Os maiores filmes da Marvel de 2023 na bilheteria americana

Em um ano difícil para super-heróis, o maior filme da Marvel em 2023 na bilheteria americana não veio do MCU! Confira o ranking do menor para o maior nas bilheterias.

Os maiores filmes da Marvel de 2023 na bilheteria americana

Em um ano difícil para super-heróis, o maior filme da Marvel em 2023 na bilheteria americana não veio do MCU! Confira o ranking do menor para o maior nas bilheterias.

Os maiores filmes da Marvel de 2023 na bilheteria americana
DOIS FRACASSOS E DOIS SUCESSOS
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Não é exagero dizer que 2023 foi um dos piores anos para filmes baseados na Marvel, senão de todos os tempos (os mais velhos se lembram do pesadelo que foi 2005, quando tivemos apenas o desastre Elektra e o decepcionante Quarteto Fantástico, ou 2006, ano do frustrante X-Men: O Confronto Final), certamente desde que o MCU iniciou.




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Ao todo, a Marvel lançou quatro filmes ao longo do ano, sendo três do MCU e um de fora (mas ainda com referências à mega franquia de Kevin Feige). Desses quatro, dois fracassaram junto ao público e crítica e os outros dois foram mais bem recebidos, embora mesmo seu sucesso não tenha sido o bastante para impedir toda a conversa de fatiga de super-heróis que dominou a indústria em 2023.

Claro, os culpados por tal fatiga no ano que se passou não foram apenas dos filmes da Marvel. Na televisão, séries fracassadas como Invasão Secreta contribuíram para que a audiência perdesse ainda mais a fé no MCU pós-Ultimato. Já a rival DC não só se afundou ainda mais na lama ao lançar nada menos que quatro fiascos consecutivos em 2023 (ao todo, o DCEU não lança um filme minimamente lucrativo desde Shazam! em 2019) como também arrastou junto todo o “gênero” de super-heróis.


De um modo geral, filmes de quadrinhos em 2023 acabaram ofuscados por rivais como John Wick 4, Super Mario Bros.: O Filme, Barbie, Oppenheimer, Five Nights at Freddy’s, o concerto de Taylor Swift e Wonka. Na bilheteria americana, este foi o primeiro ano desde 2014 (obviamente, excluindo o ano pandêmico de 2020) em que não houve um único filme de super-heróis que ultrapassou a casa dos US$ 400 milhões.

Por isso, aproveitando o ano que se inicia (que trará pouquíssimos super-heróis nas telonas), vamos fazer uma retrospectiva com as maiores bilheterias da Marvel em 2023, ranqueadas da menor para a maior, a começar pelos EUA. As próximas partes desta matéria especial trarão os rankings na bilheteria global e na brasileira.


4º Lugar: As Marvels

Data de estreia nos EUA: 10 de novembro de 2023
Bilheteria no primeiro fim de semana: US$ 46.110.859
Bilheteria total: US$ 84.500.223


Indiscutivelmente o maior fracasso da história do Universo Cinematográfico da Marvel. Um desastre de proporções imensuráveis para o estúdio liderado por Kevin Feige e a coroação de um ano catastrófico para a Disney (que foi justamente o de seu centenário). As Marvels, bem como a animação Wish, humilharam e desmoralizam seus respectivos estúdios e a Disney, que até 2019 pareciam imparáveis.

Se nos anos que precederam a pandemia a empresa liderada por Bob Iger, bem como suas marcas (Marvel, Lucasfilm, Pixar, Walt Disney Animation, etc) batiam recordes nas bilheterias, hoje em dia todas elas se encontram enfraquecidas. Em 2023, um filme da Marvel ou Lucasfilm não é mais o evento imperdível que costumava ser na década passada. Não é nem sequer um longa muito aguardado, visto a resposta medíocre e sem empolgação nenhuma dos fãs para As Marvels.


Na bilheteria americana, o longa já começou sua carreira de maneira pavorosa com o pior fim de semana de abertura da história do MCU. Com boca a boca inexistente, público desinteressado e críticos pouco impressionados (62% no Rotten Tomatoes), o vexame nas bilheterias de As Marvels só aumentou nas semanas seguintes.

