diferente de nos anos 2010, quando a aprovação de cada novo capítulo do MCU beirava a unanimidade. A péssima recepção de Quantumania piorou ainda mais o desgaste da franquia entre o público.

Enquanto fãs e críticos devastavam os filmes da Marvel, o público redescobriu os prazeres de assistir na telona a filmes que não envolvem super-heróis. Foi o caso de Top Gun: Maverick e Avatar: O Caminho da Água em 2022 e o fenômeno Barbenheimer em 2023.

Com uma narrativa que não empolgava e personagens que não tinham o mesmo carisma dos Vingadores originais, a Marvel entrou numa verdadeira sinuca de bico. Afinal, seus maiores sucessos pós-Ultimato devem boa parte de suas bilheterias massivas à nostalgia de trazer de volta personagens de longas que não pertenciam antes ao MCU.

Esta é a situação atual de Capitão América 4. Um filme que dependerá da aceitação do público dos novos personagens e caminhos narrativos desde Ultimato. E desta vez sem participações especiais do Multiverso pra ajudar.

Ainda há esperança?

Por outro lado, Capitão América 4 será praticamente o único blockbuster mais tradicional por mais de um mês. Ao menos até a estreia do remake de Branca de Neve no final de março, Admirável Mundo Novo terá como adversários filmes de potencial comercial menor. Com todo o respeito a Paddington no Peru, O Macaco e Mickey 17.

Além disso, a Disney desta vez foi esperta ao orçar seu filme. Capitão América 4 custou “apenas” US$ 180 milhões segundo o Deadline. Um valor consideravelmente menor que o orçamento faraônico de As Marvels ou da maioria dos filmes pós-pandêmicos.

Portanto, uma bilheteria mais próxima das de Homem-Formiga e a Vespa (US$ 623 milhões em 2018) e Capitão América 2: O Soldado Invernal (US$ 714,4 milhões em 2014) já deixaria o longa como lucrativo para a Disney.

Por que Capitão América 4 PRECISA ser um sucesso

E o mais importante: uma boa performance nas bilheterias e recepção da crítica traria muitos positivos para o MCU afora somente lucro financeiro.

Para começar, iria mostrar que o público não tem problemas em aceitar Sam Wilson no lugar de Steve Rogers como Capitão América. Também comprovaria que a Marvel ainda consegue lançar um sucesso sem depender de cameos de personagens antigos.

Mesmo as séries do Disney+, antes tidas como um dos motivos para a decadência da Marvel, poderiam ser redimidas. Afinal, a primeira aventura de Sam Wilson como Capitão ocorreu numa série para streaming.

E se As Marvels não conseguiu trazer personagens do Disney+ para a telona com sucesso, um potencial êxito de Admirável Mundo Novo poderia mostrar que integrar os filmes com as séries de TV ainda pode funcionar bem.

Por outro lado, se Admirável Mundo Novo fracassar, será um péssimo começo de ano para a Marvel Studios. 2025 será crucial não só para o MCU mas também para o cinema de heróis como um todo – incluindo aí o Superman de James Gunn.

No caso da Marvel, este será o ano em que deverá provar ser capaz de fazer sucesso sem precisar de cameos do Multiverso.

Tudo dependerá das críticas, que serão lançadas na semana que vem. Lembre-se de que os fãs aguardaram Quantumania com ansiedade até as críticas destacarem que o filme era péssimo.

Se as reviews destruírem Capitão América 4 da mesma forma, pode-se esperar um fracasso nas bilheterias.

Está ansioso para Capitão América: Admirável Mundo Novo? Deixe aí nos comentários, e por fim, fique ligado no Legado da Marvel para não perder nenhuma novidade!

Publicitário, formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalho com Marketing Digital desde 2015. Apaixonado por bilheterias de cinemas, estudo o mercado cinematográfico brasileiro e estrangeiro já há vários anos, e desde 2017 sirvo como o principal analista de bilheterias para o Legado da Marvel.
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