Como funciona a escolha de diretores na Marvel? Kevin Feige explica!

Ao longo de 11 anos, a Marvel Studios tem lançado ao mundo vários diretores que acabam se tornando diretores de grande nome. Taika Waititi talvez seja o maior...

Imagem: Reprodução | Divulgação

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Ao longo de 11 anos, a Marvel Studios tem lançado ao mundo vários diretores que acabam se tornando diretores de grande nome. Taika Waititi talvez seja o maior exemplo. Claro, Taika já tinha uma indicação ao Oscar, porém nunca tinha dirigido um filme grande na vida, e hoje, pode trabalhar no que quiser.

Esta aposta que o estúdio faz, em pessoas novas e criativas, e não em diretores consolidados, é o que o torna diferente. Numa entrevista recente, Kevin Feige falou sobre este processo que o leva a decisão dos diretores do estúdio. Ele contou o passo a passo dela, e você pode ler logo abaixo, numa tradução via O Vício:

“O critério de escolha se baseia muito em duas coisas. Primeiramente, fazer algo que esteja em nosso radar, e não precisa ser um filme grande. Pode ser uma série inteligente, como foi o caso dos Irmãos Russo, ou então um filme pequeno, como Cop Car, de Jon Watts, que vem trabalhando na franquia do Homem-Aranha conosco. Ou então The Rider, de Chloe Zhao, que agora está fazendo Os Eternos. Depois, este projeto precisa mostrar quem você é, e o potencial daquilo que pode fazer. Você precisa deixar a sua marca nisso, que é o que sempre buscamos. A partir disso, várias reuniões são feitas para decidir se estaremos na mesma página, criativamente falando. Observar se é uma pessoa que irá se sentir bem em ficar conosco dia após dia por pelo menos três anos, algo que também é muito importante em qualquer produção.”

Trabalhar num filme por pelo menos 3 anos exige uma garra fora do comum. Recentemente, vimos os Irmãos Russo passarem mais de 8 anos no estúdio, trabalhando desde Capitão América: O Soldado Invernal, até a conclusão cinematográfica da Marvel Studios em Vingadores: Ultimato. Tem que amar demais mesmo.

Em mais um trecho dessa mesma entrevista, Kevin Feige, revelou odiar estas sessões. E ele explicou o motivo, se liga só:

“Sessões testes são horríveis. Elas são dolorosas, são terríveis. Todas essas pessoas que não fazem filmes estão lá e tipo, “eu vou dar a minha opinião!”, eu sento lá no fundo e coloco o meu boné para trás, mas eu fico lá e os escuto, pois eles veem coisas que a gente não vê.”

Mas, ao longo da entrevista, Feige em sua total sensatez revela que sempre tenta ouvir e tentar aprender algo nessas sessões. Para ler a entrevista completa, você pode conferir o vídeo logo abaixo:

Apesar dos filmes dele saberem agradar os fãs como ninguém, seja por eventos clássicos das HQs, fanservices e referências, essa não é a estrela guia do MCU na hora de planejar as coisas. Confira o que o chefão tem a dizer sobre isso:

“Isso pode se tornar ‘Oh, se pensarmos demais nisso, se pensarmos demais em agradar todo mundo com todas as coisas, nós caímos em posição fetal e nunca fazemos nada. […] Entretanto, é verdade que sempre fazemos os filmes na intenção de vê-los funcionarem com quem assistiu todos os nossos filmes e com pessoas que nunca viram nenhum de nossos filmes.”

Mais do que adaptações literais e óbvias de arcos já conhecidos nas HQs, Feige sempre expressa o quanto a prioridade do MCU é em contar boas histórias dentro de uma narrativa coerente e que ainda possa surpreender os fãs, nunca indo no óbvio. Fique ligado no Legado da Marvel para maiores novidades. 🙂