Ele caiu absurdos 78% na segunda semana, a terceira maior queda da história para um longa de abertura acima de US$ 10 milhões e a maior para um filme de super-heróis, seja ele da Marvel, DC ou de outra produtora.

Já chegando ao fim de sua patética carreira, As Marvels possui um total acumulado de menos de US$ 85 milhões na bilheteria americana. Ou seja, a sequência do bilionário Capitã Marvel arrecadou durante todo o seu período em cartaz quase o mesmo que Thor: O Mundo Sombrio e Doutor Estranho fizeram em seus primeiros três dias na bilheteria americana. E olha que tais longas foram lançados anos atrás, quando o preço dos ingressos era muito mais barato do que em 2023.

Quando forem estudar a ascensão e queda dos filmes de super-heróis, a franquia de Carol Danvers será um caso exemplar. Dos US$ 426,8 milhões que Capitã Marvel faturou em 2019 para os US$ 84,5 milhões de As Marvels, é uma queda de 80%, e que representa bem o quanto o MCU decaiu num espaço de menos de meia década.

3º Lugar: Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

Data de estreia nos EUA: 17 de fevereiro de 2023
Bilheteria no primeiro fim de semana: US$ 106.109.650
Bilheteria total: US$ 214.504.909

Outro fracasso absolutamente vergonhoso para a longa coleção da Disney em 2023. Por ter sido lançado logo no início do ano, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania acabou agindo como um arauto do festival de fiascos que se seguiria.

Olhando com o contexto de hoje em dia fica difícil de perceber, mas há um ano atrás o terceiro Homem-Formiga era um dos filmes mais aguardados do ano. Jonathan Majors ainda não havia cometido o crime pelo qual seria condenado e seu Kang parecia ser um vilão promissor. Seu encontro com dois Vingadores veteranos da batalha contra Thanos parecia ser o que iria finalmente fazer a narrativa da Saga do Multiverso caminhar após dois anos de filmes e séries mais ou menos desconectados.

Na verdade, a Disney apostava tanto em Quantumania que deixou os críticos publicarem suas reviews dias antes da estreia. Um erro fatal causado pelo excesso de autoconfiança, pois os executivos não se atentaram ao fato de que o filme simplesmente não era bom.

Mesmo assim, a ansiedade dos fãs em testemunhar a estreia de Kang nas telonas não foi impedida pelas críticas negativas (46% no Rotten Tomatoes). O longa arrecadou ótimos US$ 106,1 milhões em seu primeiro fim de semana, o melhor para um filme do Homem-Formiga e o terceiro maior da história para o mês de fevereiro, logo atrás de dois outros sucessos da Marvel: Pantera Negra (US$ 202 milhões) e Deadpool (US$ 132 milhões).

Porém, não demorou para a audiência perceber que Quantumania era um filme sofrível, tão fraco quanto as críticas diziam. Os fãs viraram as costas e o longa de Peyton Reed caiu 70% na segunda semana (na época a maior queda pós-estreia do MCU, desde então superado por As Marvels) e depois 60% na terceira semana.

Com desempenho vexatório após a promissora abertura, Homem-Formiga 3 saiu de cartaz nos EUA com US$ 214,5 milhões. Foi o filme do MCU de pior performance (legs) após o primeiro fim de semana (hoje também superado por As Marvels), bem como um dos piores da história para um blockbuster que abriu com mais de US$ 100 milhões.

O único que saiu incólume dessa humilhação toda foi Jonathan Majors, cujo Kang agradou mesmo aos críticos que foram mais severos com o restante do filme. Porém, no final de março, o ator acabou indo parar na delegacia acusado de agredir sua parceira. Em dezembro, Majors foi condenado pela Justiça norte-americana e subsequentemente despedido pela Marvel.

2º Lugar: Guardiões da Galáxia Vol. 3

Data de estreia nos EUA: 5 de maio de 2023
Bilheteria no primeiro fim de semana: US$ 118.414.021
Bilheteria total: US$ 358.995.815

Uma vítima “inocente” de toda a negatividade e controvérsias que vem, com raras exceções, rondando a Marvel Studios desde 2021. Sim, hoje em dia é quase um consenso que Guardiões da Galáxia Vol. 3 é no mínimo um bom filme e praticamente a única coisa decente que o MCU lançou nos cinemas em 2023. Porém, pouco antes da estreia, o festival de sequências decepcionantes da Fase 4 fez com que o hype pela terceira e última aventura dos Guardiões estivesse bem mais baixo do que a Disney gostaria.

Isso resultou numa abertura medíocre nas bilheterias americanas: apenas US$ 118 milhões, abaixo das expectativas e da estreia de Guardiões da Galáxia Vol. 2 (US$ 146,5 milhões em 2017, uma época em que o MCU era bem mais forte com os fãs do que hoje). Para piorar, o Vol. 3 teve críticas inferiores às de seus dois antecessores (82% no Rotten Tomatoes contra 85% do segundo e 92% do primeiro), então parecia que o longa caminhava para se juntar a tipos como Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e Thor: Amor e Trovão como mais uma sequência decepcionante da Marvel.

No entanto, não demorou para que uma nova narrativa começasse a surgir entre os fãs: a de que Guardiões 3 estava muito longe de ser um absoluto desastre como Amor e Trovão. Pelo contrário: era um filme muito melhor do que o imaginado. Assim, o Vol. 3 se recuperou e mostrou excelente desempenho após a estreia, com boas sustentações mesmo ao enfrentar concorrentes como Velozes & Furiosos 10 e A Pequena Sereia.

Eventualmente, o último compromisso de James Gunn com a Marvel antes de assumir de vez o posto de “Kevin Feige da DC” saiu de cartaz com US$ 359 milhões nos EUA e Canadá. Foi a maior bilheteria do ano para a Disney, um raríssimo sucesso em um péssimo ano para a centenária empresa.

Em outras palavras, o único filme da Disney a faturar mais de US$ 300 milhões no ano inteiro (entre 2015 e 2019 eram pelo menos 3 todo ano, e em 2022 foram 4) foi idealizado por um cineasta que provavelmente nunca mais fará outro longa para eles e se trata do último capítulo de uma franquia símbolo dos tempos áureos da Marvel na década passada.

Enquanto isso, todas as novas apostas para o futuro da empresa (o Kang em Quantumania, as heroínas de As Marvels) acabaram flopando.

O que vai acontecer quando a Marvel não tiver mais ícones de seu passado glorioso para explorar e as novas caras continuarem a não empolgar quase ninguém?

1º Lugar: Homem-Aranha: Além do Aranhaverso

Data de estreia nos EUA: 5 de maio de 2023
Bilheteria no primeiro fim de semana: US$ 120.663.589
Bilheteria total: US$ 381.311.319

Como dito acima, o maior filme da Marvel no ano na bilheteria americana não veio do MCU, mas sim do segundo capítulo da aclamada trilogia animada protagonizada pelo Homem-Aranha Miles Morales.

Desde que o MCU começou, em 2008, esta foi a primeira vez em que a mega franquia capitaneada por Kevin Feige não lançou o maior filme baseado nos quadrinhos da Marvel do ano na bilheteria dos EUA e Canadá. As únicas vezes entre 2008 e 2022 em que a maior arrecadação no mercado doméstico para a Casa das Ideias não veio do MCU foram justamente nos anos que não tiveram nenhum filme do MCU: em 2009 (quando o campeão foi o sofrível X-Men Origens: Wolverine) e em 2020 (no qual a pandemia causou o adiamento de todas as produções do MCU e o único representante da Marvel foi o desastre Os Novos Mutantes).

Isso mostra a total dominância que o MCU conseguiu estabelecer ao longo da década passada sobre todas as outras produtoras lançando adaptações da Marvel. Sim, a Sony até tentou (na verdade, continua tentando) com longas baseados no universo do Homem-Aranha e a hoje extinta Fox tinha o direito sobre os X-Men… Mas isso não importava, pois a Marvel Studios conseguiu fazer dos Vingadores mais “legais” aos olhos da audiência do que todos eles, não importa o quanto se esforçassem para competir com o MCU (e, para ser justos, tais esforços geraram em sua maioria mediocridades rejeitadas por público e crítica como O Espetacular Homem-Aranha 2 e X-Men: Apocalipse).

Hoje a situação é bem diferente. A Fox, que, apesar de numerosas tentativas, fracassou numerosas vezes em transformar figuras icônicas dos quadrinhos como os X-Men e o Quarteto Fantástico em franquias cinematográficas tão lucrativas quanto os Vingadores, acabou absorvida pela Disney.

Já a Sony “fez as pazes” com a Marvel Studios no início de 2015, pouco após o fiasco de A Ameaça de Electro e o infame Sony Hack, o que permitiu que o Homem-Aranha, agora interpretado por Tom Holland, finalmente pudesse aparecer ao lado das outras figuras estabelecidas do MCU como o Homem de Ferro e o Capitão América. Eventualmente, até os Aranhas antigos de Tobey Maguire e Andrew Garfield se juntaram à franquia graças ao multiverso.

Mas isso não significou que a Sony se rendeu totalmente à Marvel Studios. Pelo contrário: ao permitir que Peter Parker se juntasse aos Vingadores, a Sony fez as pazes com os fãs e com isso puderam explorar outros cantos do Aranhaverso sem necessariamente terem que estar sob o jugo de Kevin Feige. E se em live-action os resultados não foram exatamente inspiradores (Venom e sua sequência foram relativos sucessos, mas o flop de Morbius virou piada na internet), foi na animação que a Sony encontrou grande aclamação da crítica e dos fãs.

Sob o comando da elogiadíssima dupla Phil Lord e Chris Miller, de Tá Chovendo Hambúrguer e Uma Aventura Lego (curiosidade: eles estiveram envolvidos com um filme do Flash em certo ponto apenas para serem despedidos pela Warner, algo que hoje a DC deve se arrepender amargamente), Homem-Aranha no Aranhaverso trouxe pela primeira vez o carismático Miles Morales para as telonas, conquistou a audiência e até ganhou um Oscar, derrotando o até então favorito Os Incríveis 2.

O primeiro Aranhaverso foi tão bem recebido entre os fãs que sua continuação automaticamente se tornou um dos filmes de super-heróis mais aguardados do ano. A antecipação era tanta que Através do Aranhaverso faturou US$ 120,7 milhões no primeiro fim de semana, não apenas a maior abertura para um filme de heróis do ano (superando todos os live-action da Marvel e da DC) como também é a sétima maior abertura da história para uma animação, pouca coisa atrás de Toy Story 4 (US$ 121 milhões) e Shrek Terceiro (US$ 121,6 milhões).

Com ótimas críticas (95% no Rotten Tomatoes) e excelente boca a boca, Através do Aranhaverso manteve boa sustentação nas semanas seguintes, mesmo enfrentando numerosos adversários como A Pequena Sereia, Transformers: O Despertar das Feras, Elementos e o desastre conhecido como The Flash.

Sobre o velocista DCnauta, após sua estreia decepcionante no dia 16 de junho, Aranhaverso 2 impôs uma humilhação histórica à Warner e DC na semana seguinte ao retomar a liderança das bilheterias americanas e, junto com Elementos, afundar The Flash para a terceira posição do ranking. Vale lembrar, Através do Aranhaverso estava na quarta semana de exibição enquanto Flash (que, aliás, caiu 72%) estava na segunda. Um completo massacre que ressaltou a diferença na recepção das duas produções: uma foi bem recebida pelos fãs e obteve ótimo boca a boca, enquanto a outra foi totalmente ignorada pela audiência e virou motivo de deboche e escárnio na internet.

No fim das contas, Através do Aranhaverso saiu de cartaz com imensos US$ 381,3 milhões. É a terceira maior bilheteria do ano nos EUA (atrás de Barbie e Super Mario Bros.: O Filme), a décima maior da história para uma animação e a quarta maior para um filme do Homem-Aranha (atrás de Longe de Casa, o original de 2002 e Sem Volta para Casa), sem ajustar pela inflação.

E, com o final em aberto do longa, é bem possível que, quando finalmente Além do Aranhaverso chegar às salas, irá superar a arrecadação de seu já recordista antecessor.

Nas próximas partes desse artigo, você vai descobrir qual foi o maior e qual foi o menor filme da Marvel do ano nas bilheterias globais e brasileiras!

Fonte: Box Office Mojo.

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